Honda Fit e City: os principais problemas, segundo os donos

Câmbio CVT e ferrugens são algumas das queixas comuns dos proprietários do monovolume e do sedã da marca japonesa
JC
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11.06.2021 às 08:00
Câmbio CVT e ferrugens são algumas das queixas comuns dos proprietários do monovolume e do sedã da marca japonesa

Por Fernando Miragaya

A Honda é uma daquelas marcas com clientes dos mais fiéis e reputação quase inabalável. Mas é “quase”, mesmo. Apesar de toda a fama de produzir “carros que não quebram”, há relatos de defeitos comuns nas linhas Fit e City, por exemplo. Os dois modelos são os temas do artigo da série da Mobiauto sobre os “principais problemas, segundo os donos”.

Selecionamos o Fit e o City porque os dois compartilham da mesma base e de muitos componentes em comum. Além disso, ambos estão prestes a ter seu ciclo de vida encerrado. A atual terceira geração do monovolume, lançada em 2014, não deve ter nem sucessor no Brasil, já que o novo Fit/Jazz que roda lá fora é considerado caro demais para ser feito aqui.

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O Fit hoje é vendido em cinco versões com preços entre R$ 74.200 e R$ 99.500. Acabará substituído pelo futuro... City hatch, que pela primeira vez será produzido nesta configuração no mercado brasileiro.

No embalo, a Honda ainda vai fazer a terceira geração do sedã compacto. O modelo atual também foi lançado por aqui em 2014 e no momento é ofertado em cinco opções, que custam de R$ 74.600 a R$ 101.200.

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Câmbio CVT e ferrugens são algumas das queixas comuns dos proprietários do monovolume e do sedã da marca japonesa

O conjunto mecânico é exatamente o mesmo. Fit e City são equipados com o motor 1.5 16V FlexOne que gera potência de 116/115 cv e torque máximo de 15,3/15,2 kgfm a 4.800 rpm. O câmbio pode ser manual de cinco marchas (apenas nas configurações de entrada) ou automático do tipo CVT - que, nas versões mais caras, simula sete marchas.

Essa caixa continuamente variável é uma das queixas dos proprietários levantadas pelo Mobiauto em fóruns dos dois modelos da Honda, e também relatadas no site Reclame Aqui. Outros problemas envolvem ferrugens precoces no capô, falhas no motor de arranque e defeitos no ar-condicionado. 

Mas nada de se apavorar. No geral, Fit e City ainda gozam de boa reputação como um típico Honda. Muitas das queixas foram solucionadas e o atendimento do pós-venda, geralmente, é motivo de elogios.

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Ferrugem no capô

Câmbio CVT e ferrugens são algumas das queixas comuns dos proprietários do monovolume e do sedã da marca japonesa

Um problema recorrente em modelos Fit e City desta geração é o surgimento de pontos de ferrugem e bolhas na pintura no capô. Os relatos são frequentes envolvendo unidades do monovolume e do sedã fabricados a partir de 2015, mas com pouco tempo de uso.

Na maioria dos casos com o Fit, o problema foi resolvido após análise da Honda e com a autorização para a troca do capô inteiro. Porém, há situações com o City em que o defeito não foi solucionado, geralmente com modelos já fora do período de garantia de três anos.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3 e Caso 4

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Motor de arranque

Câmbio CVT e ferrugens são algumas das queixas comuns dos proprietários do monovolume e do sedã da marca japonesa

Outro defeito comum especialmente no Fit 2014/2015 é no motor de arranque. São diferentes casos de clientes com problemas ao dar a partida. Ou o motor não pega de primeira, ou demora a ligar. 

Segundo as próprias concessionárias, trata-se de um defeito comum na porta escova do motor de arranque do compacto fabricado neste período. O porta escova é a peça que recebe energia da bateria para criar um campo magnético entre a bobina e o induzido na hora da partida. 

As queixas são recorrentes em veículos que já passaram da garantia de fábrica, mas ainda com quilometragem na casa dos 50 mil km. A maioria dos casos, contudo, ainda está em análise pela Honda.

Relatos: Caso 1, Caso 2 e Caso 3

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Câmbio CVT

Câmbio CVT e ferrugens são algumas das queixas comuns dos proprietários do monovolume e do sedã da marca japonesa

Esse acomete os City 2016 e 2017. Não são poucos os casos de problemas no câmbio continuamente variável do sedã, e em modelos poucos rodados. Existem queixas que recaem sobre carros com quilometragem inferior aos 20 mil km rodados ou com menos de dois anos de uso.

Os sintomas vão desde travamento e ruídos na caixa CVT, até quebra da transmissão. Em um dos relatos, a concessionária chegou a cobrar mais de R$ 20 mil pelo reparo. Muitos dos problemas não foram solucionados, ainda.

Relatos: Caso 1, Caso 2 e Caso 3

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Barulheira

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Apesar da boa construção que se reflete em dirigibilidade, estabilidade e conforto, Fit e City têm um rol de reclamações quanto a barulhos internos. Os donos dos dois modelos apontam ruídos vindos de diversas partes: painel, colunas e até da suspensão.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4 e Caso 5

Recalls

O Fit tem chamados que envolvem a substituição do tanque e do sensor do tanque de combustível de modelos produzidos entre 2014 e 2015. A atual geração dos dois compactos, contudo, não teve modelos convocados para reparo dos airbags mortais da Takata - os recalls envolvem modelos 2013 e 2014, antes da mudança de geração.

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