Renault já testa base e motor 1.0 turbo do sucessor do Stepway, diz site

Marca terá pelo menos dois produtos nacionais fabricados a partir da plataforma CMF-B, mas chegada deles não será antes de 2024
LF
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01.02.2022 às 17:49
Marca terá pelo menos dois produtos nacionais fabricados a partir da plataforma CMF-B, mas chegada deles não será antes de 2024

Com a chegada do elétrico Kwid E-Tech, entre junho e julho, a Renault finalizará em meados deste ano o pequeno ciclo de investimentos de R$ 1,1 bilhão no Brasil. O volume terá contemplado as renovações de Captur, Kwid, Oroch, Master e Zoe, além de uma versão 1.3 turbo do Duster e o lançamento da já mencionada configuração 100% elétrica do Kwid.

Depois disso, a marca terá entre a segunda metade de 2022 e todo o ano de 2023 um período de apostas apenas em modelos importados, como o SUV elétrico Mégane E-Tech e o SUV cupê híbrido Arkana E-Tech, ambos revelados em primeira mão pela Mobiauto.

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Só a partir de 2024 é que chegarão produtos verdadeiramente novos de fabricação nacional: o projeto HJF, um SUV pequeno que será uma espécie de sucessor do Stepway, e o Bigster, um SUV compacto-médio de sete lugares. Ambos serão construídos a partir da matriz modular CMF-B.

Falta tempo para isso, mas os engenheiros da marca já começaram a avaliar a plataforma e o motor 1.0 três-cilindros turboflex da família TCe a ser usado pelo substituto do Stepway. É o que revela o amigo Marlos Ney Vidal, do Autos Segredos.

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Clio V é a mula de testes

Marca terá pelo menos dois produtos nacionais fabricados a partir da plataforma CMF-B, mas chegada deles não será antes de 2024
SUV de sete lugares Bigster será gerado a partir da mesma plataforma do novo Stepway

Segundo ele, um protótipo da quinta geração do Clio europeu vem sendo usado como mula para testar as soluções da base CMF-B e, principalmente, o propulsor turbinado de 12 válvulas, que será convertido para flex. O plano prevê a fabricação local desse motor junto do 1.3 TCe, quatro cilindros com 16 válvulas, atualmente importado. 

Ambos passariam a ser produzidos em São José dos Pinhais (PR), junto do 1.0 SCe flex aspirado que empurra o Kwid e do 1.6 quatro-cilindros 16V aspirado flex usado hoje por Duster e Oroch. A tendência, porém, é que o 1.0 TCe substitua gradativamente o 1.6 SCe na gama do próprio Duster e, quiçá, da Oroch. 

O novo Stepway (HJF) deve ser o primeiro modelo a chegar, já em 2024, enquanto o Bigster ficará para 2025 ou 26. A estrutura do SUV de sete lugares deve ser aproveitada para gerar também a terceira geração do Duster, não antes de 2027.

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Marca terá pelo menos dois produtos nacionais fabricados a partir da plataforma CMF-B, mas chegada deles não será antes de 2024
Bigster ficará entre o Duster e o Arkana E-Tech em nosso mercado

Já o Captur não deve mais ser renovado pela fabricante e tende a sair de linha em médio prazo (entre 2025 e 26). Antes dele, os irmãos Sandero e Logan deixarão o catálogo brasileiro da marca provavelmente até o fim do ano que vem.

A Mobiauto entende, porém, que todo esse plano ainda depende de aprovação da matriz, o que só deve acontecer também por volta de 2023.

Eletrificados, por enquanto, só importados

Marca terá pelo menos dois produtos nacionais fabricados a partir da plataforma CMF-B, mas chegada deles não será antes de 2024
Mégane E-Tech será o modelo mais caro da Renault no Brasil

Seja como for, ao que tudo indica, são muito baixas as chances de a Renault apostar em uma eletrificação da gama de produtos nacionais. Toda a linha E-Tech, a ser formada por modelos tanto elétricos quanto híbridos, deve continuar vindo importada. 

Imagens: Divulgação/Renault
Projeção novo Stepway:
@kolesaru
Projeções Bigster: Kleber Silva/
@kdesignag

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