10 Carros que envelheceram bem e são bonitos até hoje

Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor
Camila Torres
Por
20.08.2021 às 08:00
Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

As pessoas nunca se preocuparam tanto em envelhecer bem. Embora a maturidade traga vários encantos, uma estética jovem é o que a maioria busca. Isso também tem acontecido com as últimas gerações de carros. 

As fabricantes de automóveis olham cada vez mais para o design para conseguir oferecer um carro esteticamente moderno, atraente, em que todos os elementos se encaixam harmoniosamente para ter, como resultado, um carro bonito. 

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Porém, assim como na vida, no mundo dos carros também tem acontecido de alguns modelos envelherecem melhor do que outros. E quando falamos em automóveis usados, o consumidor não quer um carro com design demasiadamente datado.

Muita gente prefere aqueles modelos que envelheceram bem e são considerados bonitos e modernos até nos dias de hoje. É o caso dos dez modelos desta lista.

São modelos cujo visual dá a sensação de que têm bem menos tempo de mercado do que de fato têm. Nenhum deles parece que foi lançado este ano, mas todos ainda são apreciados com bons olhares nas ruas até os dias de hoje.


10 Carros que não se perderam no tempo ao envelhecer

1. Honda New Civic

Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

O Honda New Civic é a oitava geração global do sedan médio e a terceira produzida no Brasil. Com design futurístico, frente baixa, linhas bem definidas, faróis afilados e caimento cupê na traseira, o New Civic era tudo que a concorrência não oferecia em termos estéticos.

Basta comparar o New Civic com o maior rival do segmento de sedans médios, o Toyota Corolla. Olhando as fotos dos dois modelos, ambos do ano 2006, parece que pertencem a segmentos diferentes: enquanto o Honda era um esportivo, o Toyota era um sedan familiar (esteticamente falando). 

Leia também: Avaliação: Honda Civic está ameaçado no Brasil, mas ainda é um carrão

E olha, que estamos falando do Corolla Brad Pitt, que foi um sucesso e uma grande evolução para a fabricante rival. Até mesmo a décima geração do Corolla que chegou em 2008, parecia muito mais conservadora que o sedan da Honda.

Não à toa, a oitava geração do Civic é uma das preferidas dos entusiastas do modelo. Até hoje, 15 anos depois de lançado, o modelo mostra o quanto envelheceu bem, exibindo ainda uma estética atual.

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2. Hyundai HB20

Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

A primeira geração do HB20 chegou ao Brasil já há quase dez anos, em 2012, e foi muito bem aceita pelo público. Ela, por si, ainda tem traços muito agradáveis até hoje, mas a reestilização na linha 2016 foi um verdadeiro salto estético. 

Na época, o Chevrolet Onix era o líder de vendas. Logo, era o maior concorrente do HB20. Embora o hatch da Chevrolet agradasse mais o público em termos gerais (especialmente porque a rede Chevrolet tem quase o triplo do tamanho da rival), o hatch da marca coreana era mais favorecido quando se tratava de beleza.

Leia também: Avaliação: Hyundai HB20 tem custo-benefício melhor que Onix e Polo?

O HB20 de primeira geração reestilizado não é apenas bem acertado. Em 2015, a maioria dos hatches de entrada tinham um visual muito popular e pouco atraente. Já o da Hyundai era mais robusto e satisfazia até quem sonhava com o i30, mas não podia comprar um. 

Outro ponto é que o HB20 já incorporava elementos que eram tendência no mundo automotivo e que o deixariam atual mesmo anos depois, como a ampla grade dianteira hexagonal, os faróis com projetores e guias de LED, uma carroceria mais encorpada e equilibrada, com linhas curvas e vincos marcantes, mas sem exageros. 

O Hyundai HB20 chegou à segunda geração em 2019. A expectativa era grande, mas não foi maior do que a frustração do brasileiro ao se deparar com a nova cara do modelo. Dessa vez, a fabricante ousou demais e errou a mão. Por isso, até hoje a primeira reestilização continua sendo o HB20 preferido de muita gente.

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3. Volkswagen Golf 7

Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

Representando os quase extintos hatches médios de marcas generalistas, temos a sétima geração do Volkswagen Golf, lançada em 2013. Como muitos carros da fabricante alemã, essa geração do Golf causou tumulto e foi responsável por enriquecer um pouco mais a fabricante.

O Golf 7 é um desses carros de presença, com a vantagem de ser mais acessível que um hatch médio de marca premium. O delírio poderia até ser modelos da BMW, mas o Golf cumpria bem o papel de mexer com a cabeça dos consumidores mais jovens, descolados e esportivos. Aliás, esses três adjetivos definem bem o Golf 7.

