Sete segredinhos de um carro que muitos motoristas desconhecem
Alma do para-choque
De repente, seu carro leva um pequeno impacto traseiro. O que vinha atrás não freou em tempo hábil. Os dois motoristas descem para examinar os carros e nenhum deles vê nada avariado, só um arranhadinho no para-choque.
E fica tudo por isso mesmo, até que o carro é levado na oficina para reparar o “arranhadinho” e aí vem a surpresa. Como os para-choques atuais são de plástico, ao receber um impacto eles se deformam, mas, em geral, voltam ao formato original.
Conteúdo em parceria com o Auto Papo
Mas o que aguentou o tranco foi sua “alma”, uma peça metálica em seu interior que se deformou com o choque e deve ser substituída, pois num próximo impacto ela será incapaz de amortecer o choque.
E, geralmente, o estrago – aparentemente superficial e sem consequências – pode ter danificado até o assoalho do porta-malas. Ou seja, uma inesperada facada no bolso.
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Dispositivo FPS
Iniciais de Fire Prevention System, é dispositivo para evitar incêndio no caso de acidente. Na eventualidade de um forte impacto (capaz de acionar o airbag), a alimentação de combustível ao motor era bloqueada.
Hoje, o sistema funciona eletrônica e automaticamente, mas antes era necessária a intervenção do motorista para desarmar o dispositivo e voltar o fluxo ao motor. A maioria deles sequer sabia de sua existência (embora estivesse bem explicado no manual) nem como desativá-lo.
E muitos carros, ao passar por um buraco mais profundo no asfalto, recebiam um tranco suficiente para acionar o FPS e bloquear o combustível. O motor apagava e o carro parava poucas dezenas de metros depois.
O motorista perdia tempo e dinheiro para chamar um reboque só por desconhecer o dispositivo e onde estava um simples botãozinho para desativá-lo.
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Recirculação do ar-condicionado
São dois os comandos do ar-condicionado pouco utilizados pelo motorista. O primeiro aciona a recirculação: o ar interno não é renovado (pelo externo) e tem a finalidade de resfriar mais rapidamente o habitáculo de passageiros. Entretanto, pode ser perigoso se deixado muito tempo, pois a renovação de ar é importante para eliminar o CO expirado pelos passageiros.
O outro comando só tem em ar-condicionado de carros importados. É a tecla Rest que aciona o ventilador depois que o motor é desligado para aproveitar o calor do sistema de aquecimento durante mais alguns minutos.
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Modo S do câmbio automático
Entre as opções deste câmbio, uma tem a letra “S”. E, poucos sabem que, curiosamente, pode ter dois significados. Nos modelos mais modernos, é símbolo de Sport, para uma condução mais esportiva e as marchas “esticam” mais, cambiam em rotações mais elevadas.
Entretanto, nos carros mais antigos, “S” era de snow, ou neve, em inglês. Que servia também para ajudar a arrancar na lama. Nesta posição, a primeira marcha não engatava e o carro arrancava sempre de segunda, evitando que as rodas motrizes deslizassem devido ao excesso de rotação.
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Travas anticriança nas portas traseiras
Quando se fala deste dispositivo das portas traseiras, muitos motoristas o confundem com o bloqueio dos vidros, se forem elétricos. E nem imaginam que em todos os carros de quatro portas, as traseiras contam com uma trava (só acessível com a porta aberta) que neutraliza a maçaneta interna e impede uma criança de abri-la. Mas a externa continua operante.
Recursos de emergência
Alguns carros dispõem de recursos emergenciais no caso de pane elétrica de um componente. A trava da alavanca do câmbio em “P”, por exemplo, pode ser desbloqueada manualmente retirando-se uma capa do console. A explicação está no manual, que orienta também como abrir a tampa do porta-malas com uma cordinha. Ou rebater os bancos traseiros.
Também o teto solar de alguns carros pode ser fechado por uma manivela, no caso de problema no comando elétrico. Mas um dos defeitos que mais aborrecem e raros automóveis oferecem recurso emergencial são os vidros elétricos. Que só emperram quando está chovendo. E quando estão abertos…
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Entrada OBD2
On Board Dignostics é obrigatório no Brasil há mais de dez anos e trata-se de uma espécie de tomada colocada sob o painel, próxima à coluna de direção.
Conectada à central eletrônica, ela fornece todos os dados essenciais de comportamento do automóvel, como consumo, rotação do motor, temperatura da água e outros. É capaz também de enviar para um computador (scanner) todos os registros de problemas ocorridos no carro e até que sejam reparados.
Várias empresas comercializam dispositivos eletrônicos que se encaixam no OBD2, capazes de interpretar estas informações e enviá-las – por Bluetooth – para um aplicativo, mantendo o motorista ciente do comportamento do carro.
Outras procuram convencê-lo de que são capazes – através do OBD2 – de alterar seu desempenho. Mas é melhor desconfiar, pois as fábricas já instalaram “filtros” para evitar essas interferências.
Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.
Imagens: Shutterstock
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Jornalista Automotivo