Fiat Toro 2022: cinco coisas que queríamos que mudasse na picape

Picape que moldou o segmento “C” será reestilizado no fim deste mês. Veja nossa lista de desejos sobre o que gostaríamos que melhorasse nela
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20.04.2021 às 08:02
Picape que moldou o segmento “C” será reestilizado no fim deste mês. Veja nossa lista de desejos sobre o que gostaríamos que melhorasse nela

A Fiat Toro moldou o segmento de picapes compactas-médias no Brasil e no mundo, como a Mobiauto apontou neste outro artigo. Tanto que já está formando uma legião de concorrentes, como Hyundai Santa Cruz e Ford Maverick, que talvez nem cheguem ao nosso mercado, mas foram criadas usando o modelo da Stellantis como parâmetro.

Apesar do sucesso, a Fiat já vem se antecipando à possível chegada de concorrentes ao país. Além de Santa Cruz e Maverick, a criação (finalmente) da VW Tarok e o reposicionamento da Renault Duster Oroch turbo podem sinalizar algum tipo de ameaça.

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Picape que moldou o segmento “C” será reestilizado no fim deste mês. Veja nossa lista de desejos sobre o que gostaríamos que melhorasse nela
Como deverá ficar a dianteira da Toro turboflex. Na imagem de abertura, como deve ser a grade das versões 4x4 diesel. Projeções: @overboostbr

Por isso, a linha 2022 da Toro receberá uma reestilização com importantes mudanças na cabine, na motorização e no visual dianteiro. Como a nossa reportagem já contou, a Toro 2022 terá duas opções de grade, uma para as versões flex e outra para as movidas diesel

Além disso, ganhará o motor 1.3 turboflex de 180/185 cv (gasolina/etanol) do novo Compass e manterá o 2.0 MultiJet turbodiesel de 170 cv. Por dentro, estreará um painel renovado com quadro de instrumentos 100% digital, duas novas centrais multimídia (a maior delas com tela vertical) e novos padrões de acabamento.

Como a nova Toro será na prática? Precisaremos esperar até a próxima quinta-feira (22) para ter a resposta exata. Mas já preparamos uma lista de desejos de cinco pontos que gostaríamos muito que mudasse na picape.

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Desempenho e consumo das versões flex

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Talvez o maior alvo de críticas e memes na Toro atual seja o motor 1.8 E.torQ, um quatro-cilindros 16V naturalmente aspirado flex de 132/139 cv de potência. Se em um Argo, um Cronos ou um Jeep Renegade ele já se mostra cansado, na grandalhona e pesada Toro o seu desempenho beira o pífio.

A boa notícia para os fãs da picape é que a chegada do 1.3 GSE T4, chamado pela Stellantis de T270, vai mudar esse jogo, não apenas pelo enorme ganho de potência como também pelo incremento substancial do torque, de 18,8/19,3 kgfm (gasolina/etanol) para 27,5 kgfm com qualquer combustível. 

Não apenas o utilitário com caçamba deve melhorar (e muito) suas acelerações e retomadas com o novo propulsor, como deve ainda ficar bem mais econômico. Parece excelente na teoria, e tem tudo para sê-lo na prática.

Não tão alvissareiro assim é saber que, de acordo com o site Autos Segredos, a versão de entrada da Toro 2022 manterá o velho 1.8. Ou seja: a fama de manca e beberrona não será totalmente dirimida. Ainda.

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Falhas elétricas ou da central

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Estes pontos também apareceram na lista de cinco coisas que queríamos que mudasse no novo Jeep Compass, irmão de plataforma da Toro. No caso das gerações mais antigas da central UConnect, é comum ler relatos de apagões e travamentos da tela, além de um navegador GPS com funcionamento um tanto... desnorteado, digamos assim.

A central da nova Strada, assim como a do Compass 2022, oferecerá projeção de celulares Android e Apple sem fio, uma melhor resolução de tela e maior velocidade de funcionamento. Nas versões de entrada da nova Toro, ela será horizontal e um pouco menor, na casa de 10 polegadas. Nas de topo, será estilo tablet, com aproximadamente 12 polegadas.

Em relação à parte elétrica, não é incomum nas Toro atuais que um chicote pare de funcionar e leve a uma pane de itens como ar-condicionado, central multimídia, travas e vidros. Por vezes, a falha se torna generalizada e leva até o veículo a entrar em modo de segurança. Também é comum encontrar reclamações de defeitos no sistema start-stop.

Será que a linha 2022 enfim colocará um ponto final em tudo isso?

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Maior capacidade off-road

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Outra área em que a Toro costuma ser criticada é por sua suposta falta de aptidão aventureira. Sabemos que isso é uma meia verdade, pois vale muito mais para a configuração 1.8 flex com tração 4x2 dianteira do que para a bem conceituada 2.0 4x4 turbodiesel.

No caso da Toro flex, além da já mencionada troca do 1.8 para o motor T270 – que ocorrerá nas versões intermediárias – deve ajudar, assim como a aplicação do bloqueio eletrônico de diferencial dianteiro através da tecla TC+, como acontece na atual Fiat Strada.

Ainda assim, a tração da configuração bicombustível seguirá 4x2, sendo que o projeto da Toro permite perfeitamente aplicar um diferencial traseiro também nessa configuração. Ou seja: a nova Toro flex será um pouco mais valente que a atual, mas ainda longe do que gostaríamos.

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Já a opção 4x4 turbodiesel seguirá com os atuais 170 cv e 35,7 kgfm. Ela confere boa dose de valentia à picape, mas sua estrutura monobloco ainda demonstra limitações em cenários mais extremos. Outro ponto que precisaria ser aprimorado é a capacidade de imersão da Toro, relativamente baixa para uma picape de seu porte.

A questão está no posicionamento das entradas de ar dianteiras do motor, na altura da parte intermediária do para-choque e abaixo do topo das rodas. A Stellantis faria um favor à reputação da Toro se reposicionasse esse elemento mais para cima, aumentando sua capacidade imersiva e dando a ela um pouco mais de fôlego para o off-road pesado. 

Mais porta-trecos, por favor

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A cabine da Toro sempre se notabilizou por ser bem acabada, confortável e silenciosa, mas apresenta um detalhe incômodo: a falta de porta-objetos. São escassos e mal distribuídos, o que nos leva o tempo todo a sentir falta de um compartimento adequado para depositar o celular, a carteira ou qualquer item pessoal que seja. Será que isso muda na linha 2022?

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Maior afeição às manobras

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A Toro representa um meio termo entre picapes compactas, como a Strada e a Volkswagen Saveiro, e as médias, como Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger, Mistubishi L200 Triton, VW Amarok, Nissan Frontier e cia. Isso em relação às dimensões.

Quando falamos do diâmetro de giro, a representante da Fiat age praticamente como se fosse uma picape média, registrando péssimos 12,2 metros, o mesmo de uma Ranger e mais do que uma L200 Triton. O número até fica abaixo dos de Hilux, Amarok, Frontier e S10, mas por pouco. Tomara que, a partir do ano-modelo 2022, manobrar uma Toro se torne mais fácil.

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