Parede corta-fogo a proibição: planos do Governo de SP para os carros elétricos

A PM-SP e o Corpo de Bombeiros emitiram um plano de regras para a recarga de carros elétricos em espaços públicos
Vinicius Moreira
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08.04.2024 às 12:36 • Atualizado em 12.11.2024
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A PM-SP e o Corpo de Bombeiros emitiram um plano de regras para a recarga de carros elétricos em espaços públicos

No último mês de março, somente o BYD Dolphin Mini emplacou 2.469 unidades. Isso representa que cada vez mais a infraestrutura para carros elétricos será uma demanda crescente. Nesse sentido, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros lançaram uma consulta pública com um plano de regras para estações de recarga para carros elétricos.

O documento foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, na última sexta-feira (5), e deve funcionar pelos próximos 30 dias. A justificativa dos Bombeiros para a proposta foi o difícil controle e a facilidade da propagação em incêndios de carros elétricos, principalmente em veículos compostos por baterias de íons de lítio.

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Os principais apontamentos dentro do plano dos órgãos públicos, são:

Ponto de desligamento manual a uma distância entre e metros da estação de carregamento em edificações, por exemplo;

Sinalização de emergência para a vaga que possua o ponto de carregamento elétrico;

As vagas para carregamento deverão possuir no mínimo dois extintores do tipo ABC.

Além dessas, algumas exigências para isolar a vaga destinada ao carregamento dos elétricos foram polêmicas.

Área externa:

  • Afastamento de cinco metros da vaga destinada à recarga em relação as demais vagas
  • Outra alternativa para evitar a propagação das chamas é uma parede corta-fogo de 5 metros de comprimento por 1,60 m de altura para isolar o carro elétrico dos demais.

Subsolos e edifícios com garagem:

  • Sistema de detecção de incêndio
  • Chuveiros automáticos por todo o pavimento (na garagem toda)
  • Poderá ser instalado também apenas chuveiros automáticos na vaga de carregamento. Porém, a vaga vai ter de ser isolada com parede corta-fogo até o teto e com no mínimo 5 metros de comprimento. Além disso, os chuveiros neste caso possuem especificação única.

Esses ambientes fechados ainda deverão ter sistema de ventilação mecânica e ainda uma série de exigências para o controle de fumaça.

Caso essas regras sejam impostas, a PM e o Corpo de Bombeiros dão um prazo de um ano, a partir do último dia 5 de abril, para que as adequações sejam implantadas, tanto nos ambientes internos como externos.

Talvez o ponto mais delicado do projeto seja a maioria dos carregadores terem um acréscimo considerável em seu custo de implantação. Extintores do tipo ABC, por exemplo, são denominados assim, pois conseguem combater as chamas de incêndio do tipo A, B e C. Ou seja, incêndios derivados de combustíveis, materiais sólidos e equipamentos elétricos (baterias no caso).

Além disso, a complexidade da montagem dos carregadores elétricos com essas atribuições pode frear o avanço da infraestrutura de recarga, no momento em que mais o brasileiro compra veículos do tipo.

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