Exclusivo: Jeep Commander, assim será o SUV de 7 lugares nacional
Jeep Commander. É assim que se chamará o SUV de sete lugares da marca americana que a Stellantis lançará no último trimestre deste ano. O modelo, cujo código interno de projeto é o 598, será posicionado acima do Compass na gama.
O nome foi descoberto depois que a Stellantis divulgou o primeiro teaser do utilitário esportivo, desenvolvido pelo e voltado ao mercado brasileiro e sul-americano. Os colegas da Quatro Rodas foram os que mataram a charada: o piano da trilha sonora toca em código Morse as letras do nome Commander.
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Commander foi um SUV médio de sete lugares que a Chrysler vendeu sob a marca Jeep nos Estados Unidos na segunda metade da década de 2000, a partir da plataforma do Grand Cherokee. Sua pegada era mais urbana e familiar, e não tanto lameira. Não fez sucesso e acabou substituído em 2010 pelo Dodge Durango, após apenas cinco anos de mercado.
Atualmente, a Stellantis comercializa outro SUV para sete passageiros chamado Grand Commander na China, que não tem relação com o nosso futuro Commander. Afinal, enquanto este utiliza a plataforma Small Wide de Compass, Renegade e Fiat Toro, aquele aproveita a plataforma do atual Cherokee.
Vale lembrar que a própria Jeep vende dois SUVs bem diferentes utilizando uma mesma nomenclatura: Cherokee e Grand Cherokee são parcialmente xarás, mas o Grand é deveras diferente. Com Commander e Grand Commander a relação será mais ou menos similar, talvez ainda mais distante (especialmente no quesito geográfico).
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Agora que já sabemos como o Jeep de sete lugares vai se chamar, chegou a hora de revelar, em primeira mão, como será o visual do SUV, que será lançado muito provavelmente em novembro. As projeções dianteira e traseira que ilustram esta reportagem foram preparadas com exclusividade para a Mobiauto por Renato Aspromonte.
Para cria-la, seguimos os indícios visuais deixados pelos mais recentes flagras do Commander, incluindo este feito por nossa reportagem há pouco mais de um mês e este outro, ainda mais esclarecedor, do site Autos Segredos.
Neles, é possível perceber como o maior entre os Jeep nacionais terá balanços dianteiro e traseiro diferentes do Compass, embora compartilhe com o irmão diversas áreas da carroceria, como colunas A e B, para-brisa, portas laterais dianteiras, caixas de roda e parte dos recortes de capô, para-lamas dianteiros e teto.
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Além disso, herdará do Compass a motorização, a suspensão dianteira e praticamente todo o sistema elétrico. Já a suspensão traseira deve receber reforços, de maneira exclusiva ou até herdados da Fiat Toro, que possui uma arquitetura mais sofisticada que a de Compass e Renegade, preparada para aguentar mais carga.
A distância entre-eixos do Commander será maior que os 2,64 m do Compass, na casa de 2,70 m, o que levará a Stellantis a aplicar portas laterais traseiras exclusivas no SUV de sete lugares.
E, diferentemente do irmão, o teto não terá caimento descendente, mas sim quase paralelo ao solo em toda sua extensão, a fim de aprimorar o espaço para a cabeça na última fileira de assentos. Por falar nela, é o balanço traseiro bem mais proeminente e alto que o do Compass o que permitirá comportá-la.
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Com as mudanças, o comprimento do 598 deve subir dos atuais 4,40 m do Compass para cerca de 4,70 m e a altura, de 1,63 m para aproximadamente 1,65 m. A largura é que não deve aumentar muito além dos 1,82 m medidos no SUV menor.
Em meio a todas essas adaptações de projeto, a Stellantis dará ao Commander um visual com aspecto um pouco mais “quadrado” e traços mais retilíneos que os do Compass, seja na dianteira, nas laterais ou na traseira.
Na parte da frente, o Commander terá faróis mais retangulares e contornados no topo e na base por filetes cromados, conforme o teaser antecipa. A grade com sete aberturas será um pouco mais vertical que a do Compass e o para-choque, mais largo e um pouco menos arredondado, integrando duas luzes diurnas de LED na forma de barras horizontais.
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As laterais se notabilizam pela linha de ombros quase toda plana, sem ascender na transição dos vidros laterais traseiros para as vigias, como acontece no Compass.
Na parte de trás, a carroceria tem um caimento mais chapado, com o vidro do porta-malas numa angulação praticamente perpendicular em relação ao solo. Esse vidro, aliás, é curvado nas bordas, acompanhando as linhas estruturais do SUV.
As lanternas serão bipartidas e terão linhas basicamente horizontais, integradas por uma barra destacada na tampa do porta-malas. A tampa, por sua vez, aparentemente será enorme e tomará quase toda a extensão da traseira. Há no meio dela uma saliência, formada logo abaixo do nicho de placa.
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Toda a inspiração visual vem da nova geração do Grand Cherokee americano (ainda a ser lançada, mas já flagrada sem camuflagem em testes no Brasil), dos novos Wagoneer e Grand Wagoneer americanos e também do conceito chinês Yuntu, que antecipou justamente o Grand Commander chinês.
Na motorização, como já dissemos, as versões de entrada do Commander brasileiro virão equipadas com o motor T270 ou GSE T3, um 1.3 quatro-cilindros turboflex com 16 válvulas (quatro por cilindro), injeção direta de combutível e sistema MultiAir, que promove a variação inteligente dos comandos nas válvulas admissão. Estas devem custar entre R$ 180.000 e R$ 220.000.
Já as de topo terão, enfim, a versão atualizada do propulsor 2.0 MultiJet turbodiesel, com cerca de 200 cv de potência e 40 kgfm de torque, aliadas ao câmbio automático de nove velocidades da ZF e com tração 4x4. Elas contarão com o tanque de Arla 32 presente no novo Compass, para melhorar os níveis de emissão de poluentes. Devem custar entre R$ 220.000 e R$ 260.000.
Por dentro, a parte da frente da cabine será toda herdada do Compass, o que deve incluir o painel, o quadro de instrumentos digital de 7 polegadas, o volante e a central multimídia de 10,1 polegadas com projeção de celulares sem fio e o sistema Adventure Intelligence, que pode incluir Wi-Fi embarcado.
Os principais rivais do Commander turboflex são Caoa Chery Tiggo 8, o futuro Tiggo 8 Plus e o VW Tiguan Allspace. Já o do Commander 4x4 turbodiesel será o Mitsubishi Outlander.
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Jornalista Automotivo