Yamaha coloca tecnologia de farol presente Audi e Porsche na Tracer 9
Pela primeira vez no setor de motocicletas, a tecnologia de iluminação Matrix LED está disponível em um modelo de produção. A novidade foi implementada pela Yamaha na Tracer 9 2025, que recebeu atualizações em seu sistema de iluminação, agora com controle inteligente e adaptativo.
A tecnologia, já utilizada em automóveis há mais de uma década, consiste em um conjunto de LEDs independentes no farol dianteiro. Esses LEDs operam de forma autônoma, ajustando a intensidade e a direção da luz com base em variáveis como presença de veículos, iluminação ambiente e movimento do veículo.
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O principal objetivo do sistema é evitar o ofuscamento de outros usuários da via, reduzindo automaticamente o facho alto de forma mais rápida do que o condutor conseguiria manualmente. Além disso, o sistema direciona a luz conforme a inclinação da moto, ajustando a intensidade em ambientes claros ou escuros, e levando em consideração a presença de veículos à frente ou atrás, áreas urbanas e pedestres.
Segundo um porta-voz do Departamento de Design de Projetos da Yamaha, em entrevista ao site Motorcycle News, o desenvolvimento da tecnologia exigiu testes extensivos: “foi quase absurdo, mas tivemos que testar muito, pela Europa e no Japão. Foram muitos quilômetros, e começamos a estudar esse sistema por volta de 2019 ou 2020. Depois disso, iniciamos o desenvolvimento para produção em massa, mas não foi simples.”
Yamaha/Divulgação
A adaptação da tecnologia automotiva para motocicletas exigiu modificações estruturais: “o carro não inclina, já é plano, sem rolagem ou inclinação. A motocicleta inclina o tempo todo, então tivemos que refazer completamente o sistema para que funcionasse sobre duas rodas.”
O sistema utiliza uma câmera frontal para detectar movimentos à frente. As informações são processadas pela ECU (unidade de controle eletrônico), que determina a quantidade de luz a ser emitida. O condutor pode ajustar ou desativar o sistema manualmente.
“Detectar pessoas, bicicletas, carros... tudo isso é difícil de tornar fluido e eficaz, pois pode haver erros de detecção. Criar um software perfeito é complicado – tentamos torná-lo o mais preciso possível, e foi isso que conseguimos fazer”, concluiu o porta-voz.