Jeep Commander 2025: prós e contras da versão Overland com motor diesel

SUV de sete lugares está mais potente, econômico e com melhor desempenho
RP
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31.05.2025 às 04:30
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SUV de sete lugares está mais potente, econômico e com melhor desempenho

O Jeep Commander Overland 2025 é a única versão do SUV de sete lugares com o novo motor 2.2 turbodiesel, que estreou na Ram Rampage e que atualmente também equipa a Fiat Toro. Por R$ 309.990, o modelo vem com 200 cv de potência e quase 46 kgfm de torque. Seus rivais diretos são o Caoa Chery Tiggo 8 e Volkswagen Tiguan - o Toyota SW4 para sete ocupantes custa mais de R$ 410 mil. Vale lembrar que a variante diesel do Commander ocupa um lugar de destaque na gama, respondendo por 20% dos emplacamentos. Em 2024, o SUV registrou quase 17 mil unidades. Vamos aos pontos positivos e negativos da versão com nova motorização.

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Pontos positivos

Desempenho

O novo 2.2 turbodiesel, de Toro e Rampage, tem 200 cv de potência e 45,9 kgfm de torque. São 30 cv e 10,4 kgfm extras em relação à motorização anterior 2.0 turbodiesel. Isso significa um pulo de desempenho. O zero a 100 km/h, por exemplo, diminuiu quase 2 segundos: de 11,6 s para 9,7 s. A velocidade máxima também saltou de 197 km/h para 205 km/h. E, mais do que os números, o SUV mostra vigor no dia a dia para sair de enrascadas no trânsito e fazer ultrapassagens com tranquilidade nas estradas com retomadas robustas.

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Consumo

A mudança do antigo motor 2.0 turbodiesel para o 2.2 turbodiesel resultou em parco ganho nas médias de consumo. De acordo com dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), o Commander Overland faz 10,3 km/l (cidade) e 13,4 km/l (estrada) - ante 10,2 km/l (urbano) e 13,2 km/l. Melhorou, mas pouca coisa.

Vibração

Motores diesel, geralmente, reverberam muita vibração na cabine devido a ser um combustível mais instável e com uma combustão mais, digamos, forte. Mas a Jeep conseguiu minimizar bastante esse fator com acertos de coxins e na suspensão. Em marcha lenta é muito difícil perceber uma vibração que incomode.

Cabe 7 pessoas

O Commander é um SUV para sete ocupantes, a segunda fileira se beneficia do assoalho plano (mais espaço para as pernas) e ainda os bancos são corrediços (na proporção 2:1) para abrir espaço para quem viaja lá no fundão.

Acabamento

O SUV que fica um degrau acima do Compass entrega uma boa qualidade no interior, com uma montagem de peças esmerada e também o uso de alguns materiais interessantes, macios ao toque e até uma espécie de camurça no painel. Bem acima do rival VW Tiguan e no mesmo patamar do Caoa Chery Tiggo 8.

Pontos negativos

Espaço na terceira fileira de bancos

Caber sete pessoas é diferente de levar pessoas com conforto. Na última fileira de bancos é difícil dois adultos se instalarem. Primeiro porque o assento fica em um posição muito vertical e segundo porque o espaço para as pernas é bem escasso. A segunda fileira vai para a frente? Vai, mas aí outro problema é criado: os três que viajam ali perdem toda a área de conforto. Ou seja, terceira fileira? Só para crianças ou caronas (muito) rápidas.

Ruído

Apesar da marca ter feito ajustes (alongado o diferencial em 14%, por exemplo) e melhorado o isolamento acústico para lidar com o novo motor, o barulho inerente aos motores diesel ainda está lá e é bem presente no dia a dia. Não chega a atrapalhar, mas incomoda. E, nas aceleradas mais fortes, o Commander Overland tem um aspecto de “caminhão”.

Tanque de Arla 32

Para cumprir os requisitos das novas legislações de emissão de poluentes (PL8), o Commander Overland com motor diesel usa tanque de Arla 32, de 13 litros. O Agente Redutor Líquido Automotivo, e o número 32 se refere à concentração de uréia para cada 100 gramas de água, é uma solução que faz uma reação com o óxido de nitrogênio, antes de sair pelo escapamento do carro.

O óxido de nitrogênio, nocivo à saúde, é transformado em nitrogênio e água, e, assim, diminui a emissão de gases poluentes na atmosfera. Já existem carros diesel que não usam esse famigerado tanquinho. Ou seja, além de se preocupar com o combustível, é preciso também de tempos encher o tanque de Arla 32 (e gastar mais dinheiro).

Leva sete pessoas, mas não sete malas

Claro que com os dois assentos da terceira fileira sendo usados, o porta-malas do SUV fica bem diminuto e, em hipótese alguma, consegue levar a bagagem de todos os ocupantes. A capacidade cai dos 668 litros para a de um subcompacto “apenas” 233 l - 8 l a mais que um Fiat Mobi, por exemplo. É, no entanto, maior que a dos rivais Caoa Chery Tiggo 8 (193 l) e Volkswagen Tiguan (215 l).

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