Flagra: nova Chevrolet Montana surge no Brasil trabalhada no fermento

Terceira geração da picape chega ao mercado em 2022 com a missão de peitar a Fiat Toro. Protótipo mostra o quanto ela crescerá em tamanho

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Por Leonardo Felix

11.11.2021 às 18:13

A terceira geração da Chevrolet Montana será muito diferente das antecessoras que carre g aram o nome no Brasil. Sai a base do Corsa, usada em suas duas primeiras plataformas, entra uma versão esticada da matriz GEM do Tracker, seguindo a fórmula que a Mobiauto detalhou em primeira mão em maio deste ano.

Se restava alguma dúvida quanto ao posicionamento que a GM dará a seu novo produto, ela se esvaiu em meados de outubro, quando pela primeira vez um protótipo do modelo foi flagrado em testes de rodagem na longínqua Coreia do Sul e confirmou o porte similar ao da Fiat Toro.

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Terceira geração da picape chega ao mercado em 2022 com a missão de peitar a Fiat Toro. Protótipo mostra o quanto ela crescerá em tamanho

Agora, outro protótipo da nova Montana resolveu sair da toca no Brasil, corroborando que a velha picapinha de Corsa e Agile tomou fermento para ficar bem maior e encarar, assim, a pioneira e, até hoje, jogadora solo no segmento de picapes compactas-médias.

A imagem foi captada em Ubatuba (SP) por Sidnei Curzio Jr., do perfil @abandonados.br no Instagram, e replicada pelo site Primeira Marcha. Para nossa felicidade, logo atrás do protótipo aparecem um Honda WR-V e... um Tracker! Fica claro que a nova Montana tem um porte mais alto, largo e comprido que o do SUV, exatamente como prevíamos.

Apesar de muito camuflado, o protótipo permite ver que o visual da nova Montana será mesmo inspirado nos SUVs Blazer (americano) e Trailblazer (chinês), com direito a conjunto óptico dianteiro dividido em três níveis, com os canhões principais dos faróis encravados no para-choque.

Apesar de herdar a estrutura do Tracker, a nova Montana terá, aparentemente, elementos de estamparia 100% exclusivos. As portas laterais são mais curtas, os vértices são mais pontiagudos – lembrando mais uma vez o desenho do Trailblazer vendido na China, que nada tem a ver com o nosso SUV homônimo – e os retrovisores externos, bem maiores.

Em relação ao Tracker, a nova Montana terá cerca de 10 cm a mais de altura, 5 cm a mais de largura e 30 cm de ganho na distância entre eixos. Esta última medida ainda não será tão generosa quanto os 2,99 m da Toro, mas deve se aproximar dos 2,90 m. Em contrapartida, a caçamba do modelo da Chevrolet será mais amplo, graças a um balanço traseiro estendido.

A iluminação halógena dos faróis e a ausência de sensor para o controle de cruzeiro adaptativo e a frenagem autônoma emergencial no para-brisa indicam se tratar de uma versão mais básica. Segundo a Quatro Rodas, as opções mais básicas da picape herdarão o motor 1.2 turboflex três-cilindros de 132 cv do Tracker, com câmbio automático de seis marchas.

No entanto, a Mobiauto aposta que uma picape desse porte não terá como brigar de igual para igual com a Toro sem um motor mais forte, pelo menos nas versões de topo. A resposta pode estar no 1.3 turbo 335T Ecotec que equipa Tracker, Onix Plus e Trailblazer na China, convertido para flex e que num primeiro momento viria importado.

Com três cilindros e sistema de injeção de combustível variável entre direta e indireta, assim como os Toyota Corolla e Corolla Cross 2.0 Dynamic Force, ele rende 164 cv de potência e 24,4 kgfm de torque com gasolina, e bem poderia chegar a 170 cv e 25 kgfm com etanol.

No caso do Trailblazer chinês, tal propulsor atua com câmbio automático de nove marchas e tração integral, o que seria um ótimo pacote para encarar a Toro 1.3 turboflex de 185 cv e 27,7 kgfm e até as versões turbodiesel básicas, com a vantagem de ser uma picape mais leve e eficiente em consumo.

A missão da nova Montana será mesmo encarar a Toro Turbo 270 na faixa de R$ 130.000 a R$ 180.000. Sua produção ocorrerá em São Caetano do Sul (SP), que vem preparando a linha de montagem para recebê-la há alguns meses. O lançamento deve ocorrer no fim do primeiro semestre ou começo da segunda metade de 2022, como ano-modelo 2023.