VW investirá R$ 13 bi em SP para fazer Gol SUV, Tiguan chinês e motor híbrido flex

Aporte será destinado às fabricas de São Bernardo do Campo, São Carlo e Taubaté
Renan Rodrigues
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25.08.2024 às 22:48 • Atualizado em 27.11.2024
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Aporte será destinado às fabricas de São Bernardo do Campo, São Carlo e Taubaté

A Volkswagen anunciou que investirá R$ 13 bilhões nas suas fábricas no estado de São Paulo como parte do programa iniciado em 2022, que prevê um aporte de R$ 16 bilhões em suas operações no Brasil até 2028.

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O montante será investido na produção de novos veículos nas unidades de São Bernardo do Campo, no Grande ABC, e Taubaté, no Vale do Paraíba. Na fábrica de São Carlos a Volkswagen deverá produzir a inédita motorização híbrida flex que será utilizada nos carros da marca.

Embora a Volkswagen não tenha confirmado quais serão os novos modelos e nem tenha dado detalhes do novo motor, a Mobiauto antecipa as novidades abaixo:

Projeto A0 SUV – Gol SUV

Um dos frutos desse investimento é o A0 SUV – também chamado de Gol SUV – esse modelo inédito deve estrear no mercado brasileiro em 2025, uma vez que protótipos vêm sendo flagrados em testes pelo país.

Tratado pela engenharia da Volkswagen como projeto A SUV ou VW246, o modelo deverá seguir a tradição da Volkswagen em batizar os SUVs com nomes iniciados com a letra T, podendo se chamar T-Sport.

O modelo terá uma forte relação com o Polo do qual herdará uma série de componentes estruturais, uma vez que será construído a partir de uma variante simplificada da plataforma MQB A0, podendo manter o entre-eixos de 2,56 m. O motor 1.0 TSI calibrado com 116 cv de potência e 16,8 kgfm de torque é o mais cotado para o modelo.

Dupla chinesa anti-Compass

Apesar de liderar a venda de SUVs no Brasil (na soma dos segmentos), a Volkswagen já se prepara para o contragolpe da Jeep, que deverá imitar a estratégia da própria fabricante alemã para retomar o posto de liderança. Para isso, apostará forte no mercado de SUVs médios.

Uma das apostas da Volks deverá ser o Tayron, a versão chinesa do Tiguan. A marca anunciou no ano passado que a segunda geração do SUV será um produto global, por isso tem grandes chances de ser vendido por aqui para substituir o Taos e o Tiguan de uma só vez – o SUV tem variantes de cinco e sete lugares, além de uma versão cupê.

Atualmente, a Volkswagen vende o Taos e o Tiguan no mercado nacional. O primeiro ainda não vendeu como o esperado para ameaçar as vendas do Jeep Compass. Já o Tiguan voltou a ser vendido no país no ano passado, mas o preço elevado, o visual defasado em relação aos modelos europeu e norte-americano, além da motorização mais fraca, impedem o modelo de repetir o sucesso da versão anterior.

O motor 1.5 eTSI

O motor híbrido que será produzido em São Carlos (SP) é o já conhecido 1.5 eTSI. Apesar de não ser aplicado em nenhum modelo do Grupo Volkswagen no Brasil, ele já roda há tempos em testes por aqui nos modelos Golf e Golf Variant de oitava geração, trazidos da Europa para avaliação.

Ele aproveita o já conhecido propulsor 1.5 turbo de quatro cilindros 16V da família EA211, que é basicamente o mesmo motor que o nosso 1.4 TSI, porém com deslocamento maior, ciclo Miller e turbo de geometria variável.

A principal diferença, contudo, está no auxílio de um sistema elétrico de 48 Volts, similar ao do Kia Stonic, o atual carro híbrido mais baratado do Brasil. Assim, o motor eTSI usa uma bateria pequena de 48V, formada por íons de lítio, para alimentar todos os sistemas elétricos de 12V do veículo e o alternador por meio de correia dentada.

Com isso, dispensa a necessidade de usar a energia do motor a combustão em vários momentos, permitindo que o carro use a roda-livre ou desative temporariamente um ou até dois cilindros em situações como desacelerações ou velocidades de cruzeiro. É o que garante, no caso do Golf europeu, um consumo de combustível na ordem de 25 km/l.

O 1.5 eTSI manterá os 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque do 1.4 TSI, oferecido atualmente em modelos como T-Cross Highline e Taos. A diferença é que, com o deslocamento maior e o auxílio elétrico, o esforço para alcançar tais números diminui, reduzindo o consumo de combustível.

Projeções: Kleber SIlva/KDesignAG

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