Fiat Toro híbrida vai recuperar potência perdida graças a motor elétrico
Não faz muito tempo que a Fiat Toro passou por uma atualização na linha, já que trocou o antigo motor 2.0 turbodiesel pelo mesmo 2.2 turbodiesel usado na Rampage, deixando assim a picape consideravelmente mais potente e “torcuda”. Mas as mudanças da picape intermediária da Fiat não vão parar por aí, pois não demorará para o modelo virar uma picape híbrida em sua próxima atualização.
Já detalhamos qual deverá ser a estratégia da nova Fiat Toro 2026 num artigo da Mobiauto, que vai se tornar uma picape híbrida ainda nessa atual geração e ainda sofrer uma segunda reestilização – a primeira rolou em 2021. Mas ao é possível que picape não ultrapasse os 200 cv de potência com seu motor 1.3 turbo híbrido com sistema de 48V atrelado a uma transmissão automatizada de dupla embreagem eletrificada, essa chamada de e-DCT.
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Antes de falarmos sobre o sistema híbrido que estará na nova Fiat Toro, é importante lembrar que o atual motor 1.3 turbo flex T270 passou por uma leve alteração para atender ao Proconve L8, que entrou em vigor em janeiro deste ano. Até então a usina contava com potência máxima de 185 cv e 27,5 kgfm de torque, mas isso ficou no passado para quase todos os modelos da Stellantis com este motor (exceto a linha esportiva com Pulse e Fastback Abarth).
Dessa forma, o motor 1.3 turbo flex T270 agora entrega 176 cv de potência máxima e os mesmos 27,5 kgfm de torque, o que representa uma queda de 9 cv em comparação a Toro vendida até o ano passado. Voltado ao sistema híbrido-leve de 48V, na Europa está disponível o Citroën C3 1.2 turbo com sistema MHEV de 48V, que poderá influenciar a nova Toro híbrida.
A questão é que no velho continente o hatch compacto, que inclusive divide a plataforma com o nosso Citroën C3 (embora simplificada), conta com motor 1.2 turbo a gasolina dotado do sistema híbrido de 48V atrelado a um câmbio automatizado de dupla embreagem eletrificado, mas que rende somente 10 cv extras. Ou seja, caso a nossa Toro pegue emprestado tal sistema do hatch compacto, ela passará a contar com pelo menos 186 cv, recuperando a potência perdida na atualização do Proconve neste ano.
Vale lembrar que a tal potência adicional para a picape ainda é uma dúvida, podendo ganhar então 10 cv ou até mesmo 30 cv em sua potência final – o que a faria alcançar os 200 cv em sua versão 1.3 turbo flex por aqui. Esse número já é realidade nas duas variantes 2.2 turbodiesel.
Batizado de Bio Hybrid, esse sistema híbrido de 48V, cujo sistema conta com um pequeno motor elétrico instalado no câmbio de dupla embreagem é capaz até de tracionar as rodas em situações de baixa demanda por torque, como em velocidades constantes ou uso na cidade: saídas de semáforo, manobras, entre outras situações. A Stellantis na Europa garante que essa condição permite o motor de combustão interna ficar desligado por 50% do tempo.
A maior vantagem do sistema híbrido de 48V é ter uma operação parecida ao de um híbrido pleno convencional, mas sem ter um custo alto por contar com sistema elétrico mais simples, neste caso de 48V. Na prática, não há necessidade de baterias de grande capacidade para ter um bom funcionamento.
Na prática o sistema híbrido de 48V é consideravelmente mais robusto que o MHEV de 12V do Pulse e Fastback Hybrid. Por fim, vale dizer que a Mobiauto ouviu fontes próximas à marca que confirmaram que a picape ganhará sistema híbrido 48V, apresentado pela Stellantis em 2023. A informação foi antecipada pelo jornalista Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos.
A Fiat Toro 2026 com visual reestilizado e novo motor 1.3 T270 híbrido de 48V deve dar as caras no segundo semestre deste ano, portanto para algo entre o fim de julho e começo de agosto.
Repórter
Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.