Avaliação: Renault Captur turbo anda muito, mas quem se importa?

Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso
JC
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25.01.2022 às 10:00
Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

Por Rodrigo Miele

Apresentado em julho de 2020, o novo Renault Captur foi avaliado pela Mobiauto no evento de lançamento. Gostamos do carro! O veredito da repórter Camila Torres foi enfático: 

“Resumo da ópera: o Captur 2022 está valendo bem mais a pena do que valia antes, mas, se comparado com o resto do mercado, vale a pena ir além da vitrine e entrar para ver o que a concorrência está oferecendo.” Depois disso, nunca mais falamos dele. 

E isso parece uma constante para o modelo da marca francesa: você olha para o Captur, passa a conhecê-lo, gosta do design com elementos mais rebuscados. Analisa por dentro e percebe o acabamento melhorado, especialmente na versão topo de linha, a Iconic, onde se destaca o couro em dois tons (preto e marrom).

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Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

Repara que a mudança de motor o transforma no SUV com o maior torque da categoria! São 27,5 kgfm de 1.600 a 3.750 rpm. Fica mais interessado quando descobre que o 1.3 TCe foi um projeto compartilhado com a Mercedes-Benz. Olha para o novo câmbio CVT, chamado XTronic, e descobre que possui 8 marchas emuladas eletronicamente. Muto legal, não?

Mas aí chega a hora da compra... E o Captur é esquecido. Ele não faz parte das primeiras 15 opções de compra do consumidor brasileiro no segmento de SUVs, ocupando uma desinteressante 16ª posição nas vendas. 

De cada 100 brasileiros que compraram SUVs em 2021, menos de um escolheu o Captur. O modelo tem exatos 0,98% de participação no segmento (total de 8.304 unidades acumuladas no ano). Na categoria dos SUVs compactos, somente o Peugeot 2008 vendeu menos: 7.747 emplacamentos.

Renault Captur Iconic 2022 – Preço: R$ 146.790. Pintura: Bronze Sable com teto Preto Nacrè: R$ 3.200. Total: R$ 151.490

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Vende menos porque é fresquinho...

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O trocadilho infame com o slogan da marca de biscoitos não ocorre à toa. Uma das pistas para explicar a baixa performance do Renault Captur desde sua estreia no Brasil, em 2017, quando nasceu com motores 1.6 e 2.0, pode estar no design. 

A esmagadora maioria dos SUVs desse segmento opta por um pacote estilístico mais convencional, onde prevalecem os cantos vivos, frentes retas, muitos vincos e formas menos delgadas. O ensejo do fabricante é provocar o “ego de jipe”. 

Neste segmento, o Jeep Renegade é o melhor exemplo. Volkswagen T-Cross, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks, Caoa Chery Tiggo 5X, Fiat Pulse e Hyundai Creta (este último sem maiores polêmicas, por favor...) seguem essa escola. Até o irmão Renault Duster se alinha a esse estilo. Coincidência ou não, vende mais que o Captur.

Há um segundo grupo, ao qual pertence o Captur, que é caracterizado por desenhos mais elaborados, com capôs em forma de cunha e linhas mais sinuosas. Pedindo licença, poderíamos batizá-los de SUVs mais delicados, pelo menos nos traços. O campeão do time é o Honda HR-V, mas outro exemplo é o Volkswagen Nivus.

É óbvio que a grande maioria dos consumidores brasileiros prefere o SUV do primeiro tipo. Como o segundo grupo possui dois fenômenos de vendas, essa pode ser a razão que determina a baixa aceitação do Captur: não há espaço para ele. Nem para o 2008, só para não esquecer.

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Um SUV sem referências aspiracionais 

Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

Os SUVs já representam 42,9% das vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil. Isso dá praticamente o dobro dos hatches de entrada. É um fenômeno! E mostra, cada vez mais, que é um segmento absolutamente motivado por questões aspiracionais na hora da compra.

Afinal, a grande maioria desses “jipinhos” passará toda a vida sem beliscar uma mísera poça de lama. Você compra porque é motivado por aspectos subjetivos, não porque precisa, de fato, de um veículo alto, largo e apto ao off-road leve.

