Fiat Toro 2022 diesel ganha tanque de Arla 32. Entenda como funciona

Stellantis reajustou motores 1.3 turboflex e 2.0 turbodiesel da picape, que ganhou novos dados de consumo e aplicação do sistema de retrabalho de gases
Renan Bandeira
Por
11.02.2022 às 17:41 • Atualizado em 11.10.2023
Stellantis reajustou motores 1.3 turboflex e 2.0 turbodiesel da picape, que ganhou novos dados de consumo e aplicação do sistema de retrabalho de gases

A Stellantis segue atualizando seu catálogo para se enquadrar nas novas regras de emissão do Proconve L7. Desta vez, a Fiat Toro foi a escolhida para ganhar novidades no motor e se enquadrar aos novos parâmetros.

Por aqui, a picape é vendida em duas motorizações: 1.3 turboflex de 180/185 cv e 27,5 kgfm, com câmbio automático de seis marchas e tração 4x2 dianteira; 2.0 turbodiesel de 170 cv e 35,7 kgfm, com caixa de nove velocidades e tração 4x4 sob demanda. 

Ambas ganharam novidades, mas os principais ajustes estão nas versões MultiJet turbodiesel, que ganharam o tanque de Arla 32, conforme a Mobiauto já vinha alertando que aconteceria.

Você também pode se interessar por:

Como funciona o Arla 32 na Toro?

Vale lembrar que o Arla 32 é usado geralmente em veículos pesados com motores a diesel. A Jeep já havia aplicado o sistema em Compass e Commander. Agora, a Toro também passa a contar com esse sistema de retrabalho de gases.

Para quem não é familiarizado, Arla é a abreviação de Agente Redutor Líquido de Óxidos de Nitrogênio. Trata-se de uma solução concentrada formada 32,5% por ureia de alta pureza – daí o número 32 no nome – e o restante, por água desmineralizada. 

A ureia em questão é um elemento sintético, extraído do cianato de amônio, vulgo sal inorgânico. Tal composto já é usado há anos na fabricação de resinas e fertilizantes agrícolas. 

O Arla 32 faz parte da Redução Catalítica Seletiva (SCR). Na prática, ele se mescla com os gases de escapamentos vindos do motor. A mistura vai para o catalisador, onde reage com o Óxido de Nitrogênio (NOx) e gera vapor de água e gás nitrogênio, que não são nocivos ao ambiente.

Leia também: Fiat Toro 2022: veja versões e itens de série

Na picape, o abastecimento deverá ser feito pelo motorista no reservatório específico para o componente, localizado no assoalho. Para isso, o proprietário terá de encontrar postos de combustíveis que vendam o composto de Arla 32, algo mais comum de se ver em estradas do que dentro das cidades - a Mobiauto, inclusive, já passou por essa experiência.

Segundo a Stellantis, o tanque de Arla 32 da Toro tem capacidade para 13 litros e precisará ser reabastecido a cada 10.000 km, aproximadamente. Com essa novidade, a Toro 2.0 turbodiesel ganhou novos dados de consumo. Confira:

Leia também: Fiat Toro 4x4 diesel seminova: vantagens e desvantagens de comprar

Toro Freedom 2.0 TD 4X4

  • Novo consumo: 10,1 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada
  • Antigo consumo: 10,4 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada.

Toro Volcano 2.0 TD 4X4

  • Novo consumo: 10,4 km/l na cidade e 12,7 km/l na estrada.
  • Antigo consumo: 10 km/l na cidade e 12,5 km/l na estrada.

Toro Ranch 2.0 TD 4x4

  • Novo consumo: 10,1 km/l na cidade e 12,6 km/l na estrada.
  • Antigo consumo: 10 km/l na cidade e 12,5 km/l na estrada.

Toro Ultra 2.0 TD 4x4

  • Novo consumo: 10,4 km/l na cidade e 12,7 km/l na estrada.
  • Antigo consumo: 10 km/l na cidade e 12,3 km/l na estrada.

Leia também: Jeep Compass 2022 diesel: como funciona o tanque de ureia (Arla 32)

Fiat Toro Turbo 270 mais econômica

O motor Turbo 270 também ganhou novidades na Toro. Nesse caso, os ajustes feitos no 1.3 GSE T4 foram leves, com calibrações sutis entre motor, transmissão e mapa de pedal de aceleração. 

Diferentemente do que aconteceu com os motores aspirados das família Fire e Firefly, que equipam Mobi, Argo, Cronos, Fiorino, Strada e Pulse, que perderam potência e torque, o 1.3 turboflex da Toro manteve os 180/185 cv de potência (G/E) e os 27,5 kgfm de torque (qualquer combustível).

A diferença é que a picape ficou um pouco mais econômica na configuração flex. Confira os números:

Endurance Turbo 270:

  • Novo consumo: 6,8 km/l (etanol) / 9,7 km/l (gasolina), em ciclo urbano; 8,2 km/l (etanol) /  11,6 km/l (gasolina), em ciclo rodoviário.
  • Antigo consumo: 6,5 km/l (etanol) / 9,4 km/l (gasolina), em ciclo urbano; 8 km/l (etanol) / 10,8 km/l (gasolina), em ciclo rodoviário.

Leia também: Avaliação: Fiat Toro 2022, o que melhorou e o que deveria ter melhorado

Freedom Turbo 270: 

  • Novo consumo: 6,6 km/l (etanol) / 9,5 km/l (gasolina), em ciclo urbano; 8,0 km/l (etanol) / 11,2 km/l (gasolina), em ciclo rodoviário.
  • Antigo consumo: 6,5 km/l (etanol) / 9,4 km/l (gasolina), em ciclo urbano; 8 km/l (etanol) e 10,8 km/l (gasolina), em ciclo rodoviário.

Volcano Turbo 270:

  • Novo consumo: 6,6 km/l (etanol) / 9,5 km/l (gasolina), em ciclo urbano; 8 km/l (etanol) / 11,2 km/l (gasolina), em ciclo rodoviário.
  • Antigo consumo: 6,5 km/l (etanol) / 9,4 km/l (gasolina), em ciclo urbano; 8 km/l (etanol) / 10,8 km/l (gasolina), em ciclo rodoviário.


Comentários