Avaliação: Fiat Pulse Turbo 200, o que é ótimo e o que poderia ser melhor

Testamos o primeiro SUV nacional da marca na cidade e na estrada. Desempenho do motor surpreende, mas alguns velhos vícios da marca seguem presentes
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27.12.2021 às 12:40
Testamos o primeiro SUV nacional da marca na cidade e na estrada. Desempenho do motor surpreende, mas alguns velhos vícios da marca seguem presentes

Inicialmente, o atual grupo Stellantis não tinha intenção de vender SUVs da marca italiana no Brasil, pois entendia que esse era o papel da Jeep. Após ampla pressão dos concessionários, reverteu a decisão. E já que era para mudar, que fosse colocando os dois pés na porta do segmento.

Assim nasceu o Fiat Pulse, e ele não veio ao mundo para brincar. Em menos de um trimestre de mercado, já acumula fila de espera e aparece entre os 20 modelos mais emplacados na prévia de dezembro. A meta da fabricante é implícita porém ousada: fazer dele o SUV mais vendido no país, quiçá um dos automóveis mais comercializados.

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Pulse já "chegou chegando" ao mercado e promete brigar para ser o SUV mais vendido no país

A Mobiauto já havia experimentado o Pulse no seu lançamento. Agora, passamos uma semana completa com uma unidade da versão intermediária Audace Turbo 200, equipada com o debutante trem de força formado pelo motor 1.0 GSE T3 e pelo câmbio CVT com simulação de sete marchas fornecido pela Aisin.

O propulsor, um tricilindro turboflex com injeção direta de combustível, duplo comando variável de válvulas e sistema MultiAir, que promove a variação inteligente das válvulas de admissão, rende 125/130 cv e 20,4 kgfm (G/E), sendo o propulsor de 1 litro turbinado mais potente do mercado (em torque, empata com o 200 TSI da Volkswagen).

Após o contato mais prolongado, o Pulse confirmou qualidades percebidas inicialmente e demonstrou ter ainda outras, mas também escancarou velhos vícios e características de carros da Fiat. Confira o resultado de nossa experiência com ele:

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Pulse Audace - o que vem de série e o que é opcional

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Versão Audace deixa muita coisa para os pacotes opcionais, incluindo a central de 10,1"

A primeira coisa que se precisa saber sobre o Pulse é que, para os padrões de mercado dos anos 2020, é um produto com muitos pacotes opcionais, apesar da gama aparentemente enxuta de versões.

A opção Audace, por exemplo, custa(va) R$ 110.000 durante a produção desta avaliação. Entrementes, uma simples pintura branco sólida demanda mais R$ 1.000, enquanto a aplicação de teto bicolor em Preto Volcano sai por outros R$ 1.000. Detalhe: esta opção só se libera com a aquisição do pacote Design III, que cobra outros R$ 5.200.

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O revestimento em couro sintético nos bancos é um dos opcionais da versão

Somando todos os opcionais possíveis – rodas de liga leve aro 17 escurecidas, central de 10,1”, bancos em couro sintético e sistema Fiat Connect Me (que já testamos na nova Toro. Confira como funciona clicando aqui) –, o preço sobe para um teto de praticamente R$ 120.000. É quase o valor da versão Impetus com todos os opcionais possíveis: R$ 123.640. Fica faltando só o quadro de instrumentos digital de 7" para ambas serem idênticas.

Fiat Pulse Audace Turbo 200 CVT - Preçio: R$ 109.990. Pintura: Branco Banchisa com teto Preto Volcano: R$ 2.000. Opcional Pack Design III (rodas de liga leve aro 17 escurecidas e bancos em couro sintético): R$ 5.200. Opcional Pack Connect Me (central multimídia de 10,1”, navegação inteligente e sistema Fiat Connect Me): R$ 3.650. Total: R$ 119.840

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Truques para se distanciar do Argo

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Estamparia vem quase toda do Argo, mas balanço dianteiro é 100% exclusivo

Neste contato, também foi possível entender melhor como a Fiat distanciou o Pulse do Argo, mesmo aproveitando quase toda a estamparia do hatch no monobloco do SUV. Como já contamos neste outro artigo, todo o balanço dianteiro, a tampa do porta-malas e parte do underbody são novos, mas as mudanças não ficam aí.

