VW Amarok V6 Extreme 2025: o que saber antes de comprar uma
Com bons anos no mercado, a VW Amarok conquistou seu espaço no Brasil de forma diferente das demais picapes médias como Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10. Isso porque enquanto as rivais são famosas pelo uso no trabalho pesado, a caminhonete da Volkswagen se destacou pela dirigibilidade e força de seu motor V6 turbodiesel, o mais potente até hoje, fazendo dela um modelo com forte presença na faixa da esquerda nas rodovias.
A picape foi renovada em agosto do ano passado, quando passou por uma reestilização visual para se atualizar em um segmento bastante concorrido. Mobiauto teve contato com a VW Amarok Extreme 2025, versão topo de linha que tem uma proposta mais esportiva e que, obviamente, é a mais equipada da gama. Confira mais detalhes da picape e veja se ela pode ser uma opção na sua garagem em mais um “O que saber antes de comprar”.
VW Amarok V6 Extreme 2025 – Características
1) Motor: 3.0 turbodiesel com seis cilindros em V da Volkswagen com 258 cv e 59,1 kgfm de torque.
2) Câmbio: automático, 8 marchas.
3) Dimensões: 5.350 mm de comprimento, 3.097 mm de entre-eixos, 1.954 mm de largura, 1.851 mm de altura, 1.280 litros de capacidade cna caçamba e 80 litros de tanque de combustível.
4) Revisões até 60.000 km: R$ 16.211,34
VW Amarok V6 Extreme 2025 – Pontos positivos
Motor V6 turbodiesel
Desde que o motor V6 3.0 turbodiesel estreou na Amarok anos atrás, a picape mudou de patamar e ainda virou referência na categoria por sua potência e torque. Atualmente esse propulsor, que já foi usado em modelos como o Audi Q7, entrega até 258 cv de potência e nada menos do que 59,1 kgfm de torque. A rival Ford Ranger até tem um V6 turbodiesel também, mas tem 8 cv a menos. A Amarok pelo jeito vai se manter com sua vocação esportiva, ainda mais quando lembramos que ela pode chegar a 272 cv a partir de 50 km/h quando o motorista coloca o pé embaixo no pedal da direita.
Na prática temos arrancadas e retomadas muito rápidas, que continuam surpreendendo atualmente mesmo que esse motor esteja entre nós desde 2017. Com isso já são 8 anos com esse propulsor e a concorrência ainda não trouxe algo que te faz colar as costas no banco, exceto raras exceções como a Ranger e até mesmo a S10. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em apenas 8 segundos, bom tempo para uma picape média de 2,1 toneladas.
Dirigibilidade
Mesmo que você talvez não tenha dirigido uma picape média, que geralmente vai causar estranhamento por conta do seu comprimento e altura de rodagem, a Amarok tem a vantagem de conseguir ser amigável no uso diário, mesmo que tenha toda essa força já conhecida do motor V6. A direção é bastante comunicativa, embora pesada para os padrões atuais (vamos falar mais adiante), mas ainda assim temos um comportamento dinâmico exemplar, ao menos no aslfalto. A posição de dirigir também vale nota, sendo bem próxima a de um carro de passeio.
Estabilidade
Durante nosso período de avaliação com a Amarok, tivemos um evento no interior de São Paulo e assim nos deslocamos pela rodovia Fernão Dias (BR-381), cujo trecho percorrido logo após a saída da capital paulista é conhecido pelas curvas sinuosas com subidas e descidas íngremes. Nessa situação a picape da VW surpreendeu por oscilar pouco a carroceria, mesmo no limite de velocidade da via. Lógico que é inerente a qualquer caminhonete aquela sensação incômoda de aceleração lateral por conta do centro de gravidade bem alto. Porém, mesmo nessa situação a Amarok passa confiança, embora nessa condição é preciso manter atenção e cautela, afinal, mesmo que a Amarok ainda tenha uma vocação esportiva, ela ainda é uma picape feita sobre chassi.
Bancos
Herdados do antigo VW Passat, os bancos da nova Amarok 2025 são muito confortáveis e deixam tanto o motorista quanto o passageiro bem acomodados. Trazem espumadas de boa densidade, encaixam bem o corpo devido as abas laterais mais destacadas e ainda contam com uma regulagem na região das coxas, onde pode-se esticar ou recuar essa parte. Com isso, pessoas mais altas se cansam menos por terem um bom apoio para as pernas, algo essencial principalmente para quem pega a estrada para longas viagens.
Isolamento acústico
O “motorzão” V6 turbodiesel ronca bonito e razoalvemente mais grave que os demais propulsores quatro cilindros da concorrência. Mas ainda em situações de acelerações e retomadas mais fortes a picape isola bem a cabine de ruídos excessivos. Isso é fruto de um capricho da marca com uso de materiais fonoabsorventes, até mesmo aquele debaixo do capô. A vantagem ainda de um V6 3.0 turbodiesel forte é que o motorista dirige com giro baixo a maior parte do tempo, o que também a favorece.
