GWM Haval H6 deve ser nacionalizado em breve e com motor flex

Segundo Ramos, as 15.000 unidades anuais são o segredo para que a nacionalização se justifique do ponto de vista “logístico, de custo, de escala e de fornecedores”. “A maioria das marcas que trabalham com um SUV de 4,60 metros de comprimento só faz importação. Mas sim, [nacionalizar] o H6 é um dos estudos que estamos fazendo”, seguiu.

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“É claro que é difícil falar em antecipação. A fábrica tem seu tempo [de adaptação], mas estamos estudando, sim, assim como estamos estudando a produção local de outros modelos”, completou o executivo. Questionado, Ramos comentou que o elétrico recém-lançado Ora 03 também é cogitado para produção local.

Em agosto, a família Haval H6 somou 1.452 unidades emplacadas, pelos dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), recorde desde a chegada da GWM ao Brasil. No acumulado, já são 5.100 veículos comercializados em poucos meses de operação, o que já permite projetar as tais 15.000 unidades anuais.

Ainda de acordo com Oswaldo Ramos, a conversão do motor 1.5 turbo de ciclo Miller, acoplado ao sistema de transmissão DHT, para flex, só vai acontecer quando o modelo for nacionalizado.

Fila de espera

Por fim, o Chefe de Operações da GWM no Brasil afirmou que a empresa aumentou o volume de importação tanto do Haval H6 quanto do Ora 03, a fim de dirimir as filas de espera por unidades da marca, que vinham chegando a 60 dias. “Essa espera foi resultado de um volume de vendas maior do que esperávamos”, resumiu.

“Tivemos a chegada de 2.000 carros no Porto de Vitória (ES) em agosto e teremos outros 2.000 agora em setembro. Teremos carros de quase todas as versões e configurações de cores a pronta entrega, para que a rede possa fazer a venda e entregar o carro em 24 horas”, comentou.

Como é o GWM Haval H6

O Haval H6 é um SUV médio que pode ser comprado com duas motorizações e duas carrocerias diferentes. O H6 Premium, que tem linhas convencionais, pode ser comprado com tecnologia HEV ou PHEV, enquanto o H6 GT, que é um cupê, é oferecido apenas como PHEV.

Para entender a diferença entre um e outro. Enquanto o HEV usa o motor 1.5 turbinado a gasolina junto do sistema híbrido convencional para gerar 243 cv de potência e 54 kgfm de torque, combinados, o PHEV usa a mesma usina com uma tecnologia plug-in, tendo até 393 cv de potência e 77,7 kgfm de torque

Além do desenho, muda entre as carrocerias o visual na dianteira e traseira. O Premium tem grade parecida com as do Peugeot 3008, que vai se perdendo na lataria em um efeito bem interessante. Já o GT tem a peça mais bem definida e partida ao meio, na horizontal, com uma barra que leva o nome da submarca.

Na traseira, o visual é bastante distinto, afinal o GT é bem carregado, com defletor e spoiler, queda de teto acentuada e lanternas maiores. O Premium já é mais refinado, com luz de posição em LED que corta toda a parte traseira.

Por dentro, bastante espaço interno. As medidas de ambas as carrocerias são interessantes. Para a lataria convencional, temos 4.683 mm de comprimento, 1.886 mm de largura, 1.730 mm de altura e 2.738 mm de entre-eixos. Já o cupê é mais espichado com 4.727 mm de comprimento, 1.940 mm de largura, 1.729 mm de altura e 2.738 mm de entre-eixos.

Como referência, um Toyota Corolla Cross mede 4.460 mm de comprimento, 1.825 mm de largura, 1.620 mm de altura e 2.640 mm de entre-eixos.