BYD registra Seal DM-i, sedan híbrido de 280 cv que dá calafrios no Civic

Com conjunto evoluído do Song Plus, sedan já lançado no Brasil como elétrico pode ser mais uma forte arma da marca na configuração PHEV
LF
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04.10.2023 às 11:10
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Com conjunto evoluído do Song Plus, sedan já lançado no Brasil como elétrico pode ser mais uma forte arma da marca na configuração PHEV

A BYD parece implacável em seu plano de expansão no mercado brasileiro. Uma das mais novas possibilidades de atuação é no segmento de sedans médios-grandes híbridos. Após lançar o Seal em sua configuração elétrica no Brasil, a marca chinesa registrou no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) a configuração híbrida plug-in do modelo.

O BYD Seal DM-i PHEV conta com uma evolução da motorização híbrida do SUV cupê Song Plus: um motor 1.5 quatro-cilindros 16V aspirado de ciclo Atkinson a gasolina, com 110 cv de potência e 13,8 kgfm de torque, aliado a outro elétrico de 197 cv e 33,1 kgfm, gerando quase 270 cv de potência combinada e 41 kgfm de torque combinado.

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Sim, estamos falando do mesmo conjunto elétrico do Song Pro, outro SUV híbrido da BYD, que chega ao Brasil em 2024. São 18 cv e 0,6 kgfm a mais gerados pelo motor elétrico do que no Song Plus vendido atualmente em nosso mercado. Lançado em agosto na China, o Seal DM-i já vem com esta versão atualizada.

O conjunto de baterias, formado por lâminas de LFP (ferro-lítio-fosfato), possui 17,6 kWh de capacidade e permite um alcance de até 121 km em modo puramente elétrico, segundo o ciclo de medição chinês NEDC (bem mais brando que o utilizado pelo Inmetro no Brasil). Já a autonomia total é de 1.200 km, com consumo homologado de 24 km/l. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 8,2 segundos.

Para melhorar as coisas, o Seal DM-i também conta com uma variante turbo de seu conjunto motriz. Nela, o propulsor 1.5 passa a contar com auxílio de turbocompressor, em ciclo Miller de atuação, chegando a 139 cv de potência e 23,6 kgfm de torque. Aliado a um motor elétrico de 218 cv e 33,1 kgfm, temos uma potência combinada estimada em mais de 280 cv – embora não haja um número oficial declarado. Aqui, o 0 a 100 km/h acontece em 7,9 segundos.

Já o banco de baterias passa a 30,7 kWh de capacidade, perfazendo uma autonomia de 200 km em modo apenas elétrico. Aqui, o alcance total chega a 1.305 km e o consumo oficial atinge 26,1 km/l. Em todos os casos, o câmbio é automático do tipo transeixo simulando um CVT (continuamente variável).

Seja turbo ou aspirado, o Seal DM-i permite recarga rápida. No caso da configuração turbinada, o sedan híbrido plug-in pode ter a energia de suas baterias recuperada entre 30% e 80% em apenas 19 minutos, de acordo com a fabricante.

Em termos de dimensões, o modelo mede longos 4.980 mm de comprimento, 1.890 mm de largura, 1.495 mm de altura e 2.900 de entre-eixos, com peso entre 1.830 kg e 2.020 kg, a depender da versão. Os ângulos são acanhados: 13 graus de ataque e 15 graus de saída.

Em relação à configuração EV, já vendida no Brasil por R$ 296.800, o BYD Seal DM-i tem algumas diferenças visuais importantes. Na dianteira, há uma grade filetada com tomadas de ar mais robustas e DRL (luzes diurnas) de LED com guias bem mais comedidos.

As lanternas traseiras possuem desenho exclusivo, os para-choques são todos redesenhados e até a tampa do porta-malas conta com estamparia própria, com vincos mais comedidos. Na configuração híbrida, o modelo é desprovido de difusores aerodinâmicos traseiros.

É preciso dizer que, apesar do registro no INPI, não há previsão de lançamento do BYD Seal DM-i no mercado brasileiro em curto prazo. Se há, a marca chinesa vem guardando muito bem este segredo. Todavia, caso venha, será posicionado em uma faixa de preços mais próxima dos R$ 250.000 do Honda Civic. Para desespero do sedan japonês, consideravelmente menor.

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