Yamaha MT-07 é a melhor naked? Comparamos com GSX-8S e CB 650R
A linha “Master of Torque” da Yamaha costuma ser referência quando o assunto é desempenho entre as motos esportivas sem carenagens, conhecidas como nakeds. A MT-07 é a representante de média cilindrada da linhagem que ainda conta com a MT-03, de entrada, e a MT-09 de maior cilindrada. Recentemente, ela ganhou uma atualização relevante no visual e também recebeu os mesmos recursos de conectividade do restante da linha da marca.
Além da boa reputação, a MT-07 está praticamente empatada em vendas com a sua principal rival no segmento, a Honda CB 650R. Foram 325 unidades vendidas da Yamaha no primeiro trimestre deste ano, contra 326 da Honda, ou seja, apenas uma unidade de diferença. E ambas vendem mais do que a nova Suzuki GSX-8S, lançada no ano passado, mas que vem acumulando boas avaliações entre a mídia especializada.
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Contudo, partindo de R$ 57.990, a MT-07 carrega uma desvantagem no comparativo com as duas, uma vez que é a mais cara entre as três. A Honda parte de R$ 52.590, enquanto a Suzuki é a mais em conta, custando R$ 51.500. Entre as três, a Honda é é a mais defasada de todas, já que tanto a MT-07 quanto a GSX-8S tiveram novidades nos últimos meses.
Além do preço, a MT-07 tem outros pontos negativos em relação às rivais, os quais demonstraremos adiante. Será que, ainda assim, ela é a melhor opção de naked de média cilindrada?
Motorização
A linha 2025 da MT-07 manteve o conhecido motor bicilíndrico crossplane da Yamaha, de 689 cm³, capaz de gerar 73,4 cv de potência a 8.750 rpm e 6,9 kgfm a 6.500 rpm. Ela é, com folga, a menos potente entre as nakeds deste comparativo. Perde também em relação ao torque da Suzuki GSX-8S, que possui 7,95 kgfm a 6.800 rpm. São 83 cv a 8.500 rpm no motor de dois cilindros paralelos da Suzuki, com 776 cm³.
A Honda CB 650R é a única que traz quatro cilindros em sua usina de força e, também, é a mais potente: são 649 cm³ produzindo 88,4 cv a 11.500 rpm e 6,13 kgfm a 8.000 rpm. Todas contam com motores com duplo comando de válvulas, refrigeração a líquido e câmbio com seis marchas e embreagem assistida e deslizante.
O fato de ter dois cilindros a mais torna o caráter de entrega de desempenho da CB 650R bem diferente com relação ao das duas bicilíndricas. O pico de potência é mais tardio e há menos torque, portanto, é uma moto que exige que o piloto explore bem as rotações e ande com motor “mais cheio” para extrair um desempenho mais empolgante. Enquanto isso, tanto a MT-07 quanto a GSX-8S trazem uma entrega mais visceral logo em baixas e médias rotações, com vantagem para Suzuki, já que possui 1 kgfm de torque a mais.
O pênalti da GSX no quesito desempenho fica a cargo do seu peso, que é de 205 kg em ordem de marcha. Se considerarmos o tanque de combustível de 15 litros da 650R, o peso dela fica muito próximo da GSX, uma vez que seu peso seco é de 190 kg. A MT-07 pode ser menos potente, mas ao menos, é a mais leve: são 183 kg.
Características
Focadas em performance, as três nakeds vêm equipadas com suspensões de garfo invertido na frente, que dão mais estabilidade às motos. No caso da Yamaha e da Suzuki, ambas têm tubos de 41 mm de espessura e 130 mm de curso, enquanto da Honda dispõe de 120 mm de curso. Atrás, as três vêm com monoamortecimento com regulagem de pré-carga de mola.
A equivalência entre as três se mantém para os pneus. Todas são equipadas com pneus de medidas 120/70 R17 na frente e 180/55 R17 atrás. Elas também vêm com freios a disco duplo na frente, sendo o da MT-07 o de menor diâmetro, com 298 mm, contra 310 mm da 650R e da GSX. Já o disco traseiro da Yamaha é o maior, com 245 mm, enquanto os das outras possuem 240 mm. Todas contam com ABS nas duas rodas.
Outra característica em comum entre as três é a altura do assento, na casa dos 80,5 cm para a MT-07 e 81 cm para as demais, além do fato de possuirem acelerador eletrônico, controle de tração e diferentes modos de pilotagem.
Equipamentos e pós-venda
Nesta última atualização, a MT-07 recebeu um novo painel TFT de 5’’, capaz de se conectar ao smartphone para permitir acesso remoto a informações sobre a moto, além de outras funcionalidades. Portanto, todas elas contam com paineis digitais e também compartilham a iluminação de LED para farol, lanterna e piscas.
Quanto aos custos de manutenção, a única que oferece um plano com preços fixos de revisão é a Honda para a CB 650R. Até os 30 mil km, os serviços totalizam R$ 3.330. Nas demais, os valores variam de acordo com o serviço.