Segredo: nova Chevrolet Montana será mais simples que Toro e até Oroch

Picape ainda esconde detalhes sob a forte camuflagem, mas estrutura será mais próxima a do Tracker do que se imaginava e inferior às concorrentes
Renan Bandeira
Por
11.04.2022 às 13:05
Picape ainda esconde detalhes sob a forte camuflagem, mas estrutura será mais próxima a do Tracker do que se imaginava e inferior às concorrentes

Não é novidade que a nova Chevrolet Montana ficará encorpada para deixar Fiat Strada e VW Saveiro de lado, e bater de frente com Fiat Toro e nova Renault Oroch. Mas a nova geração da picape esconde sob a forte camuflagem dos protótipos que terá uma estrutura mais simples que a de suas rivais.

A Mobiauto apurou que o projeto da nova Montana será mais parecido com o do Tracker do que se imaginava. Isso mesmo utilizando uma estrutura de cabine praticamente 100% exclusiva, sem compartilhar peças de estamparia com o SUV.

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Além de usar a plataforma GEM, já aplicada ao Tracker, a picape terá suspensão dianteira do tipo McPherson, como Toro e Oroch, porém traseira por eixo de torção, um conjunto menos robusto, menos sofisticado e mais barato que as arquiteturas independentes multilink que equipam Toro e Oroch.

Picape ainda esconde detalhes sob a forte camuflagem, mas estrutura será mais próxima a do Tracker do que se imaginava e inferior às concorrentes

Curiosamente, a segunda geração da Montana, com porte menor, trazia exatamente os mesmos tipos de suspensão nos dois eixos. Atualmente, entre todas as picapes comercializadas no país, só a Saveiro, um projeto de 2008, possui eixo traseiro com barra de torção. 

Dessa forma, além de menos sofisticada quanto as rivais, a nova Montana não deve ter espaço para um diferencial traseiro e, consequentemente, tração 4x4. Seu sistema de transmissão será sempre através das rodas dianteiras, como no Tracker.

Além disso, os eixos não devem ser muito maiores que os do Tracker. De acordo com nossas fontes, a diferença das bitolas nos dois eixos não chega a 1 cm. Usando como referência as medidas do SUV, podemos entender que a Montana terá, mesmo porte próximo ao da Oroch e menor que o da Toro.

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A picape da Fiat mede, respectivamente, 1.554 mm e 1.579 mm nas bitolas dianteira e traseira, enquanto a Oroch tem 1.557 mm e 1.560 mm. Já o Tracker possui 1.547 mm e 1.551 mm, diferenças 0,7 e 2,8 cm para a Toro, e de 1 cm e 0,9 cm para a Oroch. 

Os números da nova Montana devem se aproximar bem daqueles obtidos pela rival da Renault.

Nova Chevrolet Montana: o que já sabemos

Picape ainda esconde detalhes sob a forte camuflagem, mas estrutura será mais próxima a do Tracker do que se imaginava e inferior às concorrentes

A Chevrolet lançou uma websérie para mostrar detalhes da nova Montana gradativamente. No primeiro episódio, publicado há 15 dias, a montadora confirmou que seu lançamento será apenas no primeiro trimestre de 2023, como a Mobiauto contou em detalhes neste outro artigo.

Ela será construída sobre a plataforma GEM, uma versão simplificada da estrutura global VSS-F. Trata-se da mesma matriz usada pela família Onix e pelo Tracker. Isso confirma o chassi monobloco.

No primeiro episódio da série, o presidente da empresa na América do Sul, Santiago Chamorro, afirmou que “a picape impressiona por seu porte. A nova Montana será o maior modelo desta família global da Chevrolet”. Assim, confirma-se que ela terá dimensões maiores que as do Tracker.

O SUV mede 4.270 mm de comprimento, 1.791 mm de largura (2.044 mm com espelhos retrovisores abertos), 1.624 mm de altura (com rack) e 2.570 mm de entre-eixos. 

A picape com certeza será mais espichada no entre-eixos, com número entre 2,80 e 2,90 m, assim como em comprimento. Também deve ser um pouco mais larga e alta do que o SUV, para ter porte mais similar, talvez um pouco maior, que o da Renault Oroch.

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O visual ainda é um incógnita, mas o teaser indica que pelo menos a grade dianteira será inspirada na nova Chevrolet Silverado vendida nos Estados Unidos. Uma peça única com um filete cromado mais grosso na altura do emblema da marca.

Picape ainda esconde detalhes sob a forte camuflagem, mas estrutura será mais próxima a do Tracker do que se imaginava e inferior às concorrentes

Os faróis serão estilo Toro, separados em dois níveis. Uma peça superior levará luzes de condução diurna de LED e seta, enquanto o conjunto posicionado no pára-choque terá luz baixa, farol baixo e farol alto.

A motorização ainda não foi revelada, mas está quase certo que ela deve aproveitar o 1.2 turboflex de 132/133 cv de potência e 19,4/21,4 kgfm (G/E) do Tracker nas versões de entrada, em configuração manual ou automática de seis marchas.

Nas versões de topo, pode pintar um propulsor de maior capacidade cúbica, sempre gerenciado por câmbio automático, entre 1,3 e 1,4 litro, com injeção direta de combustível e dados mais generosos de potência e torque. 

Afinal, a Toro Turbo 270 tem 185 cv e 27,5 kgfm, enquanto a renovada Oroch TCe renderá 170 cv e 27,5 kgfm. Ambas utilizam, nessas opções, um propulsor 1.3 turboflex com combustível diretamente injetado nas câmaras de combustão.

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