VW Amarok V6 Extreme 2025 – Pontos negativos
Painel de instrumentos e acabamento
Estamos em 2025 e a Volkswagen Amarok Extreme, mesmo se tratando de uma versão topo de linha, conta com painel de instrumentos analógico. Veja bem, particulamente eu até gosto dessa configuração com uso de bons materiais, mas frente a concorrência e em uma picape de nada menos do que R$ 354.990 isso é algo que é difícil de defender. Até mesmo o VW Polo TSI de R$ 105.000 oferta um display digital configurável - e a Amarok nem sonha.
Já o acabamento é praticamente o mesmo que conheciamos: uso de plástico de qualidade questionável, embora sirva de alento agora tenha uma nova faixa central de material que imita couro no painel, além das portas.
Assistência a segurança
O pacote de segurança da Amarok Extreme passa por um acessório chamado Safer Tag que, vale ressaltar, não funciona como outros assistentes de fábrica que podem atuar de forma autônoma para garantir a segurança. Na picape da VW o motorista vai receber somente avisos, sem que o equipamento atue de forma autônoma, já que o Safer Tag não faz parte do sistema da picape. Na prática esse recurso emite apenas alertas visuais e sonoros e conta com aviso de saída de faixa, aviso de colisão com pedestres e ciclistas, indicação de limite de velocidade, alerta de monitoramento de tráfego e a viso de colisão frontal. Com isso esqueça piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência e assistente de manutenção em faixa, algo que temos hoje na Ford Ranger, por exemplo.
Multimídia e som
Equipada com um sistema multimídia com tela de 9 polegadas de boa definição e chamado de Composition Touch, a marca pecou em não instalar na picape o famoso VW Play com tela de 10,25 desenvolvido no Brasil. Isso porque tal sistema tem conexão Apple CarPlay e Android Auto por cabos em vez de ser fio, sem contar que tem respostas um pouco lentas. Os alto-falantes empregados na picape sequer têm graves e nem mesmo boa qualidade sonora, algo difícil de justificar em uma caminhonete nesta faixa de preço.
Volante de Gol e assistência hidráulica
Quem dirige a Amarok vai notar que os bancos são confortáveis, assim como a suspensão traz uma suavidade próxima a de um carro convencional. Como contrapartida, trazer uma direção com assistência hidraulica invés de elétrica é algo sem sentido, já que as rivais trazem tal configuração. Na prática temos uma caminhonete com volante mais pesado, que vai ser mais notável principalmente em manobras. O volante da mesma prateleira da Saveiro e Polo de entrada (e que foi usado no saudoso Gol) também é complicado.
Preço
Desde que fez sua estreia no mercado em agosto do ano passado, quando a Amarok Extreme chegou por R$ 350.990, seu posicionamento de preço foi motivo de polêmica por exatamente ser uma restilização (e não uma nova geração) e ainda trazer menos equipamentos que a rival da Ford. Hoje está mais cara e custa R$ 354.990.
VW Amarok V6 Extreme 2025 – Ficha técnica
Motor: 3.0, dianteiro, longitudinal, seis cilindros,
Potência: 258 cv a
3.250 rpm
Torque: 59,1 kgfm
a 1.400 rpm
Peso/potência:
12,84 kg/cv
Peso/torque:
52,9 kg/kgfm
Câmbio:
automático, 8 marchas
Tração: 4x4 com
bloqueio de diferencial traseiro
0
a 100 km/h: 8 segundos
Velocidade máxima: 190 km/h
Consumo (Inmetro): Comfortline: 8,5 km/l e 9,3 km/l; Highline: 8,7 km/ l e 9,3 km/l ;Extreme: 8,7 km/l e 9,3 km/l
Dados técnicos: direção hidráulica; suspensão independente e braço duplo transversal e mola helicoiedal (dianteira) e eixo rígido com mola de lâminas (traseira); freios a discos ventilados nas quatro rodas; diâmetro de giro de 12,9; coeficiente aerodinâmico não divulgado; vão livre do solo, 24,5 cm; ângulo de ataque, 30°; ângulo de saída, 26°; ângulo de transposição de rampas, 22°; capacidade de imersão não divulgadas; pneus, 245/65 R17; 255/60 R18 e 255/50 R20.
Dimensões: 5.350 mm de comprimento, 3.097 mm de entre-eixos, 1.954 mm de largura, 1.851 mm de altura, 1.280 litros de capacidade cna caçamba e 80 litros de tanque de combustível.
Este é um novo quadro da Mobiauto, que trabalha como um Guia de Compra para quem pensa em trocar de carro. Basta digitar o nome do veículo que deseja e a sequência “o que você deve saber antes de comprar um” no buscar, que saberá tudo o que precisa sobre o produto.
Repórter
Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.