Renault Bigster: o SUV de 7 lugares vai virar a chave da marca no Brasil

Modelo marcará a tão aguardada estreia da plataforma modular CMF-B na fábrica de São José dos Pinhais (PR) e servirá de base para a próxima geração do Duster
LF
Por
24.08.2021 às 09:00
Modelo marcará a tão aguardada estreia da plataforma modular CMF-B na fábrica de São José dos Pinhais (PR) e servirá de base para a próxima geração do Duster

A Renault vive momentos tensos no mercado brasileiro. Apesar de recentemente ter anunciado um investimento de R$ 1,1 bilhão para renovar cinco produtos e lançar o motor 1.3 TCe até o fim do primeiro semestre de 2022 (confira quais são os modelos da lista neste artigo exclusivo), sua situação no país não é fácil.

Durante muito tempo, direcionada pelo agressivo e controverso Carlos Ghosn, a marca francesa apostou em vender produtos da subsidiária romena Dacia sob a sua insígnia em nosso território. Foi dessa forma que Sandero, Logan e Duster ganharam as nossas ruas e fizeram relativo sucesso.

Anuncie seu carro sem pagar na Mobiauto

O problema é que a Economia brasileira passou por profundas mudanças nos anos 2010, quase todas para pior. Elas transformaram o mercado automotivo e fizeram carros populares perderem volume, espaço e apelo entre os consumidores. No lugar deles, temos hoje SUVs, picapes e modelos de maior valor agregado dominando as ações.

A própria Renault tentou se antecipar a essas movimentações com Captur e Duster Oroch, mas ambos ficaram deslocados no mercado e nenhum teve a aderência que a fabricante francesa esperava. Já o subcompacto Kwid chegou até fazendo barulho, mas justamente num momento em que os carros de entrada já vinham perdendo apelo.

Leia também: Nova Renault Oroch perderá o nome Duster e terá visual exclusivo

O que fazer diante deste cenário? Se quiser sobreviver e se manter entre uma das principais marcas de carro atuantes no Brasil, a companhia com fábrica em São José dos Pinhais (PR) não terá outra opção que não seja investir em uma nova plataforma e novos produtos, de maior valor agregado, para se reposicionar no mercado.

A arquitetura modular escolhida é a CMF-B, que já vem sendo prometida para chegar à América do Sul há alguns anos. Mas o produto que vai estreá-la talvez não seja o sedan Taliant (sucessor do Logan) ou o substituto do Sandero, mas sim o Bigster, um SUV de sete lugares apresentado como conceito no ano passado (com emblema da Dacia).

Leia também: Avaliação: Renault Captur 2022, como SUV anda com motor turbo de 170 cv

Bigster: um Duster de próxima geração para levar 7

O Bigster será uma espécie de Duster esticado. Por usar a matriz CMF-B, ele na verdade antecipa o que deve ser a próxima geração do Dacia Duster europeu, porém com entre-eixos e balanço traseiro esticados para receber uma terceira fileira de assentos.

Pouco ainda se sabe sobre o modelo, mas sua versão de produção deve ser apresentada globalmente entre 2023 e 24, ano em que também deve chegar ao Brasil. Por aqui, deve ser produzido na cidade da Região Metropolitana de Curitiba e usar o motor 1.3 turboflex de 170 cv e 27,5 kgfm estreado recentemente pelo Captur.

Leia também: Jeep Commander da vida real é assim. Pré-venda terá sinal de R$ 5.000

Apesar da proposta para sete passageiros, o Bigster não será rival direto do Jeep Commander, porque terá porte substancialmente menor e, assim, deve custar mais barato. Seu principal rival deve ser a Chevrolet Spin, que será renovada pela GM e também ganhará motor turbo no ano que vem.

Saiba mais sobre o novo Bigster em mais um vídeo do quadro O Que Vem Pra Pista:

Você também pode se interessar por:

Novo Renault Kwid: entenda o que vai mudar no “SUV dos compactos”
Renault Zoe volta ao Brasil renovado e mais potente que o Duster
Renault Sandero e Logan vão trocar de nome? Entenda o que muda
Comparativo: Jeep Compass x Fiat Toro, qual usa melhor o motor turbo? 

Comentários