Chevrolet: o que está por trás da decisão por híbridos em vez de só elétricos
Em meio à demanda crescente por carros elétricos e descarbonização da frota, a General Motors, detentora da Chevrolet, decidiu refazer sua rota. Agora, a fabricante americana vai deixar de pensar em apenas veículos elétricos e vai investir em híbridos plug-in (PHEV) também.
Isso porque a fabricante acabou sofrendo uma grande pressão por parte de concessionários. Claro que o plano de eletrificação era de longo prazo e compreendia o processo até 2035. No meio dessa ciranda ainda teve o anúncio do acordo e rompimento da parceria com a Honda para produzir um carro elétrico.
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Voltando para os planos da Chevrolet, o pé no freio da eletrificação voltada somente para veículos elétricos foi anunciado pela CEO da General Motors, Mary Barra, em uma conferência. Nesse sentido, a posição da marca será menos radical e, com isso, haverá a inserção de híbridos plug-in em sua gama, como revelado também por Barra no encontro com analistas.
Ainda sem uma data prevista para o lançamento desse novos carros híbridos plug-in, a Chevrolet tem outro problema para resolver no Brasil: as vendas de elétricos. A fabricante até cogitou trazer modelos elétricos da marca, fabricados na China, para salvar a operação do segmento no país.
A Mobiauto mostrou os planos da Chevrolet de trazer um elétrico de baixo custo para o Brasil. O monovolume seria importado da China e chegaria para brigar com o BYD Dolphin.
Cenário de elétricos da Chevrolet no Brasil
A marca oferece por aqui apenas o Chevrolet Bolt em duas configurações: a EV e a EUV, ambas elétricas, mas com diferenças no visual, medidas e capacidades. Foram apenas duas vendas em dezembro do ano passado, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores). Vale lembrar que a marca trouxe um lote limitado e que ambos serviriam como transição para outros elétricos.
É importante ressaltar que esse novo plano da Chevrolet é baseado no mercado americano, o qual é um reflexo das regras mais exigentes para veículos a combustão a partir de 2027. Por isso, a realidade híbrida plug-in deve fazer parte dos próximos carros lançados pela GM.
Na configuração híbrida plug-in, o veículo necessita de carga externa, mas também costuma ter uma autonomia maior.
O que está reservado para o Brasil?
Antes mesmo da matriz da GM refazer o caminho para a eletrificação da frota, a filial brasileira já dava indícios que o caminho seria o meio termo, ou seja, os híbridos.
Mais recentemente, em encontro com o presidente da República, Lula, a GM anunciou um pacote de investimentos de R$ 7 bilhões divididos nas cincos fábricas da marca no país até 2028.
No encontro, o CEO da GM International, Shilpan Amin, deixou claro que há a possibilidade, não somente da chegada dos híbridos ao Brasil, como na produção deles em solo nacional. Por fim, a fabricante descartou a possibilidade de sair do Brasil na posição de fabricante e passar a atuar como importadora, a exemplo do que fez a Ford.
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Repórter
Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.