Montadoras chinesas perdem um terço das vendas na Europa após taxações
A União Europeia (UE) definiu taxações especiais sobre carros chineses após a Comissão Europeia concluir que há “concorrência desleal” por parte dos modelos importados da China. A medida, que entrou em vigor em 5 de julho, já impacta as marcas chinesas, que perderam mais de um terço de suas vendas no Velho Continente.
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Os impostos “especiais” são dirigidos somente para veículos totalmente elétricos (EVs) provenientes da China. Inicialmente, a medida tem caráter provisório, porém,, tem chances de ser tornar permanente a partir de novembro .
De acordo com informações da empresa Dataforce, as fabricantes chinesas de veículos elétricos registraram uma queda de 36% em suas vendas no mês de julho. Os dados são resultado de um estudo aplicado em 16 países da União Europeia.
Na Alemanha, por exemplo, o número de elétricos chineses vendidos representou 8% de todos os carros vendidos no país em julho. Como comparação, em junho, antes de a medida ser aplicada, a participação foi de 13%.
Inicialmente foi acordado que as taxações poderiam chegar a 31,8% e, de fato, quase chegaram. Segundo o relatório, a marca MG foi a mais afetada, ao sofrer com um acréscimo de 37,6% sobre os preços dos seus carros.
Outras empresas, no entanto, receberam um tratamento mais “suave”. Foi o caso das gigantes BYD e Geely, esta última dona da Volvo. Os aumentos de taxas para as duas foram de 17,4% e 19,9%, respectivamente.
O estudo não revelou dados sobre o desempenho de vendas apenas da BYD. Porém, indicou que a marca e a sua compatriota MG, somadas, registraram uma queda de 45% em seus emplacamentos no último mês.
As duas, porém, parecem ter reagido de forma diferente aos novos impostos. A BYD vendeu mais no mês passado do que em todo o ano de 2023 na Europa. Já a MG, em relação a julho do ano passado e deste ano, registrou uma queda de 20%.
Vale ressaltar que as tarifas especiais podem afetar, no futuro, montadoras europeias. É o caso de empresas como Volkswagen e Stellantis, que produzem alguns de seus modelos na China.
Os desdobramentos estão em fase preliminar, portanto, resta esperar para saber quais serão os impactos da medida. A resposta da China já veio e algumas montadoras do país já demonstraram publicamente o interesse em sobretaxar veículos europeus a combustão.