Compras aspiracionais costumam estar relacionadas à imagem da marca naquele segmento. Pois veja: quando eu compro um Renegade, sonhava mesmo em ter um Compass, ou (mais recentemente) um Commander. E trago toda a cultura de décadas de Grand Cherokee na memória.

Se eu adquiro um VW T-Cross ou um Nivus, faço uso de toda a minha admiração por Tiguan e Touareg (ou, mais recentemente, o Taos). HR-V? Ah, meu sonho era um CR-V. E se eu compro um Creta? Bem, aí a fila é grande... New Tucson, iX35, Santa Fe, Vera Cruz...

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Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

Se eu quiser comprar um Renault Captur, qual será minha única referência? O Duster! Por ser um modelo que nasceu rústico, o aspecto aspiracional terá o efeito contrário: ele puxará a imagem da marca pra baixo.

Boa dose de culpa pode ser atribuída à própria Renault, que por muito tempo apostou excessivamente em modelos de baixo custo no mercado brasileiro, esquecendo-se de olhar para segmentos de carros mais caros e... aspiracionais, mesmo que fosse apenas para construção de imagem.

O Captur, atual modelo de “topo” da fabricante no país (sem contar o elétrico Zoe, que pertence a outro universo), paga o preço disso, apesar do motorzão turbo e das interessantes atualizações que recebeu. 

Antes, esse mesmo modelo, apesar do visual externo atraente, tinha motorização envelhecida e acabamento interno sofrível, sem conseguir servir como o sonho aspiracional de quem comprava (e ainda compra) um Duster...

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Eis que surge a grande oportunidade

Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

Aceitas as teorias anteriores, concluiríamos que o Captur não teria saída? Pode haver uma, sim. E foi justamente a opção adotada pela Renault. Quando um produto pertence a um segmento com concorrentes afamados, como o HR-V e o Nivus, qual a única saída? 

Sobressair-se em algum outro aspecto que não o pacote estético: eis que entra em cena o motor 1.3 turboflex, grande novidade dessa linha 2022. Ele se sobressai, sim. Nenhum, absolutamente nenhum, SUV desse segmento possui um temperamento tão aguçado para a esportividade como o Captur. 

Como esse novo motor de 162 cv (gasolina) ou 170 cv (etanol) fez bem ao SUV da Renault. Possui injeção direta central com 250 bar de pressão, turbocompressor com válvula de alívio eletrônica e duplo comando de válvulas variável com atuadores elétricos, que garantem uma combustão otimizada com mais performance. 

Motorização: 1.3, dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V, turbo, flex, duplo comando variável de válvulas, injeção direta de combustível, taxa de compressão 10,5:1
Potência: 162 cv (G) / 170 cv (E) de 5.500 a 6.000 rpm
Torque: 27,5 kgfm (G ou E) de 1.600 a 3.750 rpm
Peso/potência: 8 kg/cv
Peso/torque: 49,7 kg/kgfm
Câmbio: automático CVT, 8 marchas simuladas
Tração: dianteira
0 a 100 km/h: 9,2 segundos
Velocidade máxima: 190 km/h

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Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

É bem verdade que o modelo não é tão econômico quanto se esperaria. Com etanol, em nossas medições, fez 7,2 km/l no circuito urbano e 9 km/l na estrada (10,3 km/l e 13,7 km/l, respectivamente, rodando só com gasolina). Pelo menos os números rodoviários ficaram acima do prometo pelo Inmetro. Na cidade, foram inferiores.

Ainda assim, são índices apenas aceitáveis para um motor tão moderno conceitualmente, mas que podem ser explicados pelos quase 1.400 kg em ordem de marcha da carroceria e pela aerodinâmica não tão favorável. Não se faz milagres para empurrar um SUV. 

Combinado ao câmbio CVT, o novo Captur acelera como gente (SUV) grande. Faz 190 km/h de velocidade máxima e só gasta 9,2 segundos de 0 a 100 km/h. Mas isso não é tudo. 

A substituição da assistência eletro-hidráulica do Captur anterior por uma genuinamente elétrica fez muito bem ao novo carro, pois é bem leve nas manobras e enrijece o peso de acordo com o aumento de velocidade. De quebra, a relação de multiplicação da caixa de direção ficou mais direta – você esterça menos o volante em qualquer curva.

Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

Para completar, as suspensões estão calibradas para quem aprecia andar rápido. Nada de especial na construção: MacPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. Mas o ajuste de molas e amortecedores e, principalmente, a geometria de direção estão primorosos.

