VW Jetta GLi: o que já é bom e o que poderia melhorar com o novo em 2025

Sedan médio esportivo é único entre as marcas generalistas e deixou saudades na redação
Renan Bandeira
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21.02.2025 às 17:26 • Atualizado em 25.04.2025
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Sedan médio esportivo é único entre as marcas generalistas e deixou saudades na redação

 O Volkswagen Jetta GLi vai mudar em 2025. A marca alemã já confirmou que o produto chegará reestilizado no decorrer deste ano, o que é uma boa notícia para os fãs do sedan esportivo.

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Desde a saída do Golf GTI do mercado brasileiro, o Jetta GLi se tornou um alento para os amantes do hatch. Mesma plataforma, motor, câmbio, além de uma boa cesta de peças em comum, embora a dinâmica de condução seja diferente.

A Mobiauto fez um teste de mais de 1.000 km com o Jetta, durante 20 dias. O modelo que é vendido em versão única GLi por aqui mostrou todas as suas qualidades que devem ser mantidas na renovação do visual, e também os “porém” que podem melhorar.

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Desempenho: ponto chave para um esportivo é seu desempenho, e aqui o Jetta vai muito bem obrigado. Motor e câmbio trabalham bem juntos, e permitem o veículo acelerar até os 100 km/h em 6,7 segundos.

Com os números de lado, e falando de parte prática. Temos um sedan, que mesmo carregado e com cinco passageiros, não deixa de oferecer boas acelerações e retomadas de velocidade. Na estrada, a força dos 35,7 kgfm de torque passam segurança para uma ultrapassagem, principalmente por estar totalmente disponível com 1.500 rpm.

Relação motor e câmbio: o câmbio automatizado de dupla embreagem faz muitos torcerem o nariz, mas é inegável que faz o casamento com o motor ficar prazeroso para guiar. As trocas são suave por causa do pré-engate, e a transmissão faz o motor responder ainda mais rápido ao pisar no pedal do acelerador.

Porta malas: é esportivo, mas não deixa de ser um sedan familiar. São 510 litros de capacidade para o porta-malas, que tem geometria generosa. Com isso, foi possível encaixar malas de cinco adultos para uma viagem de 10 dias no litoral paulista.

Espaço interno: não é necessário quebrar a cabeça para montar o melhor esquema de passageiros na cabine. Têm carros que não comportam duas pessoas de estatura média alta em uma fila de bancos, e é necessário intercalar entre mais altos e mais baixos para todo mundo caber.

Com o Jetta isso não é necessário. O espaço interno é generoso para joelhos e cabeça, só falta um pouco para o ombro. Ainda assim é viajar tranquilamente e deixar o motorista em posição correta para conduzir. Leva cinco adultos tranquilamente.

Dinâmica de direção: motor e câmbio bem casados não adiantam de nada se a carroceria não estiver alinhada com o propósito de esportividade. A base MQB do Jetta garante um bom grip no asfalto, com dinâmica de fato esportiva e estabilidade de fazer inveja em muito hatch.

Com suspensões bem calibradas, o sedan médio cola no chão e contorna curvas sem sustos, nem mesmo com as ondulações de via, comuns em trechos de rodovias que tem encaixa de placas de asfalto.

Ronco emulado: o som de um carro esportivo é importante. Afinal, é o ruído que muitas vezes te dá a sensação de velocidade, esportividade e força do motor. O Jetta não tem um ronco de motor oficial, e o que se ouve dentro da cabine é um emulador. Ele funciona bem, é verdade, mas não cumpre o papel de um escapamento projetado para a proposta.

O Jetta merece isso, e também é um desenho dos fãs. Afinal, é comum vermos o GLi sair de fábrica e logo parar em um oficina preparadora para ganhar um barulho a mais.

Visual: o Jetta é um carro de presença, e com silhueta conhecida. No entanto, precisa de um tapa no visual para ficar mais atrativo. As linhas do sedan são praticamente as mesmas desde a chegada dessa geração, que teve apenas um leve facelift até agora. O novo Jetta não mudou tanto com o novo facelift, mas será um bom sopro de vida para o sedan.

Ar-condicionado traseiro: muito se fala do acabamento interno dos carros da Volkswagen, mas Jetta e Tiguan são as excessões nesse assunto. O cuidado interno é mais rebuscado em relação aos modelos nacionais, por exemplo. No entanto, deixa a desejar por não oferecer saída de ar-condicionado para os passageiros da segunda fileira de bancos.

Por mais que seja um item incomum nos veículos vendidos no Brasil, um sedan médio necessita. Estamos falando de um modelo que servirá uma família, mesmo sendo esportivo, e o sistema de climatização apenas dianteiro não dá conta do recado - principalmente no calor escaldante atual.

Ficha técnica - VW Jetta GLi 2024

Motor: 2.0, dianteiro, transversal, quatro-cilindros, 16V, turbo, gasolina, injeção direta de combustível, duplo comando de válvulas no cabeçote com variação na admissão e escape, acionado por corrente
Taxa de compressão: 9,6:1
Potência: 231 (G) cv a 5.000 rpm
Torque: 35,7 (G) kgfm a 1.500 rpm
Peso/potência: 6,39 kg/cv
Peso/torque: 41,3 kg/kgfm
Câmbio: automatizado de sete marchas, dupla embreagem banhada a óleo
Tração: dianteira
0 a 100 km/h: 6,7 segundos
Velocidade máxima: 249 km/h

Consumo Inmetro:  Gasolina: 9,9 km/l na cidade e 12,2 km/l na estrada

Dimensões: 4.747 mm comprimento, 2.680 mm entre-eixos, 1.695 mm largura, 1.799 mm altura, 510 litros de porta-malas, 50 litros do tanque de combustível, 1.476 kg de peso.

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