Fiat Titano: os principais problemas, segundo os donos
A Fiat Titano estreou no Brasil em março de 2024 com a tarefa de introduzir a marca italiana no segmento de picapes médias no país e, junto das “irmãs” Strada e Toro, ampliar a participação da Stellantis na categoria de comerciais leves. Para isso, o modelo aposta no custo-benefício para tentar seduzir o público de um segmento tão conservador.
Derivada da Peugeot Landtrek (que é uma variante da picape chinesa Changan F70), a Titano é montada no Uruguai pela Nordex com peças importadas da China. No entanto, a Stellantis confirmou que a picape será produzida na Argentina ainda em 2025.
Você também pode se interessar por:
- Fiat Titano será fabricada na Argentina para brigar com Hilux e Ranger
- Fiat Titano: como são as quatro versões da picape no mundo
- Fiat Titano fabricada na Argentina terá ADAS para brigar com Hilux e Ranger
- Avaliação: Fiat Titano Ranch 2025 salta tanto por culpa dos pneus?
Diferentemente da Strada e da Toro, que são construídas com estrutura monobloco de automóveis, a Titano possui chassi de longarinas separado da carroceria.
Para atender às exigências do mercado sul-americano, a Titano passou por uma série de alterações de chassi e suspensão lideradas por engenheiros da Fiat brasileira, que têm experiência no desenvolvimento de veículos para a região.
As suspensões são do tipo McPherson, na dianteira, e eixo traseiro rígido com feixe de molas semielípticas – concepção mais robusta e indicada para picapes médias.
O conjunto motriz da Fiat Titano é formado pelo motor 2.2 turbodiesel de quatro cilindros com injeção direta, que entrega 180 cv de potência e 40,8 kgfm de torque nas versões automáticas (o torque cai para 37,7 kgfm com câmbio manual). É o mesmo propulsor do furgão Ducato, o que facilita a manutenção e o fornecimento de peças de reposição.
Nas versões Volcano e Ranch, o câmbio automático de seis marchas é fornecido pela fabricante japonesa Aisin. Na configuração de entrada Endurance, voltada ao trabalho, a caixa manual também é de seis velocidades.
Todas as versões da Fiat Titano são dotadas de tração traseira (4x2) com acionamento eletrônico do 4x4 e do 4x4 com reduzida.
O pacote de equipamentos de série da Fiat Titano Endurance inclui seis airbags; controles de estabilidade e tração; assistentes de partida em rampa e frenagem em descida; bloqueio do diferencial traseiro; piloto automático; ar-condicionado; vidros e travas elétricos e direção hidráulica.
Para-choques pintados na cor da carroceria; rodas de liga leve de 17 polegadas; central multimídia de 10” com comandos por voz, Android Auto e Apple CarPlay; câmera no retrovisor do lado direito; sensor de estacionamento traseiro; câmera de ré; faróis de neblina; tomada 12 Volts na caçamba; capota marítima; bancos e volante revestido de couro são adicionados à versão intermediária Volcano.
A topo de gama Ranch acrescenta ar-condicionado automático de duas zonas; alerta de saída de faixa; rebatimento elétrico dos retrovisores; câmera 360°; bancos dianteiros com regulagem elétrica; faróis de LED com acendimento automático; sensor de chuva; luzes de rodagem diurna e faróis de neblina em LED; sensor de estacionamento dianteiro; santantônio cromado; rodas de liga leve de 18” (pneus 265/60 R18); estribos laterais; monitoramento de pressão dos pneus; chave presencial; quatro alto-falantes e dois tweeters.
Principais defeitos da Fiat Titano
De acordo com relatos publicados no site Reclame Aqui, os proprietários da picape se queixam de problemas na alavanca do câmbio automático, defeitos na injeção de combustível e demora na entrega de peças nas concessionárias.
Monitor de pressão dos pneus
A reclamação mais recorrente dos donos da Fiat Titano está relacionada ao monitor de pressão dos pneus. Os consumidores dizem que o sistema apresenta problema em unidades com baixa quilometragem e pouco tempo de uso.
“Comprei uma Titano Ranch e o carro com 80 km rodados acendeu a luz de calibração dos pneus. Fiz a calibragem como orienta o fabricante, mas a luz não apaga e nem faz resete (sic). Fui a seis (isso mesmo, 6) concessionárias, mas nenhuma delas consegue resolver esse simples problema. Peguei o carro na quinta-feira passada e, na segunda-feira, já tive de deixar na concessionária. Isso é normal? Não tenho resolução do problema, me pediram de cinco a dez dias para trocar o sensor, mas já se passou quase um mês”, reclama o consumidor André, de São Paulo (SP).