Nova Himalayan 450 vale mais a pena que Honda Sahara e Yamaha Lander?
A nova Himalayan 450 já está à venda nas concessionárias da Royal Enfield. A aventureira tem potencial para se tornar uma das motos mais vendidas da marca, partindo de pouco menos de R$ 30.000 em um segmento popular no Brasil. Contudo, a indiana enfrenta uma concorrência com nomes de peso nesta faixa de preço. Será que ela é a melhor opção?
Para responder a essa pergunta, Mobiauto colocou as características da novidade frente a frente com as da Honda XRE Sahara e Yamaha Lander 250 Connected, as duas motos trail de média cilindrada mais vendidas no País atualmente. As três orbitam seus preços na casa dos R$ 30.000, sendo a Himalayan 450 ligeiramente mais cara, custando R$ 29.990 na versão de entrada, contra R$ 29.580 para a Sahara Standard e R$ 28.990 para a Lander.
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Motorização
No quesito propulsão, a Himalayan 450 dá um banho nas rivais. Ela estreia o motor monocilíndrico Sherpa da Royal Enfield no Brasil, com 452 cm³, capaz de gerar 40 cv a 8.000 rpm e 4 kgfm a 5.500 rpm, trabalhando com câmbio sequencial de seis marchas. Além de ser mais potente, como falaremos adiante, ele é consideravelmente mais moderno que os da Sahara e da Lander, uma vez que dispõe de duplo comando de válvulas e refrigeração a líquido (os das concorrentes são refrigerados a ar e possuem comandos simples de válvulas).
A Sahara 300 produz 25,2 cv a 7.500 rpm e 2,74 kgfm a 5.750 rpm por meio do motor de 293,5 cm³ monocilíndrico, em conjunto com câmbio de seis marchas. No caso da Lander, são 249 cm³ no motor monocilíndrico, que é o menos potente dos três, com 20,9 cv a 8.000 rpm e 2,1 kgfm a 6.000 rpm, com um câmbio que trabalha com uma marcha a menos, são cinco.
A única desvantagem do motor da Himalayan é o fato de ser movido somente a gasolina, enquanto os da Honda e da Yamaha são flex. E, por ser mais potente, a Himalayan tende a ser menos econômica que as demais, que podem apresentar médias acima dos 30 km/l quando abastecidas com gasolina. Contudo, a capacidade volumétrica do tanque de combustível da Himalayan é de 17 litros, ante 13,8 litros da Sahara e 13,6 da Lander, o que ajuda a Himalayan a ter uma autonomia maior.
Características
As três motos são equipadas com pneus de uso misto com câmara (pneus sem câmara estão disponíveis apenas nas versões mais caras da Himalayan) de 21’’ na frente e 17’’ no caso da indiana, enquanto Sahara e Lander têm pneus de 18’’ atrás. O pneu traseiro da Himalayan é mais largo, com medidas 140/80, enquanto nas demais são 120/80. A Lander tem o pneu dianteiro mais estreito, 80/90, já as outras vêm com pneu 90/90 na frente.
As rodas das três são todas raiadas, o que ajuda na proposta off-road, porém, o fato de ter uma roda menor atrás traz uma leve desvantagem para a Himalayan. Outro ponto em que a indiana fica atrás é a altura do solo. São 23 cm de vão livre nela contra 24 cm da Lander e 26,9 cm da Sahara, a mais alta das três. A Himalayan também tem o assento mais baixo, de 82,5 cm (que pode ser elevado a 84,5 cm), enquanto o banco da Sahara está a 85,9 cm do chão e o da Lander, a 87,5 cm.
Os cursos das suspensões também deixam a Himalayan um degrau abaixo das rivais. São 20 cm nas duas rodas, contra 24,5 cm na dianteira e 22,5 cm na traseira na Sahara, e 22 cm e 20,4 cm, respectivamente, na Lander. Porém, a suspensão dianteira da indiana é mais robusta e moderna, composta por garfos invertidos da Showa, com tubos de 43 mm de espessura. As japonesas têm garfos telescópicos convencionais na frente e todas são monoamortecidas atrás, com ajuste de pré-carga da mola.
A Himalayan também é mais pesada que as concorrentes. São 196 kg contra 156 kg da Lander e 147 kg da Sahara, mas no caso da Honda este valor não contabiliza combustível no tanque.
A Himalayan volta a contra-atacar no quesito freios, uma vez que seus discos são maiores, têm diâmetros de 320 mm na frente e 270 mm atrás. Na Sahara, eles possuem 256 mm na frente e 220 mm atrás. Ambas contam com ABS nas duas rodas e a Himalayan ainda traz a opção de desativar o ABS na traseira (o que é benéfico para uso fora-de-estrada). A Lander, além de ter discos com diâmetros menores (245 mm na frente e 203 mm atrás), há ABS apenas para a roda dianteira.
Equipamentos e pós-venda
Um dos destaques da Himalayan 450 é o seu painel digital, de TFT, de 4’’, capaz de espelhar o Google Maps e ser compatível com smartphones. A Lander também tem conectividade com celulares de série, enquanto o painel da Sahara é mais convencional, embora seja todo digital também
A Himalayan ainda traz entrada USB-C e farol e lanterna de LED. A Sahara também tem o conector de série e a iluminação é toda de LED (incluindo piscas), assim como a Lander, que só não traz a entrada USB-C.
A Royal Enfield não tem um plano de revisões com preço fixo para a Himalayan 450 ainda, embora ofereça para outros modelos à venda no Brasil. No caso da Honda, os serviços até os 30 mil km somam R$ 2.622, enquanto na Yamaha o total é mais caro, são R$ 2.826.