Novo Toyota Hilux SW4 revela aquilo que não queríamos em imagem vazada

Misterioso registro de patente mostra que SUV e picape devem passar por um facelift profundo para receber o motor híbrido, sem trocar a plataforma
LB
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17.07.2023 às 12:27
Misterioso registro de patente mostra que SUV e picape devem passar por um facelift profundo para receber o motor híbrido, sem trocar a plataforma

Faz tempo que estamos nos preparando para uma nova geração da picape Toyota Hilux e de seu irmão SUV de sete lugares, o Toyota SW4. O futuro dos dois modelos, inclusive, será híbrido, conforme contamos neste artigo. Pois essa transição está começando a sair do mundo da imaginação e ganhar a esteira da realidade. Mas não do jeito que queríamos.

Uma suposta imagem de patente vazada em um fórum indiano revela, ainda que em imagem de péssima qualidade, o que deve ser o visual do Toyota SW4 e, consequentemente, a Toyota Hilux de nova geração. O problema é que, aparentemente, a renovação não passa de uma reestilização profunda do modelo com atual carroceria e plataforma.

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O visual atual do Toyota SW4 (Camila Torres/Mobiauto)

Conclui-se isso ao comparar o desenho de para-brisa, teto, colunas, portas e vidros laterais dianteiros do atual SW4 em relação à patente divulgada na internet.

Apenas os vidros laterais traseiros, as vigias da terceira fileira de assentos e as lanternas traseiras parece ter ganhado um desenho diferente, o que significa que o recorte da estamparia dos para-lamas traseiros também deve mudar. À frente, temos uma grade, um para-choque frontal e faróis inteiramente novos.

Se isso se confirmar, os novos Hilux e SW4 passarão, na prática, por um processo similar ao dos rivais Chevrolet S10 e Trailblazer, ou até o da nova Ford Ranger, ou seja: uma mudança substancial de visual, acabamento, equipamentos e até motorização e estrutura, porém, sem uma troca completa de plataforma ou chassi.

E, assim, não seria desta vez que a Hilux terá seu projeto unificado com o da prima americana Tacoma, que mudou recentemente de geração e adotou a plataforma TNGA-F, variante da matriz modular da marca voltada a utilitários de chassi com longarina.

As novidades visuais apresentadas na suposta patente parecem ter deixado o SW4 com o rosto mais “chapado” e o capô elevado. Em comum com a Tacoma e sua irmã maior vendida nos EUA, a Tundra, apenas um recorte logo abaixo dos faróis. Já o “bigode” no para-choque dianteiro lembra o do Corolla Cross GR-Sport.

A dianteira atual da Hilux vendida na América do Sul (Renan Bandeira/Mobiauto)

Motor híbrido leve a diesel

A previsão é de que os novos Toyota Hilux e SW4 híbridos a diesel sejam lançados no mercado asiático no primeiro semestre de 2024, aportando na América do Sul e, consequentemente, no Brasil, até 2025.

A dupla trará o atual motor 2.8 turbodiesel (que pode render 204 ou 224 cv de potência, sendo 50,9 ou 55 kgfm de torque, a depender da calibração) aliado a um sistema híbrido leve de baixa capacidade, com 48 volts, e um motor elétrico gerador substituindo o alternador. Ainda não há dados combinados do conjunto mecânico.

Esse motor elétrico deve trabalhar auxiliando o veículo nas arrancadas e retomadas, justamente os momentos nos quais os motores a combustão mais são exigidos e consomem combustível, e para manter o embalo do veículo a velocidades de cruzeiro, “desligando” o propulsor temporariamente.

A expectativa é de que haja uma economia de 10% do combustível com esse sistema. Calculando sobre os dados atuais do Inmetro da picape nas opções convencionais, o modelo passaria de um consumo de 10,3 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada para até 11,33 km/l na cidade e 12,98 km/l na estrada.

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