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Vale lembrar que o modelo não ganhou o público só pela beleza, mas pelas suas cinco estrelas no Latin NCAP, pela lista de equipamentos generosa e (principalmente) pelas duas opções de motorização turbinada da família TSI, 1.4 (140 e depois 150 cv) e 2.0 (220 cv).

Oito anos depois, o design do Golf 7 continua tão marcante e atual que a VW decidiu fazer adaptações mais pontuais e não mexer na silhueta ou nas proporções do Golf de oitava geração, lançado em 2019 na Europa e que não deve ser trazido ao Brasil.
 

4. Ford New Fiesta

Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

Para não confundir nenhum leitor, já esclarecemos que estamos falando do Ford New Fiesta nacional, lançado em 2013, e não do New Fiesta importado do México que chegou em 2011 e tinha uma dianteira bem menos harmoniosa, inclusive.

Com um design mais curvilíneo, grade maior e bem definida, além de faróis espichados, o visual do New Fiesta conseguiu agradar muitos consumidores. Olhando para os hatches de marcas populares que ainda estão em linha, o da Ford ainda seria páreo para a maioria dos concorrentes.

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Tanto que, na época de seu lançamento, o New Fiesta se descolou da proposta de um carro popular e passou a compor um segmento diferente, o de hatches compactos premium, hoje muito bem capitalizado pelo VW Polo.

O resultado foi tão bom que a própria Ford não conseguiu manter o padrão de harmonia ao reestilizar o New Fiesta brasileiro, no fim de 2017. Já deslocado pelo Ka, o New Fiesta perdeu espaço até ter sua produção encerrada pela marca americana em meados de 2019.
 

5. Jeep Renegade

Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

Com carroceria quadrada, faróis redondos, ampla grade retangular composta pelas tradicionais sete barras, caixa de rodas trapezoidal e musculosas, traseira chapada e lanternas quadradas destacadas, eis o Jeep Renegade. 

Um dos SUVs com visual mais geométrico do mercado foi lançado no mercado brasileiro em 2015. De lá para cá, seu visual inspirado em jipes dos anos 50 tem conquistado muitos consumidores a cada mês.

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Seis anos depois, podemos perceber como o Jeep Renegade envelheceu bem. E a reestilização que o modelo recebeu em 2018 serviu como um verdadeiro botox preventivo, mas está longe de ser uma plástica, pois as pouquíssimas mudanças serviram apenas para o modelo não perder a jovialidade. 

O botox deu tão certo que o Jeep Renegade deve aguentar mais alguns anos nesta roupagem sem aparentar sinais de cansaço. Tanto que o próximo facelift do modelo, já programado para o início do ano que vem, será igualmente sutil.



6. Peugeot 206
Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

Hoje o desafio do Peugeot 208 é competir com modelos como Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e VW Polo. Mas a missão do 206 era ainda mais difícil, pois os rivais não eram ninguém menos que Ford Fiesta, Fiat Palio e Volkswagen Gol.

Ser páreo para esses modelos não seria nada fácil, por isso a Peugeot investiu em uma área na qual os concorrentes não eram tão fortes assim: beleza. O design do 206 foi assinado pelo famoso estúdio Pininfarina. Sua estética moderna fez todos os rivais da época parecerem velhos demais.

A aposta foi tão assertiva e bem executada que o 206 tem um visual atraente até para os dias de hoje. E olha que estamos falando de um modelo de 1998, que ficou ainda melhor quando recebeu um facelift de meia vida, em 2004.

Leia também: Avaliação: novo Peugeot 208 1.6 tem chance contra Onix, HB20 e Polo?

7. Toyota Corolla Brad Pitt

Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

Nas décadas de 80 e 90, os sedans eram um verdadeiro objeto de desejo. Enquanto hoje são ofuscados por hatches, SUVs e, mais recentemente, até por picapes, lá atrás os sedans eram os queridinhos do público.

O Toyota Corolla chegou ao Brasil importado, em 1993, para enfrentar concorrentes de peso na época, como Chevrolet Monza e Volkswagen Santana. No finalzinho da década, ficou ainda mais difícil para o Corolla se manter competitivo globalmente, pois a deprimente fama de “carro de tiozão” esfriava as vendas. 

Ciente disso, a montadora já havia começado a trabalhar na nona geração do Corolla. O engenheiro-chefe Takeshi Yoshida ganhou a missão de criar um Corolla totalmente novo, que poderia até mudar de nome se preciso fosse.

Leia também: Toyota Corolla Cross vs sedan: vale pagar R$ 20.000 a mais pelo SUV?

