Novo SUV da Jeep será mini-Compass com traseira de Renegade e toque de HR-V

Elétrico e com porte de Fiat Pulse, modelo será lançado no começo de 2023 e marca o início de uma ofensiva da Stellantis rumo à meta “carbono zero” até 2038
LF
Por
01.03.2022 às 19:48 • Atualizado em 29.05.2024
Compartilhe:
Elétrico e com porte de Fiat Pulse, modelo será lançado no começo de 2023 e marca o início de uma ofensiva da Stellantis rumo à meta “carbono zero” até 2038

Foram anos de rumores e notícias desencontradas, mas enfim ele apareceu. Estamos falando do “Baby Jeep”, menor SUV a compor a atual gama global da marca americana especializada em utilitários esportivos pertencente ao grupo Stellantis.

Durante anos, quase sempre esse modelo foi associado associado ao Renegade (como se dele fosse um irmão menor), à motorização convencional a combustão e à plataforma Small Wide, que também dá vida a produtos como Compass, Commander e Fiat Toro.

Pois bem: o “baby Jeep” da vida real não será nada disso. Nesta terça-feira (1º), durante a apresentação do plano Dare Forward 2030, que pretende tornar a Stellantis uma companhia neutra em emissão de gás carbônico até 2038, a empresa revelou as primeiras imagens do modelo e anunciou o seu lançamento já no princípio de 2023.

Confira o valor do seu carro na Tabela Fipe

Ainda sem nome revelado, o novato teve pouquíssimas (para não dizer nenhuma) informação revelada a respeito, mas os dois esquetes apresentados nos permitiram algumas constatações. A primeira é que, de frente, ele se parece mais um mini-Compass. Até o teto bicolor, que acompanha o caimento da borda da coluna C na altura do vidro traseiro, é semelhante.

Já as lanternas, estas sim, trazem assinatura visual similar à do Renegade, enquanto as maçanetas externas das portas traseiras escamoteadas remetem ao Honda HR-V. Nenhuma dimensão ou especificação foi revelada, mas vê-se que se trata de um SUV pequeno e baixo, com cara de crossover, talvez análogo ao nosso Fiat Pulse.

E, surpresa!, ele é um nascituro já 100% elétrico. Por isso, podemos apostar que utilizará a derivação eletrificada da plataforma modular CMP, criada pela extinta PSA (Peugeot-Citroën) em parceria com a fabricante chinesa Dongfeng antes da fusão entre esta e a FCA, formando a Stellantis.

Ou seja, o pequeno Jeep herdará a base do Peugeot e-208 GT, elétrico já importado ao nosso país da Europa. A propósito, esqueça qualquer chance de produção desse modelo em nosso país num curto prazo, justamente por ser elétrico. Mesmo as chances de venda via importação são pequenas, por conta do preço.

Leia também: Flagra: Kia EV6, elétrico de fazer Porsche tirar o chapéu, já está no Brasil

Elétrico e com porte de Fiat Pulse, modelo será lançado no começo de 2023 e marca o início de uma ofensiva da Stellantis rumo à meta “carbono zero” até 2038

Empresa “carbono zero” até 2038

A revelação do novo Jeep ocorreu em meio ao Dare Forward 2030, evento no qual a Stellantis anunciou um ousado plano global para reduzir em 50% sua produção de gás carbônico no meio ambiente até 2020, neutralizando totalmente as emissões até 2038.

Para tanto, lançará 75 novos modelos 100% elétricos no mundo até o fim desta década, mesmo prazo no qual espera alcançar um volume de 5 milhões de veículos elétricos comercializados anualmente. Na Europa, a fabricante espera ter só produtos do tipo BEV (elétricos com bateria) à venda até o fim de 2030; nos EUA, 50% da gama.

Além do inédito SUV pequeno da Jeep – que deve ser oferecido justamente em mercados como o europeu e o americano –, a fabricante prometeu lançar até o fim de 2023 nos EUA a configuração BEV da Ram ProMaster elétrica. Trata-se de uma derivação do nosso Fiat Ducato, só que uma geração à frente e também totalmente elétrica.

Para o final de 2024 está confirmada a chegada da picape Ram 1500 BEV, igualmente movida apenas a eletricidade. Virá para competir com Tesla Cybertruck, Chevrolet Silverado EV e Ford F-150 Lightning no crescente mercado de picapes elétricas.

Mais do que isso, a Stellantis afirma que em 2024 iniciará a rodagem de vans elétricas movidas a célula de hidrogênio, lançando o primeiro produto com esse tipo de tecnologia um ano mais tarde. 

Leia também: BMW iX, o SUV elétrico que parece sala de cinema com peças de cristal

E o Brasil?

Nosso país faz parte do plano global de zerar emissões até 2038. Porém, como a própria Stellantis diz em seu plano, o objetivo é “neutralizar as emissões de carbono”, o que não significa necessariamente tornar todos os seus modelos elétricos com bancos de bateria, os chamados BEVs.

Junto com rivais como Toyota, Volkswagen, Nissan e Great Wall, a dona das marcas Fiat e Jeep deve usar o etanol como trunfo para reduzir poluentes e já vem trabalhando para criar motores híbridos flex, pelo menos em um primeiro estágio.

Num segundo momento, podemos ter veículos movidos a célula de etanol, convertendo o combustível derivado da cana-de-açúcar em hidrogênio e, depois, em eletricidade.

Você também pode se interessar por:

18 carros elétricos e híbridos que serão lançados em 2022
Apple, Sony e Xiaomi correm para fabricar carros elétricos. Vão conseguir?
O que é a bateria sólida e como ela pode revolucionar os carros elétricos
Os carros elétricos e híbridos mais vendidos no Brasil em 2021

Comentários