Por que o Jeep Compass precisa de novo sistema híbrido para continuar vivo

SUV ainda domina segmento dos médios, mas híbridos chineses e Corolla Cross já tomaram uma boa fatia
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11.06.2025 às 00:16 • Atualizado em 30.06.2025
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SUV ainda domina segmento dos médios, mas híbridos chineses e Corolla Cross já tomaram uma boa fatia

O Jeep Compass 4Xe foi o primeiro carro híbrido da Stellantis no Brasil. Poucos se lembram, afinal, a versão do SUV fez pouco sucesso, por uma série de fatores. Agora, o cenário é outro, Toyota Corolla Cross tem opção híbrida como ponto forte, além de BYD Song Plus e GWM Haval H6 vendendo cada vez mais.

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Por isso, um novo Compass híbrido se faz necessário para o modelo das sete barras continuar competitivo. O tal sistema híbrido já existe, inclusive já equipa a nova geração do Compass apresentada na Europa.

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Conforme apurado pela Mobiauto junto à marca, o Compass terá uma nova geração no Brasil. Isso porque o SUV vai utilizar uma nova plataforma, a STLA Medium que comporta sistemas híbridos. É a mesma já apresentada no Compass europeu.

Fabricado em Melfi, na Itália, o novo Compass é oferecido em três diferentes tipos de elétricos:

Compass híbrido leve:

Motor 1.2 turbo e sistema híbrido de 48 V, que rende até 147 cv e 23,5 kgfm de torque.

Compass híbrido plug-in:

Motor 1.2 turbo, mas com outro motor elétrico que aumenta o desempenho para 197 cv e 35,7 kgfm de torque

Compass elétrico:

  • Motor elétrico de 210 cv e 35,18 kgfm de torque, bateria de 74 kWh e autonomia de 500 km;
  • Motor elétrico de 230 cv e 35,18 kgfm de torque, bateria de 96 kWh e autonomia de 650 km;
  • Motor elétrico dianteiro 375 cv e traseiro de 345 cv e 23,7 kgfm de torque (tração integral), bateria de 96 kWh e 600 km de autonomia

Por aqui, a opção 4Xe não consta mais no configurador da marca. São seis versões, todas a combustão:

  • Jeep Compass Sport
  • Jeep Compass Longitude
  • Jeep Compass Limited
  • Jeep Compass Serie S
  • Jeep Compass Overland
  • Jeep Compass Hurricane

Do sexteto, quatro são equipadas com motor T270, o 1.3 turbo de até 176 cv e 27,5 kgfm de torque. Enquanto as duas versões de topo recebem o 2.0 Hurricane de até 272 cv e 40,8 kgfm de torque.

Jeep Compass precisa mesmo ser híbrido?

O primeiro motivo é o preço, do Compass de entrada até a versão Longitude, os valores variam entre R$ 189.990 e R$ 211.990. Até aqui, o modelo da Jeep leva vantagem, mas nas versões seguintes já encosta nos preços cobrados por Song Plus (R$ 249.800) e H6 HEV (R$ 220.000).

A situação piora quando o Corolla Cross híbrido está tabelado em R$ 219.890 atualmente. Não à toa, a Jeep tem feito recorrentes promoções do Compass. Mesmo assim, em maio o SUV da Toyota tomou a liderança entre os médios mais vendidos.

Por último, o consumo considerando o motor 1.3 turbo do Compass. Claro que sempre existe quem diga: “Nesse preço, ninguém liga para consumo”.

Pois então, até pode ser verdade, mas se você pode rodar mais, pagando menos e com mais potência, no caso dos chineses, por quê não?

  • Haval H6 HEV

              Autonomia (gasolina): 828 km (cidade) e 720 km (estrada)

  • BYD Song Plus

             Autonomia (gasolina): 894 km (cidade) e 726 km (estrada)

  • Jeep Compass Longitude

             Autonomia (gasolina): 606 km (cidade) e 726 km (estrada)

Nesse ponto ainda entra outro fator: menos idas ao posto. Na estrada, o Compass ainda vale pena, mas na cidade, os híbridos rodam mais. E se tem um item na lista de prioridades dos compradores desses SUVs ele se chama comodidade.

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Repórter

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Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.