Novo Honda WR-V: como é o sistema híbrido flex que SUV usará no Brasil

Agora SUV em vez de aventureiro, modelo vai estrear tecnologia híbrida flex da marca em terras brasileiras
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22.04.2024 às 11:33 • Atualizado em 26.06.2025
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Agora SUV em vez de aventureiro, modelo vai estrear tecnologia híbrida flex da marca em terras brasileiras

A Honda é mais uma fabricante a anunciar um investimento bilionário no Brasil. A montadora irá investir R$ 4,2 bilhões no ciclo 2024 a 2030 no país. A princípio, parte do montante será direcionado para a produção nacional do novo Honda WR-V e a introdução da tecnologia híbrida flex por aqui.

O WR-V, que agora vem como SUV, tem o início da sua produção programada para o segundo semestre de 2025 na fábrica de Itirapina (SP). O modelo será o primeiro da marca no Brasil a utilizar o sistema híbrido flex, o qual iremos detalhar seu funcionamento mais abaixo.

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Além da introdução da tecnologia híbrida flex e produção do WR-V, o investimento também contempla as atualizações de CityCity Hatch e HR-V.

Vale lembrar que não só o primeiro híbrido flex do Brasil como do mundo foi o Toyota Corolla, em 2019. Recentemente, a Toyota também revelou um conjunto híbrido flex plug-in (com recarga externa), que rende 300 cv de potência e já está em testes.

Mas voltemos ao novo Honda WR-V. O retorno do modelo, agora definitivamente como um SUV, não é à toa. A Honda lançou o modelo em 2017, como um modelo à parte do Fit, de proposta mais aventureira e que, querendo ou não, antecipou a moda dos SUVs compactos derivados de hatch, como Argo/Pulse e Polo/Nivus. O visual compacto foi mantido no WR-V antigo, mas a dianteira e traseira eram bem diferentes, apesar de algumas proporções ainda lembrarem o Fit. Porém, o WR-V não caiu no gosto e foi retirado do catálogo da marca.

O novo Honda WR-V é baseado no Honda Elevate, que já é vendido com esse nome no exterior. Aqui no Brasil, o modelo rebatizado resgata a conhecida nomenclatura WR-V e será uma resposta da montadora japonesa para se posicionar no segmento de SUVs entre R$ 130.000 e R$ 160.000, principalmente contra o novo Toyota Yaris Cross, que deve chegar ainda este ano.

Outro indicativo desse cenário são as dimensões do WR-V: 4.312 mm de comprimento, 1.790 mm de largura, 1.650 mm de altura e 2.650 mm de entre-eixos.

Como será o sistema e:HEV flex da Honda?

Com base nos modelos asiáticos que já equipam modelos da Honda, a principal diferença para o conjunto híbrido motriz que virá ao Brasil é o uso da tecnologia flex, assim o novo WR-V híbrido flex poderá ser abastecido com etanol e gasolina, seja qual for a proporção. O motor a combustão é o 1.5 quatro cilindros 16V, bem conhecido do público brasileiro por equipar as versões de entrada do HR-V e do City e City hatch.

Já o conjunto elétrico é composto por dois motores elétricos. O primeiro vai atuar como propulsor de fato, enquanto o segundo como gerador de energia, ou seja, um híbrido pleno que não precisa de recarga externa.

O sistema e:HEV do WR-V é semelhante ao que já é usado nos híbridos Accord e no importado Civic. Nesse sentido, o novo SUV da Honda não terá uma caixa de câmbio. Funciona assim, a combinação motriz híbrida atua como propulsora por estar conectada ao diferencial do veículo.

A usina a combustão só deve atuar em velocidades mais altas, enquanto o conjunto elétrico vai ser responsável por saídas e acelerações em baixas velocidades. A expectativa é que o motor térmico entregue 98 cv de potência, enquanto o elétrico deverá ficar na casa dos 109 cv.

Por fim, combinados, eles devem render 131 cv e 25,8 kgfm de torque. Vale lembrar que são números baseados no que temos hoje com gasolina, com isso o modelo brasileiro poderá ser até mais potente por também beber etanol.

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Repórter

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Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.