Carros que nasceram feios e as fabricantes tentaram consertar

Também excluímos modelos que não são comercializados por aqui, pois no mercado internacional tem tanta bizarrice que vale um artigo à parte. Os carros premium e de luxo feios também deixamos para uma próxima. 

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Apesar das piadas, a intenção não é perder os amigos, e esperamos manter nossas amizades com os designers do setor. Até porque eles se esforçaram na “harmonização facial” para corrigir o visual desses modelos.

Sabemos que existem vários fatores que podem estragar o visual de um carro, muitas vezes um pequeno detalhe pode ser o suficiente. Findadas as formalidades, vamos à descontração. Esses são os carros mais feios vendidos no Brasil nos últimos tempos. 

10 Carros feios que passaram por plástica 

1. Toyota Etios

O design do Toyota Etios rendeu a ele a fama de “patinho feio” da Toyota no Brasil. O modelo estreou no Brasil em 2012, mas o seu visual era tão ultrapassado que aparentava anos de estrada.

A dianteira dos modelos mostrava o quanto a marca economizou para o Etios ser um modelo de entrada. Isso sem falar na traseira, com lanternas enormes, totalmente desproporcionais ao porte compacto. 

Para completar, a conservadora Toyota tentou ser ousada e colocou o quadro de instrumentos no centro do painel, pouco prática e uma desarmonia só, esteticamente falando. 

Quem buscava beleza certamente não olhava para o Etios hatch ou sedan. Mas quem priorizava atributos como conforto, confiabilidade e durabilidade, encontrava no Etios o que queria. Foi com esse público que ele se deu bem, principalmente o hatch, com emplacamentos entre 38.000 e 42.200 de 2013 a 2017.

Tentando melhorar a aparência e disfarçar o visual cansado, a família recebeu um facelift em 2017. Até melhorou, mas não foi suficiente para cair nas graças do público e competir com a chegada da família Yaris. Daí em diante, as vendas de Etios hatch e sedan derreteram até que, ano passado, a Toyota resolveu dar um basta tirar o modelo de linha no Brasil.

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2. Mitsubishi Pajero Sport

É verdade que a dianteira é o ponto mais importante no design externo de um carro, mas a traseira também conta. Por isso, o Mitsubishi Pajero Sport quase escapou dessa lista, mas acabou ficando. Ele também merecia estar na lista dos carros que tiveram o visual estragado por um detalhe, mas dessa ele passou ileso, pois a concorrência era grande.

Quando a mais recente geração do SUV foi lançada no Brasil, o design peculiar das lanternas que pareciam estar “escorrendo” chamou tanto atenção que mal se falava da dianteira bem acertada e imponente (uma pena). Mas a Mitsubishi já sabia que isso iria acontecer, pois o visual do Pajero Sport era polêmico no mundo todo.

Foi só chegar aqui que a marca lançou a reestilização do SUV lá fora. As lanternas foram sutilmente redesenhadas, o que as tornou mais agradáveis e proporcionais. A estética continua parecida, mas agora as peças não se estendem mais até o para-choque. O design ainda é ousado demais na opinião de muitos, mas tornou-se mais aceitável.

3. Mitsubishi Eclipse Cross

Parece que a equipe de desenho da Mitsubishi tem gostos bem peculiares quando se trata da traseira dos carros. Pois o Pajero Sport não foi a única vítima. Um ano antes, em 2018, chegava ao Brasil o Eclipse Cross, ousado e jovial na medida certa até chegar à traseira.

É impossível olhar para o conjunto de lanternas e não se perguntar: “O que fizeram aqui?”. Nós adoramos lanternas ligadas uma à outra por uma faixa de LED, mas não assim. O LED fica bem em cima do vidro, uma quebra desnecessária. 

No geral, a traseira do Eclipse Cross é uma bagunça só. O excesso de detalhes dispensáveis em uma traseira deixou o visual completamente poluído. Sabendo disso, a própria Mitsubishi mudou substancialmente a traseira do Eclipse Cross no ano passado. Tal novidade, infelizmente, ainda não chegou ao mercado brasileiro. 

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4. Toyota Prius

Esta é mais uma tentativa frustrada das marcas orientais de serem ousadas no design. O Toyota Prius chegou ao Brasil em 2013, já em sua terceira geração. Ele foi um dos responsáveis pela introdução dos carros híbridos no mercado brasileiro.

