Por que o Renault Duster tem tração 4x4 na Argentina e aqui não?

SUV já teve tração nas quatro rodas no Brasil, mas deixou de oferecer essa configuração há algum tempo
Vinicius Moreira
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19.04.2024 às 20:55 • Atualizado em 12.11.2024
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SUV já teve tração nas quatro rodas no Brasil, mas deixou de oferecer essa configuração há algum tempo

O Renault Duster é a atual linha de frente da marca francesa quando o assunto é SUV. No entanto, quem procura um modelo para o off-road, talvez repense ao saber que o Duster brasileiro não tem nenhuma versão com tração nas quatro rodas, o 4x4 só é oferecido no SUV vendido na Argentina.

No Brasil, o Renault Duster é oferecido em quatro versões: Intense Plus MT (R$ 123.890), Intense Plus CVT (R$ 132. 890), Iconic Plus CVT 1.6 (R$ 141.790) e Iconic Plus CVT 1.3 (R$ 155.890).

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A opção de entrada é equipada com câmbio manual, enquanto as demais com transmissão do tipo CVT. Também são duas opções de motores: 1.6 SCe que rende 170 cv de potência e 27,5 kgfm de torque e a usina 1.3 turbo TCe que rende 120 cavalos de potência e 16,2 kgfm, esta última apenas para a versão topo de linha. Ambas somente com tração dianteira 4x2.

É bem verdade que o Duster ganhou em 2024 algumas atualizações como: portas USB-C no interior, carregador por indução, novo desenho das lanternas e grade, faróis e detalhes em laranja. De série apenas os seis airbags, mas tudo isso o irmão argentino também recebeu.

Vale lembrar que a Renault já vendeu o Duster com tração 4x4 no Brasil. O SUV tinha um motor 2.0 com câmbio manual de seis marchas. No entanto, em 2020, a montadora retirou a versão do catálogo.

Apenas o Jeep Renegade possui tração integral entre os rivais compactos. Mesmo com bons ângulos de ataque, saída e vão livre do solo, o SUV da Renault fica devendo em preparação para o fora de estrada. Mas então qual o motivo do Renault Duster brasileiro não ser 4x4?

A razão é a mesma apontada para a Renault Oroch não ter tração nas quatro rodas no Brasil. Em conversa com a Mobiauto, o chefe de marketing da Renault, Charles Courtois, revelou que o motivo é o câmbio automático.

No Duster brasileiro apenas a versão de entrada possui câmbio manual. Courtois explicou que a montadora não tem um sistema de transmissão automático que englobe o funcionamento do motor TCe turbo com um diferencial traseiro que gerencie a tração integral.

O Duster 4x4 vendido na Argentina possui câmbio manual de seis marchas, o que atualmente é considerado inviável para o mercado brasileiro. Outra solução seria acoplar o câmbio automático CVT ao motor 1.3 por meio de um cardan, aliado a uma suspensão traseira com diferencial. Porém, o que inviabiliza o projeto é o alto custo para isso.

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