Por que a GM prefere vender o Spark do que Tracker?
Recém-chegado nas concessionárias, o Chevrolet Spark mal chegou ao Brasil e já promete ser um sucesso de vendas com alta rentabilidade. O modelo chegou oficialmente ao catálogo da montadora na última quarta-feira (9) com a abertura da pré-venda. E em declarações durante o seu lançamento, o presidente da General Motors no Brasil revelou suas expectativas sobre o SUV elétrico por aqui.
Importado da China, o Spark é fruto da parceria entre a Chevrolet e montadora chinesa, SAIC, que traz modelos do outro lado do mundo para América do Sul com o logo da gravata. Também conhecido no oriente como Baojun Yep Plus, o carro chinês aterrissa no Brasil com preço competitivo de R$ 159.990.
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Além do lançamento do SUV elétrico, a GM também apresentou oficialmente a nova geração do Chevrolet Tracker, que chega ao mercado nacional em seis versões que custam entre R$ 119.090 e R$ 190.590 todas com motor a combustão (ICE) e fabricação nacional.
Reprodução/Mobiauto
Durante o evento de lançamento dos SUVs que aconteceu durante o dia 08 de julho, o presidente da montadora no Brasil, Santiago Chamorro, revelou em entrevista ao Automotive Business, suas expectativas lucrativas em relação a nova linha 2026 da Chevrolet:
“Um Spark feito na China consegue ser mais rentável do que um Tracker, mesmo com os 25% de impostos de importação”, explicou o executivo.
Reprodução/Mobiauto
Ou seja, mesmo com o recente aumento na alíquota de impostos nos carros elétricos importados, trazer um carro para o Brasil ainda é mais barato do que fabricá-lo por aqui.
Na China, o Baojun Yep Plus em versão mais completa custa 103.800 yuans, o equivalente a cerca de R$ 80.569 em conversão direta sem acréscimo de impostos. Embora não tenhamos acesso ao valor, sabemos que o imposto de importação é baseado no preço da nota da importação e não no preço da venda.
Em relação as expectativas de Santiago Chamorro sobre a fabricação nacional do SUV elétrico, ele não descarta a possibilidade e enfatiza que a decisão dependerá das condições econômicas para indústria, mas que pretende sim produzir os projetos chineses no Brasil. E que o incentivo de R$ 130 bilhões da GM deve ajudar.
“Vale a pena se conseguirmos um mecanismo que nos permita reindustrializar. Meu medo é deixar as coisas como estão porque a política industrial atual não é sustentável a longo prazo”, explica o presidente da montadora.
Por Marcela Cavirro