Renault Niagara: o que a picape usará do Boreal contra a Fiat Toro no Brasil
A Renault Niagara começou a ser montada na Argentina. Ainda em esquema pré-série, essas poucas unidades servirão para testes e validações da picape intermediária antes de realmente começar a fabricação da versão final.
No entanto, outro lançamento da Renault pode nos dar muitas pistas sobre a futura picape. E isso vem até de antes da revelação do Boreal, uma vez que a Niagara Concept foi apresentada para inaugurar a nova linha de design da marca.
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A afirmação é do próprio criador dos modelos, Daniel Nozaki, diretor de design da Renault para as Américas. E não pense que estamos falando apenas dos faróis, que são mais perceptíveis. A Niagara de produção terá muita coisa do Boreal.
Vale lembrar que, quando o Renault Kardian foi lançado, a marca francesa informou que posteriormente uma família de carros seria lançada com a mesma plataforma, entre eles estão Boreal e Niagara.
Visual rebuscado
Como dissemos acima, o farol do Renault Boreal já estava presente na Niagara conceito e certamente estará na versão final de produção. Além de iluminação full LED, o farol é desenhado de forma que uma parte dele seja envolvido pela grade e outra pelo para-choque.
As linhas gerais do Boreal também farão parte da Niagara. Portanto, espere pela grade com as mesmas entradas trapezoidais que emulam parte do novo logo da Renault.
O design geral do Boreal é fruto do estudo com a Niagara Concept, portanto, nada mais lógico do que aplicar boa parte do conceito na picape de produção, mas, claro, sem os exageros de um estudo de design.
Interior bem-acabado e Google nativo
Pelas declarações a respeito da Renault Niagara, é possível presumir que a picape manterá as características de acabamento do Boreal. Portanto, são esperados materiais macios ao toque e iluminação ambiente.
Lembrando que, segundo os executivos, a Niagara chegaria boa o suficiente para brigar com a RAM Rampage. Além disso, o esquema entre painel de instrumentos digital e central multimídia deve ser mantido.
Por falar na central multimídia, o sistema nativo do Google será um diferencial respeitável para os dois veículos. Graças ao sistema é possível espelhar o Google Maps no painel de instrumentos, além de utilizar aplicativos instalados diretamente no item e responder bem a comandos de voz.
Plataforma pronta para híbridos
A Renault Niagara de produção usará a plataforma RGMP, aliás, será o maior produto dessa picape. Portanto, terá cerca de 5 metros, que é a medida máxima suportada pela base do Renault Kardian.
Essa picape está pronta para a eletrificação e sua versão europeia, chamada de CMF-B, equipa veículos com tecnologia híbrida plug-in e elétricos. A plataforma é modular e será a principal base para o futuro da marca na região.
Apesar do avanço em termos de plataforma, o Boreal mantém o eixo de torção para a suspensão traseira. No entanto, a picape talvez sofra alterações, visto que a Oroch, picape que ficará abaixo da novata, já utiliza suspensão do tipo multilink.
Motor 1.3 turbo
A Niagara deverá receber o mesmo conjunto mecânico do Boreal. Portanto, será equipada com o 1.3 turbo de 163 cv e 27,5 kgfm de torque associado a um câmbio automatizado de dupla embreagem banhado a óleo com seis marchas.
A única dúvida com relação a motorização da Niagara é se a picape estreará um conjunto híbrido, algo que era esperado para o Boreal, mas acabou não se confirmando.
A expectativa é que a Renault Niagara estreie no mercado brasileiro no segundo semestre de 2026, segundo apuração do Motor1 Argentina.
Por Renan Rodrigues
Editor de conteúdo
Prefere os hatches com vocação esportiva, ainda que com um Renegade na garagem. Formado em jornalismo na Fiam-Faam, há 10 anos trabalha no setor automotivo com passagens pelo pioneiro Carsale, além de Webmotors e KBB.