Rodízio de pneus: por que é importante e como deve ser feito?
“Já fez o rodízio dos pneus?”. Com certeza você já foi questionado dessa forma, seja por amigos, mecânicos - ou "mexânicos" -, ou técnicos de lojas especializadas.
Mas qual a importância de fazer o rodízio? A necessidade dessa troca é simples: garantir que os pneus do veículo tenham sempre nível similar de desgaste - em alguns casos, até mesmo o estepe.
A manutenção é do tipo preventiva. Uma forma de aumentar a vida útil do pneu, revezando os que compõem o eixo responsável pela tração do veículo, que têm o desgaste mais elevado, e também de manter condutor e passageiros seguros.
Há duas formas de fazer o rodízio. Uma delas utiliza os quatro pneus que já estão no carro - que é a mais comum - e outra com cinco pneus, acrescentando o estepe.
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Entre as duas opções, a mais utilizada é a com quatro pneus, em que são trocados os dois dianteiros pelos dois traseiros. Nesse caso, seja tração dianteira ou traseira, o revezamento garante que o desgaste seja sempre igual nos componentes do mesmo eixo, e dá uma estabilidade melhor ao veículo.
O outro caso envolve o estepe e é alvo de crítica por alguns condutores. Colocado para atuar ao lado de um pneu mais desgastado, o novo pode atuar de forma distinta, já que seus sulcos estão mais longe do TWI (e medida que indica que o pneu chegou ao limite de uso), e essa diferença entre os conjuntos pode prejudicar a dirigibilidade do veículo.
Além disso, veículos novos com estepe em tamanho menor - seja no tamanho do aro ou da tala da roda - também podem piorar a condução. Então, cuidado.
É importante que esse serviço seja feito periodicamente, seguindo o que indica o manual de cada veículo. Mas caso não haja especificações, as fabricantes de pneus indicam a troca entre 8.000 e 10.000 km rodados, no caso dos radiais, sendo 5.000 km para os diagonais.
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Como fazer o rodízio?
Muitos pensam que o rodízio de pneus é uma tarefa fácil, que pode ser feita até na própria residência. Isso é parcialmente verdade, pois a troca é realmente simples, mas é importante ter atenção às características do seu veículo.
De início, vale lembrar que, após o revezamento dos pneus, é preciso refazer alinhamento e balanceamento do veículo, e também recalibrar os pneus - caso o veículo exija pressão diferente entre eixo dianteiro e traseiro.
Além disso, é importante ressaltar que, se o veículo tiver, de fábrica, rodas com polegadas diferentes entre os eixos dianteiro e traseiro, o rodízio não deve ser realizado.
Antes de iniciar o trabalho, verifique se o pneu é unidirecional, assimétrico ou bidirecional. Se o seu pneu for do tipo unidirecional - que é mais antigo e quase não utilizado mais - com ranhuras da banda em V simétricos, o processo é manter ao mesmo lado, só trocando o eixo - ou seja, o do eixo dianteiro do lado direito vai para o eixo traseiro do lado direito. Do lado esquerdo a ação se repete.
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No caso dos assimétricos ou bidirecionais, a troca ocorre da mesma forma ou em X, como mostram as linhas sólidas do desenho.
Rodízio com estepe
No caso do revezamento com estepe, é indicado que o pneu novo substitua o dianteiro direito, independente se é do tipo assimétrico, bidirecional ou unidirecional.
O esquema elaborado pela Bridgestone (acima) mostra as trocas recomendadas pelas linhas sólidas e as tracejadas são de uma manutenção alternativa.
Na troca dos pneus unidirecionais, é importante que o estepe seja colocado para rodar com o vértice apontando para o sentido de rotação do veículo. O pneu que estava no eixo dianteiro vai para o traseiro, que vira estepe, concluindo o rodízio.
Caso o proprietário queira mudar o pneu do lado direito para o esquerdo, terá de desmontá-lo da roda para inverter o sentido da banda de rodagem.
Nos bidirecionais ou assimétricos, o dianteiro direito substituído pode tomar o lugar de qualquer outro pneu do veículo, desde que o traseiro esquerdo vá para o lugar do estepe quando a tração é dianteira. No caso de tração traseira, é indicado que o traseiro direito pare de rodar.
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Gerente de conteúdo
Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.