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Você anda em estradas sinuosas, com mudanças bruscas de direção, e o Captur obedece como se nem tivesse 21 cm de altura livre do solo. E um adendo: nunca havia visto um modelo da Renault com tamanha estabilidade direcional nas retas. Arriscaria até dizer que a Renault ajustou esse carro ligeiramente convergente. Ele é totalmente neutro!

Demais qualidades o Captur já tinha: ótimo espaço interno em todas as posições e um porta-malas com generosos 437 litros de volume, mais do que um Jeep Compass e quase o mesmo volume de um Toyota Corolla Cross.

Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

Dentro da cidade, o vão livre do solo é generoso, mas o ângulo de ataque é surpreendentemente baixo para seu porte e altura. Culpa do balanço dianteiro proeminente demais e do para-choque frontal com defletor aerodinâmico na base.

Dados técnicos: direção elétrica progressiva; suspensão independente MacPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira); freios a disco ventilados (dianteira) e tambor (traseira); peso em ordem de marcha, 1.386 kg; carga útil, 448 kg; diâmetro de giro, 10,9 m; vão livre do solo, 212 mm; ângulo de ataque, 19°; ângulo cental, 25°; ângulo de saída, 30°. Tanque de combustível: 50 litros.

Dimensões:  comprimento, 4.379 mm; largura, 1.813 mm; altura, 1.619 mm; entre-eixos, 2.673 mm. Porta-malas: 437 litros.

Consumo Inmetro: 7,5 km/l (E) e 11,1 km/l (G) na cidade / 8,3 km/l (E) e 12 km/l (G) na estrada.
Consumo Mobiauto: 7,2 km/l (E) e 10,3 km/l (G) na cidade / 9 km/l (E) e 13,7 lm/l (G) na estrada.

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Mimos tecnológicos

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Se a dirigibilidade pode ser destacada como o ponto mais admirável desse Renault, o restante do pacote não decepciona. Ele possui vários recursos de SUVs de categoria superior. 

Que tal ligar o motor do carro à distância, por exemplo, quando estiver sob sol forte, para já acionar o ar-condicionado e se livrar daquele incômodo habitual dos segundos iniciais de grande calor nos carros comuns? Ponto para o Captur. Você aciona o motor pelo controle remoto da chave-cartão – item disponível só na versão Iconic.

Comum a todas as versões são o monitoramento de pressão de pneus, os controles de estabilidade (ESC) e tração (TCS), o assistente de partida em rampas (HSA) e quatro airbags. 

Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

Ajustes de profundidade e altura do volante, câmera de ré e sensor traseiro de estacionamento, luzes diurnas de condução, duas entradas USB para passageiros do banco traseiro, controlador de velocidade e sistema Start/Stop complementam o cardápio.

De volta à versão topo de linha, há vários outros itens bem interessantes: alertas luminosos para pontos cegos nos retrovisores (indica quando outro veículo se aproxima para ultrapassá-lo, mas está fora do campo de visão do motorista) e faróis com tecnologia full-LED. 

Outra novidade é o Multiview, que consiste em quatro câmeras, sendo uma dianteira, duas laterais e uma traseira, permitindo que se escolha a imagem desejada na tela do multimídia. Ajuda muito nas manobras.

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Por falar nela...

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Com uma tela de 8 polegadas, a central multimídia Media Evolution possui layout customizável e oferece projeção para celulares via Android Auto e Apple CarPlay, ambos por cabo. De diferencial, ela permite parear até seis celulares simultaneamente por Bluetooth, sendo possível realizar duas chamadas ao mesmo tempo.

Se a central multimídia é um ponto virtuoso no Captur, o quadro de instrumentos decepciona. As informações destinadas ao motorista são monocromáticas, com aqueles arcaicos números digitais “quebradinhos” (velocímetro, hodômetros parcial e totalizador e dados do computador de bordo). Falha tola da Renault.

O único opcional do Captur, sem contar a pintura bicolor (duas cores) é o sistema de áudio da marca Bose, com seis alto-falantes, subwoofer no porta-malas e equalizador digital exclusivo. Traz realmente uma qualidade sonora superior.

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Porém...

