Novo Citroën C3 terá dedo da Fiat e ares de SUV para renascer no Brasil

Terceira geração do hatch ganha ares de SUV e chegará ao país no começo de 2022 om a missão de fazê-la recuperar o terreno perdido
LF
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16.09.2021 às 10:55
Terceira geração do hatch ganha ares de SUV e chegará ao país no começo de 2022 om a missão de fazê-la recuperar o terreno perdido

Após muita expectativa e vazamentos, que inclusive já revelaram por inteiro o visual, a Citroën finalmente apresentou oficialmente e mundialmente a terceira geração do compacto C3. Com projeto criado na índia, o ex-hatch bolinha ganhou ares de SUV na troca de carroceria, passando a utilizar uma variante simplificada da plataforma CMP do primo Peugeot 208.

O novo C3 é um modelo de relevância ímpar para o Brasil, país no qual a marca francesa se atrofiou nos últimos tempos, ao ponto de sobreviver hoje com apenas um automóvel na gama, o C4 Cactus. E não apenas por ser um produto de volume, que aportará para fazer crescer novamente sua participação de mercado.

Marcará, também, a estreia da matriz CMP versão “baixo custo” na fábrica de Porto Real (RJ). Ela dará origem a outros dois SUVs e um sedan: o projeto CC24, chamado pela imprensa internacional de “novo C3 Aircross”, mas que na prática será um sucessor do próprio C4 Cactus no mercado brasileiro; o inédito Peugeot 1008 (projeto P44); um sedan de projeto CC26.

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Quando chega o novo C3

Mas voltemos a falar do próprio C3 de nova geração. Apesar de ter sido apresentado globalmente nesta quinta-feira (16), o hatch com ares de SUV só deve ser lançado efetivamente no Brasil no primeiro trimestre de 2022. 

Isso porque a Stellantis vem aproveitando a expertise da recente fusão entre FCA com PSA para fazer adaptações ao projeto indiano, considerado muito simples, e torn-lo mais palatável ao consumidor local e sul-americano. E esse processo contará com uma boa dose de Fiat. 

“[O novo C3 terá] Toda a sinergia que a Stellantis pode proporcionar”, sentenciou ninguém menos que Antonio Filosa, chefão da Stellantis na América Latina, durante a revelação mundial do produto. Essa pequena frase dá uma boa dimensão do que teremos pela frente.

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Como será o novo C3

Em sua nova geração, o C3 perdeu o estilo bolinha e ganhou traços mais quadrados. Ao mesmo tempo, está mais altinho, com suspensões e um ponto H elevados. Por isso mesmo, pode ser considerado um aspirante a SUV e um substituto único para dois produtos: os antigos C3 e Aircross.

Felizmente, a própria Citroën vem evitando chamar o C3 de terceira geração de “SUV”. Continua denominando-o um hatch, mas reforça que possui “atributos de SUV com preço de hatch”.

Ainda de acordo com a marca, o modelo terá “robustez” e “durabilidade” como dois de seus pontos mais fortes, o que mostra o quanto a fabricante está empenhada em deixar para trás a fama de produzir carros frágeis, que “não aguentam o tranco” de um mercado hostil como o brasileiro.

Por fora e por dentro, manterá o padrão diferentão de estilo e acabamento do C4 Cactus, com opções de pinturas bicolores e (ab)uso de apliques plásticos e molduras em forma de “cubos” para aumentar a robustez e ressaltar o caráter aventureiro do modelo.

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As primeiras imagens mostram um conjunto óptico dianteiro dividido em dois níveis e integrado com a grade chevron, dotado de luzes diurnas de LED e faróis halógenos. A central multimídia tem tela larga e, de acordo com a marca, oferecerá conexão com celulares sem fio.

Por outro lado, o quadro de instrumentos analógico, o câmbio manual e o ar-condicionado manual reforçam a proposta de baixo custo do novo C3, que ficará abaixo do novo 208 no mercado e terá como um de seus pontos mais fortes a relação custo-benefício, seja para comprar ou para manter. 

A manopla de câmbio, especificamente, mostra que a nova geração não terá apenas o trem de força 1.6 automático já visto no primo da Peugeot. Nas versões de entrada, estamos falando do motor 1.0 três-cilindros 6V aspirado flex da família Firefly, usado atualmente pelo Argo. Ele rende 72/77 cv e 10,4/10,9 kgfm de torque (gasolina/etanol).

Nas de topo, o propulsor 1.6 quatro-cilindros 16V EC5, igualmente aspirado e flexível, de 115/118 cv e 16,1 kgfm seria uma opção lógica, com câmbio automático de seis marchas da Aisin. Porém, não podemos nos espantar se de repente a Stellantis optar pelo 1.3 Firefly 8V de 101/109 cv e 13,7/14,2 kgfm, com caixa manual ou CVT.

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