Exclusivo: novo Citroën C3 Aircross terá versão 1.6 aspirada “oculta”

Novo SUV de sete lugares terá configuração 1.6 aspirada em produção no Brasil, mas você dificilmente verá em nossas ruas

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Por Leonardo Felix

31.10.2023 às 13:45

A Stellantis confirmou nesta semana algo que todos já esperavam: o novo Citroën C3 Aircross terá no Brasil o motor 1.0 turbo flex de 125 cv de potência com gasolina e 130 cv de potência com etanol, sendo 20,4 kgfm de torque com qualquer combustível. Ele virá aliado sempre ao câmbio CVT com sete marchas simuladas, fornecido pela japonesa Aisin. O lançamento do SUV de sete lugares derivado do C3 deve ocorrer no fim de novembro.

O motor, da família GSE de origem FCA, virá herdado dos Fiat Pulse e Fastback, e já é usado pelo Peugeot 208 2024. No novo Citroën C3 Aircross, ele também receberá a alcunha Turbo 200, a mesma que já é ostentada pelos demais usuários desse propulsor de três cilindros e 12 válvulas, com injeção direta de combustível e sistema MultiAir III de variação inteligente dos comandos de admissão e escape. O número 200 se refere ao torque em Nm.

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No comunicado, a Stellantis não informou se o SUV de até sete lugares será comercializado com outras opções de câmbio e motor no Brasil. Sabemos que o irmão hatch C3 disponibiliza (ou pelo menos disponibilizava) em seu cardápio o veterano motor 1.6 EC5 flex em conjunto com câmbio manual de cinco ou automático de seis marchas.

A Mobiauto apurou que o novo C3 Aircross será produzido em Porto Real (RJ) com esse motor, em casamento com uma caixa manual de cinco velocidades também originária da Fiat. Contudo, tal configuração deve ser movida só a gasolina e destinada apenas à exportação.

Por enquanto, a fabricante não cogita produzir o modelo com o conjunto 1.6 EC5 automático. Como a usina, aqui, bebe apenas gasolina, renderá 113 cv de potência a 6.000 rpm e 15,4 kgfm de torque a 4.500 rpm. Ainda não está claro se a configuração Turbo 200 CVT também será vendida em mercados externos ou se servirá apenas ao Brasil.

Produção em série iniciada

Documentos obtidos pelo jornal argentino Ámbito Financiero apontam que a produção em série do novo Citroën C3 Aircross em solo brasileiro começa justamente em novembro. Em outubro, a planta teria chegado a fabricar mais de 400 unidades do SUV, ainda em caráter de pré-série. Neste mês, sairão os primeiros 866 exemplares para abastecer as concessionárias.

Como contamos neste artigo, o novo C3 Aircross terá opções de cinco e sete lugares, com 4,32 metros de comprimento e 2,67 m de entre-eixos, o mesmo de um Renault Duster. Seu objetivo será brigar com a minivan Chevrolet Spin em um segmento pouco explorado, de carros de sete lugares oferecidos entre R$ 100.000 e R$ 150.000.

Derivado diretamente do C3 sul-americano de terceira geração, o novo Aircross herdará não apenas a versão simplificada da plataforma modular CMP, como boa parte da estrutura. Capô, para-brisa, colunas A e B, suspensão dianteira, freios dianteiros, arquitetura elétrica e portas laterais dianteiras devem ser os mesmos componentes do hatch.

Para-choques, para-lamas, portas laterais traseiras e todo o balanço traseiro são exclusivos. A suspensão traseira e os freios traseiros a tambor devem ser redimensionados, devido ao maior comprimento e peso do SUV. Teto e underbody serão ampliados. Além, é claro, da aplicação de um motor 1.0 turbo que o irmão menor não possui.

No segundo semestre de 2024, a família C3 brasileira será completada com um terceiro produto, o “sedan SUV cupê” C3 X ou C3 Fastlounge. Este herdará o motor turbo do Citroën C3 Aircross e deve ter um entre-eixos intermediário entre este e os 2,54 m do C3 hatch, com caimento da carroceria estilo cupê e pegada mais esportiva.