Avaliação: Audi Q5 Sportback quer ter tanto estilo quanto BMW X4
Avaliar os novos Audi Q5 e Q5 Sportback foi um tanto diferente. Além de se tratar de uma família de SUVs mais sofisticados que os de marcas generalistas, aos quais estamos mais acostumados a rodar, o cenário era mais atraente aos olhos.
A convite da Audi do Brasil, a Mobiauto testou o Q5 renovado e sua inédita variante Sportback nos trajetos de ida e volta de São Paulo Capital a Poços de Caldas (MG). Ali, foi possível conhecer as novidades dos modelos e testá-los em perímetro urbano, rodoviário e estradas de terra.
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Neste ano, o Audi Q5 ganhou um tapa visual e novas tecnologias, além da carroceria Sportback, com estilo acupezado e que está se tornando um padrão na linha de utilitários esportivos da marca.
O motor segue o mesmo 2.0 TFSI a gasolina de quatro cilindros, que rende 249 cv e 37,7 kgfm, acoplado à caixa automática S-Tronic (automatizado de dupla embreagem) de sete marchas. A tração é integral. Híbrido leve, o SUV é auxiliado por um pequeno motor elétrico de 12V, que permite aos SUVs rodar com o motor a combustão desligado em velocidades entre 54 km/h e 160 km/h.
Com a carroceria convencional, o Q5 pode ser encontrado em três versões, com preços entre R$ 309.990 e R$ 370.990, enquanto a Sportback terá duas configurações e valores entre R$ 369.990 e R$ 395.990 - conheça as versões, itens de série e preços aqui.
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Ambos os modelos chegam ao Brasil para concorrer com BMW X3, Mercedes-Benz GLC e Volvo XC60, no caso do Q5 tradicional, ou com X4 e GLC Coupé, em se tratando do Q5 Sportback. Na pré-venda, a Audi já vendeu 823 unidades dos irmãos, que a partir deste mês já estão nas concessionárias.
Mas o que os Q5 trazem de novidade? Avaliamos as versões de topo S Line Black, com todos os opcionais possíveis (veja lista no final deste texto). Elas estão avaliadas em R$ 370.990 (Q5) e R$ 395.990 (Q5 Sportback), mas ficam R$ 37.500 mais caras com o banho de loja chegando a R$ 408.990 e R$ 433.490, respectivamente. Veja os detalhes:
Design e carroceria Sportback
A nova linha dos SUVs ganhou um leve facelift, que está concentrado na dianteira e alinha os modelos à nova filosofia de design da marca.
Agora, a grade octogonal está mais larga, recebeu uma pintura escurecida e acabamento no estilo cascata para a carroceria Sportback e colmeia para o SUV. As tomadas de ar também mudaram e estão posicionadas mais acima no pára-choque, com formato trapezoidal, que se tornou tendência no mercado.
Para fechar o balanço dianteiro, os faróis são do tipo full-LED Matrix, que tem funcionamento parecido com o IQ.Light da Volkswagen: o sistema inteligente se adequa à velocidade do veículo e às condições da pista, regulando o feixe de luz em altura e leque.
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Na traseira, o Q5 ganhou a tecnologia OLED nas lanternas (apenas como opcional das versões mais caras), que conta com diodos de alta performance e permite que a assinatura do conjunto seja modificada à escolha do proprietário em até três formatos - no modo de condução Dynamic, a lanterna assume um dos padrões pré-estabelecidos para ficar com visual mais agressivo.
Mas é a lateral que, desta vez, traz a principal novidade. O Q5 estreia a carroceria Sportback, mais charmosa e com ar de esportividade, com linhas inspiradas em seus antepassados - como a Mobiauto já contou aqui. Ela irá conviver com a carroceria comum por aqui.
Nas imagens, fica nítida a diferença das silhuetas. A silhueta cupê tem queda mais acentuada na terceira coluna, em uma linha fluida que vai até a parte superior do porta-malas, formando um pequeno spoiler.
Além disso, em relação ao Q5 SUV, o Sportback abdica das saídas duplas de escapamento para ficar com apliques em plástico rígido e assinando o visual crossover.