O novo Corolla chegou maior, mais robusto, mais potente e, sobretudo, muito mais belo e jovem. Os faróis redondos e a carroceria cheia de vértices de 90 graus ficaram para trás, juntamente com o antigo design sem atitude.

Para reforçar sua pegada mais jovial, um dos maiores galãs da época, o ator hollywoodiano Brad Pitt, foi escolhido para ser o seu garoto-propaganda. A estratégia deu até mais certo do que a Toyota esperava.

O modelo caiu tanto no gosto do público e a estratégia de marketing deu tão certo que até hoje essa geração do sedan é conhecida como “Corolla Brad Pitt”. No Brasil, ele vendeu que nem água e foi a geração a responsável por levar a Toyota à liderança no segmento. 

Até a chegada do Honda New Civic, anos depois, o Corolla era o que tinha de mais moderno no mercado. 

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8. Mitsubishi L200 Triton 

Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

Quando se trata de picapes, a Mitsubishi L200 Triton carrega décadas de consagração na caçamba e uma das maiores referências no segmento. 

Mas vamos falar aqui da sua penúltima geração, lançada em 2005. Mais de uma década e meia depois, podemos ver o quanto a picape envelheceu bem, sendo páreo para as picapes atuais e saindo na frente das concorrentes de anos atrás, principalmente quando vista de traseira. 

Leia também: Nova Mitsubishi L200 Triton Sport: tudo sobre a picape renovada

O design da Mitsubishi L200 Triton de quarta geração (a segunda no Brasil) entrega o que quase todo picapeiro espera. É um modelo muito robusto e com peças de aparência forte e durável. Porém, em termos estéticos não basta apenas ser, também tem que parecer.

O grande diferencial da L200 Triton era manter a imponência com linhas de carroceria mais delgadas, especialmente na área da caçamba, quebrando o paradigma de que toda picape tinha que ser quadrada. O visual traseiro sofisticado é referência no mercado até os dias atuais. 

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9. Chevrolet Vectra

Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

Quem nunca pensou em comprar um Chevrolet Vectra com certeza tem um amigo que pensou ou até que já teve um. Os “lasanheiros” de plantão vão sonhar com as primeiras facetas do sedan. Mas o escolhido para essa lista é a terceira geração do modelo, mais precisamente o Vectra Elite atualizado em 2009. 

Com traços bem definidos, sem linhas quadradas ou arredondadas demais, frente harmoniosamente construída e refinada, faróis modernos e até luzes de neblina, o modelo conservava uma beleza que se sobressaía diante de boa parte dos concorrentes. 

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Mesmo com 12 anos nas costas, no que se diz respeito ao design exterior, o Chevrolet Vectra não está nada ultrapassado. Pelo contrário, está entre os poucos modelos da marca que conseguiram envelhecer bem. Uma pena que, por questões de custo e estratégia, o Vectra tenha saído de linha tão pouco tempo depois para dar lugar ao Cruze.


10.  Fiat 500

Envelhecer é inevitável, mas esses dez carros souberam atravessar o tempo sem perder a beleza e o frescor

O Fiat 500 chegou ao Brasil em 2009, importado da Polônia. Em 2011, passou a vir do México, e é exatamente desse último que vamos falar. Afinal, foi a estética mexicana que o modelo manteve sem sequer passar por facelift até sair de linha, em 2017.

Outro caso pitoresco envolvendo a Fiat. Pitoresco por quê? Bem, você já deve ter lido sobre o Renegade acima. Mas o que o SUV e esse pequeno carro charmoso têm em comum? Ambos têm um design completamente diferente de tudo que é oferecido no segmento que eles ocupam. 

No Brasil, são grandes as chances de um carro com estética muito fora da caixa ser rejeitado pelo público. Um bom exemplo é o Volkswagen Up!. Mas a Fiat é um caso à parte, pois ela sabe acertar a mão. Não à toa, suas picapes são líderes de venda e têm o visual como um dos principais responsáveis.

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Tanto os faróis redondos do Jeep Renegade como os do Fiat 500 encantaram o público. O porte e formato da carroceria, remetendo ao velho 500 dos anos 50, porém com boas doses de modernidade, era tudo que muitas pessoas buscavam, mas não encontravam no mercado. 

Eles não só se encantaram, como atravessaram o tempo sem se perder em sua proposta. O 500 só perdeu espaço no Brasil porque ficou caro demais para o porte, em tempos de real desvalorizado e importações proibitivas para modelos generalistas.

Mas voltou agora à baila em uma nova geração, 100% elétrica e que ainda preserva quase todo o conceito estético do antecessor. Isso mostra o quanto o 500 de 12 anos atrás estava à frente de seu tempo, mesmo se inspirando em um projeto de 1957.

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