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Tampa traseira maior e mais proeminente permitiu um ganho de comprimento, espaço interno e porta-malas

Os 10 cm de ganho em comprimento foram obtidos basicamente devido à tampa do porta-malas, bem maior e mais proeminente. Foi ela que permitiu, ainda, o ligeiro recuo do banco traseiro, a fim de ganho no espaço interno para pernas sem comprometer o volume do porta-malas.

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Banco traseiro é totalmente novo e, mais recusado, aumenta o espaço interno para pernas em comparação com o Argo 

Que, por sinal, também ficou um pouquinho maior, embora os 370 litros anunciados oficialmente sejam por medição com água e não através do método VDA, usado mais comumente na indústria e que ditou os 300 litros de capacidade volumétrica do Argo. Na prática, percebe-se um bagageiro acanhado para os padrões de um SUV.

Por fim, além dos jogos de suspensão reforçados com bitolas maiores, novas travessas e braços, tudo a fim de aumentar o vão livre do solo e sua capacidade de suportar peso, o Pulse recebeu caixas de roda com novos moldes internos, o que permitiu a adoção de conjuntos roda-pneu com maior diâmetro sem que estes ficassem próximos demais de raspar. 

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Conjunto roda-pneu com diâmetro maior, caixa de rodas remodelada internamente, molduras laterais generosas, suspensões reforçadas e elevadas: tudo para aumentar a altura, a largura e a robustez do Pulse em relação ao Argo. Mas os freios traseiros seguem a tambor...

Já o ganho de largura foi todo obtido através de simples molduras plásticas laterais. Parece um trabalho fortuito, mas foi engenhoso o suficiente a ponto de fazer o Pulse ter um aspecto visual bem diferente, mais imponente que o do Argo. Efeito que a Honda, por exemplo, não conseguiu com o WR-V na comparação com o Fit.

Dimensões: 4.099 mm de comprimento, 1.579 mm de altura, 1.774 mm de largura e 2.532 mm de entre-eixos. Porta-malas: 370 litros (medição em litros de água).

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Desempenho e dirigibilidade

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Motor 1.0 GSE T3 torna o Pulse um canhãozinho na estrada

O inédito trem de força Turbo 200 CVT do Pulse proporciona um desempenho empolgante. Mesmo! Principalmente em ambiente rodoviário. No Argo, já era possível perceber uma boa aptidão para a estrada, mas com o Pulse 1.0 turbo a experiência ganha novos patamares, porque não há um motor inelástico ou um câmbio curto demais para segurar a onda.

Pelo contrário: o estreante GSE T3 entrega quase todo o torque logo após 1.500 rpm e possui elasticidade de sobra. Para surpreender ainda mais, o famoso modo Sport, acionado através de um chamativo botão vermelho no raio direito do volante multifuncional, trabalha o “humor” do SUV mais do que se esperava. 

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Botão vermelho no raio direito do volante é o da maldade: aciona o modo Sport, aumenta os giros do motor em 500 rpm instantaneamente e melhora as respostas de aceleração na estrada. Só não queira economizar combustível com ele...

Ao acioná-lo, o mapeamento do câmbio muda, o motor enche como um nadador que inspira profundamente antes de pular para a prova de 100 metros livres e os giros sobem instantaneamente em cerca de 500 rotações por minuto. A 120 km/h, ele vai de pacatos 2.000 para instigantes 2.500 rpm e fica pronto para qualquer kickdown ou ultrapassagem.

E as acelerações ocorrem sem qualquer tipo de passarinhada, flutuação ou sensação de insegurança. Mas esteja preparado, porque o modo Sport aumentará sensivelmente o consumo de combustível. Voltaremos a falar disso mais adiante.

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Mesmo com o cluster mais simples, é possível acompanhar os gráficos de ação do turbo e de nível de potência usado no Pulse naquele momento

O câmbio CVT trabalha quase o tempo todo com giros adequados e mudanças espertas nas relações simuladas de marcha. Porém, mostra-se ligeiramente hesitante justamente nas demandas de retomada mais vigorosa, com direito até a um leve tranco no intervalo entre a pressão mais forte no acelerador e a resposta efetiva do trem de força.