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Acabamento e espaço interno
Por dentro, o visual condiz com o de um esportivo. O envolvente do quadro de instrumentos é simples e o acabamento é macio ao toque, mas a principal novidade está na nova central multimídia digital e flutuante, que pela primeira vez no SUV é sensível ao toque.
Os bancos são esportivos e dão um melhor apoio ao motorista durante a condução, que se torna mais prazerosa e confortável, principalmente em longas distâncias e trechos de serra.
Além disso, contam com ajustes elétricos, memória - só para o condutor - e acabamento em couro, que ainda é aplicado nos forros de porta e volante. Este é multifuncional e tem a base achatada, deixando todo o interior em conformidade.
O console central parece uma lojinha onde o motorista encontra tudo que precisa. Nesta parte estão, além do sistema de entretenimento, o ar-condicionado digital e automático de três zonas, os porta-objetos, o seletor do modo de condução e o carregador de celulares por indução, todos contornados por peças plásticas comuns ou em preto piano.
O design interno pode até ser esportivo, mas o espaço é mais familiar. Os 2.819 mm de entre-eixos foram bem aproveitados, com espaço suficiente para um condutor de 1,87 m e um passageiro da segunda fileira de mesma estatura, sobrando ainda um palmo aberto de distância entre os joelhos e o encosto e alguns dedos para o teto.
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Na carroceria Sportback, o espaço para a cabeça dos ocupantes da segunda fileira é mais limitado, devido ao caimento mais esportivo do teto. Que, por sinal, também prejudica a capacidade do porta-malas. Enquanto a configuração SUV oferece 520 litros, a cupê disponibiliza 510 litros. Veja a diferença das dimensões:
Q5: 4.682 mm de comprimento; 1.893 mm de altura; 1.662 mm de altura; 2.819 mm de entre-eixos; 520 l de porta-malas; 70 l tanque de combustível.
Q5 Sportback: 4.689 mm de comprimento; 1.893 mm de largura; 1.660 mm de altura; 2.819 mm de entre-eixos; 510 l de porta-malas; 70 l tanque de combustível.
Tecnologia e segurança
Falando sobre o acabamento interno, já demos spoiler sobre uma das principais novidades do Q5 na linha 2021, mas vamos entrar em mais detalhes.
Q5 e Q5 Sportback serão equipados pela primeira vez com a central multimídia MMI Touch com tela de 10,1 polegadas sensível ao toque, compatível com Android Auto e Apple CarPlay via cabo e conectada, opcionalmente, ao som Bang & Olufsen com 19 alto-falantes, que custa singelos R$ 8.000.
A tela é flutuante e tem uma leve inclinação para melhorar a visibilidade do motorista, além de ficar posicionada na mesma altura do quadro de instrumentos Audi Virtual Cockpit Plus, que facilita aquela espiadinha enquanto dirigimos.
A tela dos mostradores tem 12,3 polegadas e pode ser ajustada em até três modos de apresentação, além de passar as informações para o Head-Up Display (outro opcional, de R$ 7.500).
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Além disso, os SUVs chegam com sistemas semiautônomos de assistência ao motorista, como o alerta de ponto cego que avisa até se há outro veículo passando com o carro parado na hora de abrir a porta, ou ainda o assistente de tráfego cruzado traseiro.
Outras importantes tecnologias presentes nos dois irmãos são o auxílio à manutenção em faixa, que funciona a partir de 60 km/h com intervenção no volante, e o piloto automático adaptativo, que ajusta a velocidade do carro de acordo com o tráfego à frente e reacelera o veículo sozinho mesmo quando ele para totalmente em meio ao congestionamento por até 3 segundos.
Desempenho e condução
O já conhecido motor 2.0 TFSI a gasolina de 249 cv e 37,7 kgfm entrega o necessário, mas não espere uma condução tão esportiva quanto o visual promete.
Motor: 2.0, dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V, turbo a gasolina, injeção direta e indireta, duplo comando no cabeçote, 249 cv (5.000 - 6.000 rpm), 25,5 kgfm (4.000 rpm). Câmbio automatizado S-Tronic de dupla embreagem e sete marchas e tração integral quattro Ultra. 0 a 100 km/h em 6,3 s e velocidade máxima de 237 km/h.
