Nova Toyota Hilux híbrida: os segredos da picape que chega em 2025

Picape receberá tecnologia híbrida leve de 48V acoplada ao motor 2.8 turbodiesel, que promete melhorar o consumo em até 10%
Diego Dias
Por
18.09.2023 às 12:44
Picape receberá tecnologia híbrida leve de 48V acoplada ao motor 2.8 turbodiesel, que promete melhorar o consumo em até 10%

A eletrificação para a picape média Toyota Hilux e o SUV de sete lugares SW4, dela derivado, está mais próximo do que se pensava. Segundo o site Autocar India, a nova Hilux híbrida fará sua estreia no exterior daqui a pouco menos de dois anos, ou seja, até 2025. Com isso, a meta da marca japonesa de ter todos seus carros com tecnologia híbrida até metade desta década deverá se cumprir.

Na Índia, a montadora revelou mais detalhes acerca da nova Hilux híbrida, que tinha até então alguns segredos sobre sua motorização. E, ao menos neste primeiro momento, a picape média não contará com um sistema híbrido convencional (HEV) como no Corolla e Corolla Cross ofertados no Brasil, mas sim do tipo híbrido leve (MHEV), na linha do que teremos na futura família Bio-Hybrid, da Stellantis.

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Segundo informações divulgadas pela Toyota, a tecnologia híbrida leve da nova Hilux será instalada no atual motor 2.8 turbodiesel que equipa a caminhonete no Brasil. Aqui, ele entrega seus 204 cv de potência e 50,9 kgfm de torque nas versões convencionais, ou 224 cv e 55 kgfm na variante GR-Sport. Tudo indica que essa mesma solução será aplicada à Hilux e ao SW4 sul-americanos, produzidos na Argentina.


Com a assistência do motor elétrico de 48V, é provável que a picape e o SUV ganhem ainda mais força em acelerações e retomadas – principalmente em situações anteriores à entrada do turbocompressor. A marca japonesa garante, ainda, que o sistema vai melhorar a dirigibilidade e garantir arrancadas mais silenciosas.

Afinal, o sistema vai trazer um motor de partida acionado por correia, que substitui o alternador convencional do motor, além de uma bateria de 48V e um conversor DC-AC, que transforma corrente contínua em alternada e vice-versa, a fim de transportar energia entre a bateria e o “superalternador”.

Outro ponto de destaque será o consumo, que de acordo com, a fabricante ficará até 10% melhor do que os motores diesel convencionais. Para efeito de comparação, a Hilux 2.8 turbodiesel com câmbio automático faz até 10,1 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada em suas melhores médias, segundo o Inmetro. Com a adição do sistema MHEV, a média de consumo no Brasil poderia superar 11 km/l em perímetro urbano e 12 km/l em rodovias.

Por fim, a picape média mais vendida do Brasil contaria com mais torque e função de start-stop com operação mais suave (com tranco reduzido no desligamento e partida do motor), bem como sistema de frenagem regenerativa – algo que também deverá auxiliar no consumo, ao aproveitar a energia cinética dissipada nas frenagens para recarregar a bateria sem depender tanto do próprio motor a combustão.

Para quem tem receio se o novo motor 2.8 turbodiesel híbrido vai comprometer o desempenho da Hilux no off-road, a Toyota tranquiliza, afirmando que a novidade não vai afetar o desempenho e nem as capacidades de reboque da picape. Garante, também, que os componentes serão estrategicamente posicionados para permitir atravessar trechos alagados com profundidade de até 700 mm – ainda abaixo dos 800 mm da Ford Ranger.

Quando chega a Hilux 2.8 turbodiesel híbrida-leve?

Vale lembrar que o atual motor 2.8 turbodiesel equipa outros modelos além da Hilux, como o próprio SW4 (SUV derivado da Hilux) e o utilitário Land Cruiser Prado. A Toyota diz que a Hilux híbrida-leve de 48V chegará primeiro nos mercados sul-africano e na Austrália – regiões em que a marca detém boa participação no segmento de picapes, já em 2024.

Depois disso, podemos apostar que a Toyota Hilux híbrida leve de 48V a diesel faça sua estreia no Brasil em 2025, junto do SW4 MHEV. Ambos devem pintar com uma reestilização visual profunda, sem troca da atual plataforma, seguindo o visual de patentes do novo SW4 já vazado no mercado indiano.

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