Já os freios respondem bem, apesar de ser quase inadmissível termos um SUV tão esperto com motor turbo lançado em 2021 usando tambores nas rodas traseiras. Em princípio, ele parece um pouco letárgico, mas depois sente-se as pinças encostando as pastilhas nos discos de maneira firme, enquanto os tambores até mantêm a porção traseira da carroceria estável. A distribuição de peso também se mostra excelente nessa hora.

Motor: 1.0, dianteiro, transversal, três cilindros em linha, 12V, turbo, flex, duplo comando de válvulas com variação inteligente na admissão (MultiAir III), injeção direta de combustível, taxa de compressão 10,5:1
Potência: 125/130 cv (G/E) a 5.750 rpm
Torque: 20,4 kgfm (G/E) a 1.700 rpm
Peso/potência: 9,5 kg/cv
Peso/torque: 60,5 kg/kgfm
Câmbio: automático, CVT, 7 marchas simuladas
Tração: dianteira
0 a 100 km/h: 9,7/9,4 segundos (G/E)
Velocidade máxima: 187/189 km/h

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Motor do Pulse Turbo 200 é o 1.0 mais potente em oferta no país, empatando em torque com o 200 TSI da VW

Leia também: Fiat Pulse: por que está mais difícil comprar as versões 1.3 que as turbo

De modo curioso, é em ambiente urbano que o Pulse demonstra suas maiores fraquezas, e elas não estão diretamente ligadas à motorização. Aliás, se as vias da sua cidade forem um tapete e fluidas, parabéns: você rodará com agilidade, sentirá poucas inclinações laterais da carroceria em curvas e baixo ruído de rolamento dos pneus. Tudo ficará bem. 

Agora, se você vive em um ambiente de pavimentos mais esburacados, com ladeiras e necessidade de retomadas constantes a marchas mais baixas, saiba que a robustez das suspensões, os bons ângulos e o vão livre do solo generoso até te permitirão passar por obstáculos com facilidade, mas esteja preparado para dois fenômenos consequentes: 

1) Nas vias mais irregulares, as suspensões permitirão um deslocamento sutil, mas perene da carroceria para os lados, especialmente na porção traseira do monobloco; 2) O isolamento acústico do motor é ruim e o barulho dele invade a cabine sem dó a giros mais altos.

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Na cidade, sobram ângulos de transposição e vão livre do solo, falta refinamento dinâmico para encarar ruas mais esburacadas

No mais, segue o que já havíamos apontado em nosso primeiro contato: os bancos são até bem confortáveis e, com o revestimento em couro sintético – opcional nesta versão –, ganha charme e imponência.

O espaço interno é ótimo para seu porte, mas o acabamento de plástico rígido ficou demasiado simplório, embora a Fiat tente disfarçar isso usando texturas criativas e mudanças de cores e relevos no painel e nas portas.

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Abra o porta-luvas e sinta a surpresa de ver a tampa batendo na sua canela

Nada disso evita que a tampa do porta-luvas, desalinhada e desproporcionalmente grande, tenha como destino bater na canela do passageiro toda vez que é aberta. Nem que o apoia-braço central dê a impressão de que vai se soltar cada vez que se mexe nele.

Dados técnicos: direção elétrica progressiva, suspensão independente McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira), freios a disco ventilados (dianteira) e tambor (traseira), 10,5 m diâmetro de giro, 196 mm de altura mínima do solo, 20,5 graus ângulo de ataque, 21,3 graus de ângulo central, 31,4 graus ângulo de saída. Tanque de combustível: 47 litros.

Leia também: Avaliação: Fiat Pulse tem requisitos para fazer o mesmo sucesso do Uno?

Consumo

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Pintura com teto bicolor só é liberada na versão Audace através da aquisição de um dos pacotes opcionais

Em nossa convivência com o Pulse, sempre rodando com etanol no tanque, cerca de dois terços da rodagem foi em rodovias, quase sempre em modo Sport. Dentro da urbe, encaramos ambientes ligeiramente hostis, com boas doses de ladeira e ruas bem esburacadas. 

O resultado dessa combinação não foi animador, ficando abaixo de todas as médias apontadas pelo Inmetro. Ou seja: quem quer economizar combustível precisará aproveitar a elasticidade do motor para se conter no pedal e, principalmente, passar longe da tentação de apertar o botãozinho vermelho.

Consumo Inmetro: 8,5 km/l (E) e 12 km/l (G) na cidade. 10,2 km/l (E) e 14,6 km/l (G) na estrada.