Durante os testes, em acelerações e retomadas, os SUVs pareciam pesados para o motor, que demora um pouco para responder, mostrando seu lado mais familiar mesmo na carroceria Sportback. Apenas em altas rotações os SUVs entregam melhor performance, quando o propulsor começa a “berrar”.
O motor é auxiliado por um sistema híbrido leve de 12V, que permite rodar com o motor a combustão desligado a velocidades entre 54 km/h e 160 km/h, reduzindo assim o consumo. É uma espécie de “banguela” dos tempos modernos.
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Todo o conjunto é gerenciado pela caixa S-Tronic, automatizada de dupla embreagem com sete marchas, que na cidade dá conforto à condução, com trocas curtas e suaves.
Para complementar, os Q5 são equipados com tração integral quattro Ultra de série. Ela é um pouco diferente da permanente, mantendo a tração exclusivamente nas rodas dianteiras e acionando o eixo traseiro só quando o veículo entende que é necessário ter o torque nas quatro rodas. O acionamento o ocorre instantaneamente por meio de duas embreagens.
O conforto interno supera as expectativas, com boa vedação de vidros e portas para que os ocupantes escutem quase apenas a rolagem dos pneus no asfalto.
Já a suspensão é do tipo independente multilink e dá uma boa relação entre conforto e estabilidade. Em conduções mais esportivas, é rígida o suficiente para responder nas curvas de rodovia, sem deixar a carroceria esparramar. Enquanto no modo Comfort, entrega a maciez desejada como um SUV voltado ao uso na cidade.
Dados técnicos: direção elétrica, suspensão independente multilink e freios a discos ventilados (dianteira e traseira), 208 mm vão livre do solo entre os eixos, ângulo de ataque 25°, ângulo central não divulgado, ângulo de saída 27°, carga útil não divulgada, rodas de 20 polegadas.
Os principais itens de série - Q5 e Q5 Sportback S Line Black
Visual: rodas de 20 polegadas com desenho Audi Sport; teto solar panorâmico; pacotes exterior de acabamento em preto brilhante; volante multifuncional com base reta.
Opcionais para o visual: Pintura metálica/perolizada; sólida especial (R$ 2.200); Estribo (R$ 7.700); pacote visual exterior em carbono (R$ 12.000);
Conforto: espelho retrovisor interno eletrocrômico; ar-condicionado de três zonas; bancos dianteiros esportivos com ajuste automático de assento e encosto e memória; bancos traseiros rebatíveis com ajustes longitudinais e de inclinação; sistema hands-free de acionamento do porta-malas; chave presencial e partida por botão; portas USB para os passageiros da segunda fileira.
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Tecnologia: Audi smartphone interface; Audi Phone Box Light; Central multimídia MMI touch com navegação; painel digital de instrumentos Audi Virtual Cockpit Plus de 12,3 polegadas; faróis full LED matrix; sistema start-stop; seletor de modos de condução.
Opcionais tecnológicos: Head Up Display (R$ 7.500); Sistema de Som Bang & Olufsen (R$ 8.000); Lanterna traseira OLED (R$ 7.000).
Segurança: controle de cruzeiro adaptativo com assistente de saída de faixa; sensor de estacionamento dianteiro e traseiro; câmera de ré; assistente de ponto cego com auxílio ao sair do carro; Audi pre sense traseiro com assistente de tráfego reverso.
Conclusão
A nova maquiagem fez bem ao Q5, assim como a chegada do inédito Q5 Sportback. Agora, o SUV médio premium ficou mais a cara da nova família Q da Audi, embora o motor seja o mesmo 2.0 turbo de antes.
Ponto positivo também para a nova central multimídia que, enfim, passa a ser sensível ao toque. A parte negativa é que os itens mais interessantes do veículo chegam como opcionais, como a lanterna OLED, que custa notáveis R$ 7.000.
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Apesar de ficar com um valor ainda mais salgado com o banho de opcionais, o SUV da marca das quatro argolas se mantém como uma boa opção para brigar com BMW X3/X4, Mercedes-Benz GLC/GLC Coupé e Volvo XC60.
Imagens: Audi para Mobiauto
Arte placas: Kleber Silva
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Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.