Oito carros que você não iria querer nem de presente de Natal

Nossa lista de desejos para o Papai Noel certamente NÃO teria nenhum desses modelos, que estão mais para presentes de grego
LF
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22.12.2020 às 10:00
Nossa lista de desejos para o Papai Noel certamente NÃO teria nenhum desses modelos, que estão mais para presentes de grego

Natal. Essa festividade hoje tão comum no Ocidente começou como uma celebração do solstício de inverno no Hemisfério Norte, marcando a transição entre anos solares. Depois, foi absorvida pela mitologia romana (conhecida como Saturnália) e, enfim, pelo cristianismo, passando a ser apontada como a data do nascimento de Jesus.

Mas ela ganhou outros contornos em tempos contemporâneos, de capitalismo. Agora, é impensável imaginar um Natal sem trocas de presentes entre familiares, amigos, colegas de trabalho e demais entes queridos. 

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Só que há presentes que, bem... é preciso pensar duas vezes antes de dar a alguém. Ou, pior ainda, aqueles que poderíamos ser poupados de receber, pois são muito menos uma demonstração de afeto e mais a integração de uma nova dor de cabeça à vida.

Os oito modelos desta lista são exemplos cristalinos desta lógica. Se dizem que “de graça, até injeção na testa”, ainda mais se for um carro, no caso deles é melhor ficar a pé, tentar ser uma pessoa melhor e assim torcer para que Papai Noel seja mais generoso no próximo Natal.

Com vocês, os oito carros que nem você nem nossa redação iria querer na garagem, nem de presente:

1) Lifan 320

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A cópia do Mini Cooper é um dos carros mais inseguros lançados no Brasil neste século. Sua carroceria frágil lhe rendeu resultado pífio no teste de segurança do Latin NCAP. Além disso, apresenta problemas crônicos de estabilidade e rigidez de carroceria.

E se ele é um chinês que queria ser inglês, ao menos uma falha típica de veículos da terra da rainha ele imita: recorrentes defeitos elétricos. Para piorar, proprietários vivem reclamando de cheiro de combustível no interior da cabine, uma característica para lá de assustadora.

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Caso um dia você ganhe um desses, também esteja preparado para não encontrar peças de reposição nem concessionária para realizar serviços dos mais simples. Por isso mesmo, sua manutenção é cara e o valor do seguro beira o exorbitante.

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2) Troller Pantanal

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A colega Camila Torres já contou a famigerada história desta picape no artigo sobre 20 carros que fracassaram no Brasil. Seu projeto apresentava um gravíssimo problema estrutural no chassi, com constantes aparições de trincas. 

Quando a picape foi lançada, em 2006, a expectativa da marca era vender 1.200 unidades no ano. O resultado? Apenas 77 unidades emplacadas em dois anos e meio. 

E quando a Ford assumiu o comando da Troller e descobriu o problema, optou por recolher as picapes comercializadas e indenizar seus compradores. Quem não quisesse se desfazer dela deveria assinar um termo se responsabilizando pelas consequências. Que presentão!

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3) Effa M100

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O primeiro carro de passeio chinês trazido ao Brasil, em 2007, mostrava que nosso mercado pode até ser emergente, mas tudo tem um limite. Seu motor 1.0 de 47 cv, por exemplo, proporcionava um desempenho digno de carros populares dos anos 60.

Sua suspensão é extremamente mole. Alie isso à carroceria altinha e aos pneus estreitos e pronto: cada curva contornada a bordo dele faz o coração bater mais forte (e não no bom sentido). O modelo, inclusive, apresentou forte tendência de capotamento em testes de alce.

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4) Chery QQ

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A Caoa Chery vem se aventurando por segmentos premium e até de luxo no Brasil, mas o começo da história da marca chinesa no país é marcado pela oferta de modelos subcompactos de baixo custo, como o Face, o S18 e o pequenino QQ.

Este último, além do desempenho fraco do motor 1.1 de 68 cv, do espaço interno demasiadamente acanhado e dos maus tratos à ergonomia corporal a bordo, proporcionava incômoda sensação de instabilidade e fragilidade da carroceria a velocidades mais altas.

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5) Geely GC2

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Dinamicamente, não é um carro tão ruim quanto os citados até o momento nesta lista, mas seu propulsor 1.0 de 68 cv pouco ajuda a empurrá-lo e o sistema de freios, com discos sólidos em vez de ventilados na dianteira, tornam a frenagem borrachuda, longa e um tanto imprecisa e insegura.

Mas o pior é a falta de uma rede concessionária para assistência, visto que a Geely teve menos de dois anos de existência no Brasil. Ou seja: faltam peças de reposição, o que torna este subcompacto com traços inspirados no urso panda muito menos amigável e simpático na hora de consertar. 

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6) Hafei Towner

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Esta minivan chinesa geralmente é adquirida por quem quer um utilitário de trabalho para usar sem dó, mas os problemas do projeto deixam sua marca em vários momentos: pintura frágil, carroceria instável (e com boas chances de capotar a velocidades altas) e motor alojado sob o banco dianteiro, numa posição de difícil acesso para mecânicos. 

Não é raro ver peças de acabamento como maçanetas e alavanca de câmbio se soltando pelo caminho, e encontrar algum componente em bom estado para substitui-las é tarefa digna de milagre natalino.

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7) Cross Lander CL-244

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Cópia do Land Rover Defender, é um projeto da fabricante romena Aro e chegou a ser produzido na Zona Franca de Manaus (AM) entre 2003 e 2004. Tem tração 4x4 e um interessante motor turbodiesel de 132 cv da International.

Mas possui erros crassos como a coluna B muito recuada e as portas laterais traseiras curtas, o que dificulta o acesso à segunda fileira. O acabamento é simplório e o conforto, quase nulo. Para piorar, sua produção foi interrompida em 2004, por falta de dinheiro e demanda. 

No ano seguinte, quando a empresa tentou retomá-la, não conseguiu porque o veículo já não atendia mais à legislação de emissões de poluentes do país. E olha que estamos longe de ser os mais rigorosos do mundo nesse quesito...

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8) Mahindra MOV e Pickup

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Por fim, passe longe do SUV de sete lugares da Mahindra, conhecido como MOV (sigla em inglês para “Mahindra Off-Road Vehicle”) e da picape que dele deriva, chamada... Pickup. Ambos foram comercializados no Brasil por um breve período, mas não decepcionam apenas pela falta de criatividade da marca ao nomeá-los.

Primeiro, pelas falhas grosseiras de ergonomia (a cabine de ambos é idêntica), como pedais que ficam sempre distantes dos pés, não importa como você posiciona o banco do motorista, e volante com ajuste de altura tão duro que mal dá para destravá-lo.

O motor 2.2 a diesel é até forte, porém áspero e ruidoso, enquanto o câmbio tem engates dignos de caminhões dos anos 70. O que mais fala contra os dois irmãos, porém, é sua constante instabilidade traseira, especialmente quando as fileiras de trás ou a caçamba estão vazias.

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