Consumo Mobiauto: 7 km/l em ciclo misto (65% estrada, 35% cidade) com etanol.

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Tecnologias na prática

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Quadro de instrumentos digital de 7" polegadas da Toro não compõe a versão Audace do Pulse nem opcionalmente. Em vez dela, temos mostradores analógicos com computador de bordo monocromático digital de 3,5" ao centro

O Pulse é um SUV com boa dose de tecnologias embarcadas. O quadro de instrumentos digital de 7”, a central multimídia com projeção de celulares sem fio e o Wi-Fi a bordo (parte do sistema Connect Me, pago à parte) fazem dele uma opção mais completa e assertiva em termos de conectividade do que o VW Nivus ou o Caoa Chery Tiggo 3X.

Por outro lado, alguns de seus sistemas são temperamentais e só funcionam quando querem. É o caso do assistente ativo de manutenção em faixa, do alerta de frenagem emergencial e do carregador de celular por indução. Este último, inclusive, interrompe o carregamento a cada curva, faz o aparelho esquentar e, no fim, mais tira do que repõe a carga da bateria.

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Mesmo com o cluster mais simples, é possível visualizar o funcionamento das assistências semiautônomas do Pulse Audace

Também sentimos falta do controle de cruzeiro adaptativo, presente no rival VW Nivus e muito útil para encarar vias com trânsito pesado, mas que flui.

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Pulse Audace Turbo 200 2022 - Itens de série

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Visual: barras longitudinais no teto, rodas de liga leve de 16 polegadas, maçanetas da cor da carroceria, retrovisores externos da cor da carroceria, volante com revestimento em couro,

Conforto: abertura elétrica do bocal de abastecimento, ar-condicionado automático e digital, banco do motorista com regulagem de altura, volante multifuncional, direção elétrica, vidros elétricos em todas as portas, volante com regulagem de altura, partida remota via chave, aletas para trocas de marcha atrás do volante.

Tecnologia: central multimídia com tela de 8,4" touchscreen, Apple Car Play e Android Auto sem fio, USB Tipo A e Tipo C, computador de bordo, modo Sport com botão no volante, câmera traseira com linhas auxiliares, carregador por indução para smartphones.

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Segurança: quatro airbags, alarme antifurto, alerta de não utilização do cinto de segurança para todos os ocupantes, controle de estabilidade e tração, faróis de LED, lanternas de LED, sistema de partida em rampa, luz de condução diurna de LED, controle de cruzeiro, sensores de estacionamento traseiros, monitoramento de pressão dos pneus, retrovisor interno eletrocrômico, sensor de chuva e crepuscular, frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança de faixa com correção, farol alto automático.

Opcional - Pack Design III (R$ 5.200): rodas de liga leve de 17 polegadas escurecidas; bancos em couro sintético; pintura bicolor com teto em Preto Volcao (mais R$ 1.000). 

Opcional - Pack Connect Me (R$ 3.650): central multimídia de 10,1”; navegação GPS inteligente nativa; sistema Fiat Connect Me, com informações e comandos remotos do veículo disponíveis em tempo real via aplicativo de celular, Amazon Alexa ou Assistente do Google.

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Vale a pena comprar o Pulse Turbo 200?

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Vale por conta do excelente desempenho proporcionado pelo novíssimo motor 1.0 GSE T3. Sua dirigibilidade em ambiente urbano não é perfeita, mas se mostra robusta e adequada. Em rodovias, a elasticidade vai te surpreender (é sério!), a ponto de você encarar qualquer viagem com sorriso no rosto. Se preferir um rodar mais econômico, isso também é possível.

O Pulse proporciona, ainda, boa dose de conectividade (se os pacotes respectivos forem contratados) e espaço interno, e um nível de conforto e segurança decente para o segmento. Falta refinamento, claro, perceptível em detalhes como a dinâmica das suspensões, o acabamento e o freio de estacionamento por alavanca manual.

Mas, como diz o ditado, não dá para ter tudo na vida, mesmo em um automóvel que no Brasil custa o equivalente a mais de 100 salários mínimos.

Imagens externas, porta-luvas e detalhes do computador de bordo: Leonardo Felix/Mobiauto
Imagens internas: Divulgação/Stellantis
Arte placas: Kleber Silva/Mobiauto

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