Apesar de muitas pessoas se espantarem com o consumo de quase 19 km/l, não conseguiam dar uma chance para o modelo por conta do seu visual futurista demais. 

A coisa ficou ainda mais chocante em 2016, quando a fabricante lançou a segunda geração do hatchback no Brasil. Mas o visual, principalmente da traseira, tão polêmico quanto o do Eclipse Cross, ainda causava muita estranheza nos consumidores.

O Prius até adotou linhas mais comportadas em um facelift aplicado em 2020, mas, já ofuscado pelos irmãos Corolla e Corolla Cross híbridos flex, disse adeus ao nosso país no ano passado, após quase dez anos tentando decolar. 

Pelo menos sua passagem por aqui não foi em vão, pois serviu para familiarizar os consumidores da marca e a própria rede concessionária com o sistema híbrido que viria a equipar a família Corolla, esta, sim, um grande sucesso.

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5. Chevrolet Agile

Há quem defenda, mas essa não é a primeira nem a décima lista cujo adjetivo “feio” consta no título e o hatch compacto é citado. Basta repousar os olhos sobre o modelo para entender o motivo. 

Faltou refinamento no design. Os faróis parecem ter saído de um rascunho direto para dianteira do Agile. Não têm formato e são enormes, desproporcionais ao porte do modelo. Tanto que, apesar de ter sido lançado em 2009, o Agile chegou já parecendo ter uns dez anos nas costas. 

Falando em costas, dê uma olhada nessa traseira. É meus amigos, dá para errar no simples também. Em 2013, o Agile passou por um facelift que deixou sua estética levemente melhorada, mas ainda longe de ser um carro bonito ou atraente. 

Não à toa, o Onix atraiu todos os olhares quando chegou. Sem holofotes, o Agile disse um adeus discreto ao Brasil em 2014 e deixou de ser definitivamente produzido na Argentina em 2016.

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6. Chevrolet Spin

Por mais incrível que pareça, a Chevrolet Spin melhorou muito com as modificações feitas pelo time de design da fabricante em 2018. Os consumidores pareceram não gostar muito da combinação apresentada em 2012, com faróis enormes e grade bicuda, dendo à minivan o apelido “capivara”. 

Depois de anos sendo alvo de muitas piadas, a Spin passou por um facelift para chegar à linha 2019. Foi praticamente uma plástica bem-sucedida. Apesar de não ter entrado para a lista de carros mais bonitos do mundo, ela deixou o que tinha de pior para trás e exibiu um design bem mais atraente para o público geral.

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7. Honda WR-V

Quando tentou aproveitar a estrutura do Fit para criar um SUV, a Honda antecipou um movimento que seria descaradamente copiado pela Volkswagen com o Nivus e pela Fiat com o Pulse. Se estes dois fizeram sucesso, o que deu errado com o WR-V? 

Basicamente, a culpa foi do visual. Talvez nem tanto a dianteira, apesar dos faróis bem grandes, mas sim a traseira, com aquela estranha continuação das lanternas em forma de vírgula na tampa do porta-malas e a realocação do nicho de placa.

Como um disfarce ruim, o WR-V não conseguiu deixar de passar a impressão de que era um Fit modificado, com o agravante de ser mais feio que o monovolume. Tinha como dar certo? Não. Tanto que, cinco anos após o lançamento e com a tentativa de uma discreta reestilização no fim de 2020, o modelo saiu de linha.

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8. Nissan Versa V-Drive

Falando em exagero, o que eram esses faróis do antigo Nissan Versa, depois rebatizado como V-Drive? A dianteira do carro parece que é só farol. Parecem dois olhos esbugalhados. A traseira só não é pior que a do falecido irmão Tiida Sedan, mas não nega o sangue.

Não há ângulo no qual o Nissan Versa de primeira geração (V-Drive) fique bom. Até de lateral ele é esquisito. Olha, o brasileiro sofreu com esses sedans de entrada, viu? Claro que o Versa tinha suas qualidades, como o excelente espaço interno, o que fez muitos consumidores relevarem a aparência estranha.

Porém, tudo mudou com a chegada do Nissan Versa de segunda geração. O modelo foi literalmente da água para vinho, de patinho feio a cisne. Mas tem cobrado centavo por centavo as plásticas que fez para agradar os consumidores.

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