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1) Parece inadequado, para dizer o mínimo, que um modelo dessa categoria use o arcaico “freio traseiro a tambor”. Discos nele, né, Renault?

2) Bem estranha os comandos satélites pendurados na coluna de direção para controle do som. Só Peugeot, Citroën e Renault têm isso, enquanto o resto do mundo espalha esses comandos nos raios laterais do próprio volante. O do Captur é feio, até grosseiro, é pouco intuitivo e destoa do belo acabamento interno do carro.

3) Ao acionar a função Eco no console central, a queda de rendimento é absolutamente perceptível. Ok, você pode, e deve, querer economizar combustível, mas os parâmetros de alteração de mapas da central eletrônica parecem meio exagerados. 

Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

4) A polêmica das barras longitudinais no teto. O Captur não as possui. É o único SUV compacto de todo o mercado sem o item. Ou seja, a ideia do carro aventureiro, que transporta caiaque, pranchas de surf ou bicicletas vai necessitar de acessórios do mercado paralelo nesse modelo. 

É bem curioso isso: numa rápida pesquisa, só identificamos a nova família Land Rover e SUVs cupês sem essas barras, como Audi Q3 Sportback e Q5 Sportback, BMW X4 e Mercedes GLC Coupé e GLE Coupé.

5) a chave, tipo cartão (como no extinto Fluence), possui sensor presencial de aproximação, mas na prática o item não funcionou em nosso teste. 

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Renault Captur Iconic 2022 – Principais itens de série

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Além dos obrigatórios airbags frontais, freios dianteiros com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição eletrônica de frenagem), cintos de segurança de três pontos em todas as posições, encostos de cabeça em todas as posições e ganchos Isofix para cadeirinhas infantis, o Kwid Intense 2023 vem de série com:

Visual: faróis full-LED; lanternas traseiras com guias de LED; pára-choque com defletor aerodinâmico; retrovisores externos pintados de preto; rodas de liga leve de 17 polegadas com acabamento diamantado.

Conforto e acabamento: chave com sensor presencial; partida do motor por botão; volante multifuncional com regulagem de altura e profundidade; retrovisores externos elétricos com rebatimento automático; ar-condicionado automático; vidros elétricos dianteiros e traseiros com um-toque e antiesmagamento; bancos com revestimento em couro sintético marrom Castanyera; banco do motorista com regulagem de altura; desembaçador traseiro.

Motor 1.3 turboflex de 170 cv torna o modelo o mais forte do segmento, mas pouca gente pareceu se empolgar com isso

Tecnologia: regulador e limitador de velocidade; central multimídia de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay via cabo; duas portas USB para o banco traseiro; sensor de chuva e crepuscular; start-stop.

Segurança: aviso de não afivelamento dos cintos de segurança; quatro airbags; assistência de frenagem; alerta de ponto cego; sensores traseiros de estacionamento; câmeras de auxílio a manobra em quatro posições (frontal, laterais e de ré); monitoramento de pressão dos pneus; controles de estabilidade e tração; assistente de partida em rampa.

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Compro ou não compro?

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O Renault Captur é composto pelas versões Zen (R$ 133.290), Intense (R$ 138.490) e a testada pela Mobiauto, Iconic, que custa R$ 146.790. Vamos compará-lo aos SUVs mais buscados do segmento.

No embate com o Honda HR-V Touring (R$ 170.400), são R$ 23,6 mil a menos. Se a comparação for com o novo Hyundai Creta Ultimate (R$ 162.690), a diferença passa de R$ 15 mil. Contra o VW T-Cross Highline 250 TSI (R$ 158.150), que, deve-se ressaltar, é menor que o Captur, são mais de R$ 10 mil a menos. 

Preço competitivo ele tem. Na prática? Vejo espaço para o êxito do Captur somente para aquele perfil de consumidor que sempre esteve a bordo de hatches ou sedans, e está ingressando pela primeira vez no segmento de SUVs. 

Ele não renunciará ao desempenho mais esportivo e da dirigibilidade semelhante aos seus carros anteriores. Já para quem sonha de fato com um SUV, o Captur infelizmente deve seguir lá atrás na lista de desejos, mesmo com desempenho de sobra para ultrapassar todos os concorrentes.

Imagens externas: Rodrigo Miele/Mobiauto
Imagens internas: Divulgação/Renault

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