Honda City hatch: os detalhes de como será o sucessor do Fit no Brasil

Itens de série e dados técnicos já foram revelados, mas o preço ainda não. A justificativa da fabricante é que a pré-venda do modelo começará só em janeiro, com chegada às lojas prevista para março. Ou seja: teremos mais dois meses até confirmar seus valores. 

A expectativa, porém, é que o hatch tenha ao menos uma versão abaixo de R$ 100.000, para competir com as versões topo de linha de outros hatches compactos do mercado brasileiro. Já a de topo pode superar os R$ 110.000.

O Honda City é o hatch que o Brasil quer?

Cá para nós, o Brasil precisava de um hatch da Honda. A Toyota até tentou com o Yaris, mas apesar da veneração que nós temos por carros de marcas japonesas, o modelo não deu conta de despertar no brasileiro uma paixão tão avassaladora quanto a do Chevrolet Onix ou Hyundai HB20.

Já o novo City hatch pode ser a grande chance da Honda para sair na frente da sua principal concorrente. Além do mais, o mercado de hatches, que vem sendo tão maltratado ultimamente pelos SUVs de entrada, como Fiat Pulse e VW Nivus, precisava de sangue novo. 

Não estamos falando apenas de uma geração nova, e sim de um modelo totalmente inédito. O último hatch compacto que estreou por aqui foi a nova geração do Peugeot 208, já há mais de um ano. Porém, com um motor defasado e custando caro, passou longe do sucesso esperado pela marca.

Também não podemos esquecer do VW Polo, que teve a sexta geração lançada em 2018, mas ainda é uma grande referência no segmento, tanto que é um dos hatches mais caros de marca popular. E será renovado no ano que vem.

Ainda não sabemos o preço do City hatch e entendemos que o futuro do segmento é totalmente imprevisível. Mas que o modelo tem bons predicados para brigar com qualquer compacto do mercado, ah, ele tem. 

Motor mais potente que qualquer 1.0 turbo 

Durante o lançamento, a Honda fez questão de frisar em diversos momentos que o motor 1.5 flex aspirado com injeção direta dos novos City hatch e sedan são mais potentes e econômicos que qualquer motor 1.0 turbo do mercado nacional com gasolina. Além disso, consegue ser mais econômico. Será?

Bem, todas as versões tanto dos novos City contam com o propulsor 1.5 BS6 quatro-cilindros de 16V de 126 cv de potência (com qualquer combustível) e 15,5/15,8 kgfm de torque (gasolina/etanol), casado sempre a um câmbio CVT com simulação de sete marchas e e trocas sequenciais manuais através das aletas atrás do volante.

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Quanto ao consumo, segundo o Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro, o City hatch faz 9,1 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada com etanol, sendo 13,3 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada com gasolina. Vejamos o que os concorrentes oferecem:

Desempenho

Honda City hatch 1.5 CVT: 126/126 cv (E/G) e 15,8/15,5 kgfm (E/G)
Chevrolet Onix 1.0 Turbo AT: 116 cv (E/G) e 16,8/16,3 kgfm (E/G)
Hyundai HB20 1.0 Turbo AT: 120 cv (E/G) e 17,5 kgfm (E/G)
VW Polo 1.0 Turbo AT: 128/116 cv (E/G) e 20,4 kgfm (E/G)
Toyota Yaris 1.5 AT: 110/105 cv (E/G) e 20,4 kgfm (E/G)
Peugeot 208 1.6 AT: 118/115 cv (E/G) e 15,5/ 15,4 kgfm (E/G)

Nenhum dos modelos têm mais cavalaria que o Honda City hatch com gasolina, de fato. Mas vemos que a comparação da Honda é um tanto forçada, visto que o motor perde em 2 cv para o 200 TSI do Polo com etanol. Contra o recém-lançado 1.0 GSE turbo do Fiat Pulse, ainda não aplicado a um rival direto do City hatch, são 4 cv.

Porém, a falta do turbo é mais sentida mesmo no torque: os 15,5 kgfm são inferiores a qualquer um dos concorrentes acima mencionados, exceto o Peugeot 208.

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Consumo

Chevrolet Onix 1.0 Turbo AT: 8,3 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada com etanol / e 11,9 km/l na cidade e 15,1 km/l na estrada com gasolina

Hyundai HB20 1.0 Turbo AT: 8,2 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada com etanol / 11,8 km/l na cidade e 14,2 km/l na estrada com gasolina

VW Polo 1.0 Turbo AT: 7,9 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada com etanol / 11,4 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada com gasolina

Toyota Yaris 1.5 AT: 8,8 km/l na cidade e 10 km/l km/l na estrada com etanol /12,6 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada com gasolina

Peugeot 208 1.6 AT: 7,5 km/l na cidade e 9 km/l na estrada com etanol, e 10,9 km/l na cidade e 13,1 km/l na estrada com gasolina

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O consumo do hatch da Honda tem uma vantagem em relação aos rivais: ele é o único que faz mais de 9 km/l com etanol e mais de 13 km/l com gasolina na cidade. Ponto para o câmbio CVT, que costuma entregar uma ótima eficiência energética para uso urbano.

Na estrada, o Onix até apresenta uma média melhor, porém no consumo combinado o City sai na frente de qualquer um deles, o que mostra que o casamento entre a caixa continuamente variável e um propulsor aspirado, mas com injeção direta, ficou de fato bem acertado. 

Espaço 

Ainda não tivemos a oportunidade de conhecer o Honda City hatch pessoalmente, mas, pelo que a ficha técnica entrega e pelo que já sabemos dos carros da Honda, ele promete um espaço interno muito bem acertado, inclusive maior que o do Fit.

O seu maior defeito está no porta-malas, de apenas 268 litros, um dos menores da categoria e quase 100 litros menor do que os 363 litros do antecessor. 

No entanto, esse problema pode ser contornado graças ao sistema de bancos moduláveis, o mesmo do querido Fit, que acaba aumentando o espaço para as malas, além de permitir uma série de opções de rebatimento tanto dos bancos dianteiros quanto do traseiro. 

Dimensões: 4341 mm de comprimento, 2.600 mm de entre-eixos, 1.498 mm de altura, 1.748 mm de largura e 268 litros de porta-malas.

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Honda City hatch: versões e principais itens de série

City hatch EXL

• Magic Seat 
• Partida por botão 
• Multimídia de 8 polegadas com AA e ACP sem fio 
• Seis airbags
• Monitoramento de pressão dos pneus
• Smart Entry
• Rodas Aro 16
• Faróis de neblina
• Câmera de ré
• Bancos de couro
• Paddle Shift
• Painel TFT 7 polegadas

Sensor de estacionamento traseiro

City hatch Touring

• Itens de série da versão EXL +
• Faróis Full Led
• Sensor de estacionamento dianteiro 
• Honda Sensing 
• Lane Watch

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