Quais carros mais devem baixar de preço após a redução de impostos

Cálculos do governo levarão em conta o preço atual do veículo, seu nível de eficiência em consumo e emissões e o índice de nacionalização de peças
LF
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25.05.2023 às 16:02
Cálculos do governo levarão em conta o preço atual do veículo, seu nível de eficiência em consumo e emissões e o índice de nacionalização de peças

O anúncio do Governo Federal acerca da redução de impostos de carros populares que custam até R$ 120.000 no Brasil pegou o mercado parcialmente de surpresa. Foi mais abrangente do que se esperava, não impôs a retirada de equipamentos para forçar uma queda à casa de R$ 50.000 nem incluiu no balaio estímulo a financiamentos.

A estimativa é que os preços baixem entre 1,5%, no caso de modelos mais próximos do teto, e 10,96%. Entretanto, para chegar ao patamar máximo, o veículo em questão terá que cumprir três requisitos básicos: já ser um dos mais baratos do mercado; ter bons índices de consumo e eficiência energética; ser produzido no país, com bom índice de nacionalização de componentes.

Isso significa que o percentual efetivo de corte nas alíquotas de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) vai variar de modelo a modelo.

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Quanto deve ser a redução efetiva

A Mobiauto calculou, entre os nove modelos com os atuais preços de saída mais baratos no mercado brasileiro, quais devem receber os maiores percentuais de desconto e quanto seria a queda, na prática, caso as reduções sejam transferidas na íntegra pelas fabricantes para os consumidores.

No cenário, temos modelos como o Fiat Mobi: ele é nacional – produzido em Betim (MG) e um dos carros mais baratos à venda atualmente, partindo de R$ 68.990 na versão Like. Entretanto, alcança apenas nota C no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro em sua categoria. Isso deve custar a ele no cálculo final.

Já o Renault Kwid, vendido também a partir de R$ 68.990 na configuração Zen, é igualmente nacional, só que mais eficiente em consumo e emissões. De todos, é o modelo que mais tem chances de alcançar a redução percentual máxima, restando saber apenas qual o seu índice de nacionalização, visto que muitos componentes seus vêm importados da Índia.

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Cálculos do governo levarão em conta o preço atual do veículo, seu nível de eficiência em consumo e emissões e o índice de nacionalização de peças

Por sua vez, o Peugeot 208, que atualmente está quase tão barato quanto Kwid e Mobi na versão de entrada, Like, que sai por R$ 69.990, é produzido na Argentina e, assim, pode deixar de receber parte dos benefícios fiscais.

Quanto a produtos como Fiat Argo, VW Polo Track, Chevrolet Onix e Hyundai HB20 têm uma etiqueta inicial mais alta, já orbitando a faixa dos R$ 80.000, o que por si deve representar uma carga menor de redução tributária.

Com base nessas informações, estimamos os valores efetivos de redução nos preços, caso as fabricantes apliquem na íntegra a redução. Vale lembrar que são valores apenas estimados, visto que o próprio governo ainda não deu detalhes dos cálculos de desconto, nem as fabricantes informam publicamente os índices exatos de nacionalização de seus modelos. Confira as estimativas:

  1. Renault Kwid Zen – de R$ 68.990 para R$ 61.500 estimados
  2. Fiat Mobi Like – de R$ 68.990 para R$ 62.900 estimados
  3. Citroën C3 Live – de R$ 72.990 para R$ 65.800 estimados
  4. Peugeot 208 Like – de R$ 69.990 para R$ 65.900 estimados
  5. Fiat Argo 1.0 – de R$ 79.790 para R$ 73.300 estimados
  6. Renault Stepway 1.0 – de R$ 79.990 para R$ 73.400 estimados
  7. VW Polo Track – de R$ 81.370 para R$ 75.000 estimados
  8. Hyundai HB20 Sense – de R$ 82.290 para R$ 75.900 estimados
  9. Chevrolet Onix 1.0 MT – de R$ 84.390 para R$ 77.800 estimados

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