Por que esta Ferrari fake da década de 60 pode valer mais que uma 0km

Réplica foi construída na década de 1980 por empresa especializada, tinha motor V8 de Ford e imitava clássico da década de 1960 para compor filme
Renan Bandeira
Por
23.02.2023 às 09:00
Réplica foi construída na década de 1980 por empresa especializada, tinha motor V8 de Ford e imitava clássico da década de 1960 para compor filme

Carros clássicos estão cada vez mais valorizados. E quanto mais antigo for, maiores são as cifras pedidas por seus proprietários. No entanto, a Ferrari de que vamos falar hoje é um caso um pouco diferente, até porque o exemplar é uma réplica e não um modelo 250 GT California Spyder original, daqueles vendidos nas décadas de 1950 e 1960.

E você pode estar se perguntando: como uma Ferrari fake pode valer mais que uma zero-quilômetro? É que essa unidade não é uma qualquer. Ela foi construída na década de 1980, junto de outras três, para as cenas do conhecido filme “Ferris Bueller’s Day Off” de 1986, que era comercializado no Brasil como “Curtindo a Vida Adoidado”. 

Réplica foi construída na década de 1980 por empresa especializada, tinha motor V8 de Ford e imitava clássico da década de 1960 para compor filme

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Para quem não assistiu o longa, a história se passa em vários momentos dentro do esportivo. O adolescente Ferris Bueller, protagonista do filme, junto de sua namorada, Sloane Peterson, e seu amigo, Cameron Frye, pegaram a unidade do pai de Frye escondido. Com objetivo de realmente curtir o dia na trama, Ferris conta uma série de mentiras e tem até a perseguição do diretor da escola, tudo a bordo da Ferrari.

Mas por que não uma Ferrari original? A ideia de ter réplicas no filme é muito simples de entender: Ferraris são muito caras. E colocar um modelo desse tipo nas gravações cinematográficas, exposto a qualquer tipo de batida e arranhões em cenas de ação, é um risco enorme, podendo até perder totalmente o veículo.

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Réplica foi construída na década de 1980 por empresa especializada, tinha motor V8 de Ford e imitava clássico da década de 1960 para compor filme

Por isso foram compradas quatro cópias desse modelo da Ferrari, produzidas pela Modena Design & Development, oficina que era especializada nesse tipo de serviço naquela época. Sendo uma sem motor e três motorizadas.

Elas eram construídas em fibra de vidro e tinham um V8 de 5.0 e 167 cv da Ford. Curiosamente tinham câmbio automático, embora o console central tenha uma peça que imita uma transmissão manual, pois o ator Matthew Broderick não se dava bem trocando marchas. 

Réplica foi construída na década de 1980 por empresa especializada, tinha motor V8 de Ford e imitava clássico da década de 1960 para compor filme

Não se sabe quão usada foi essa unidade nas gravações, mas há informações de que ela pertenceu a um cirurgião plástico por muito tempo após o fim da produção do filme, e agora vai para leilão no próximo 2 de março, no Bonhams Amelia Island. 

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Os preços ainda não foram definidos, porém a unidade sem motor foi vendida em dezembro último por US$ 337,5 mil (mais de R$ 1,7 milhão). Como esta é uma unidade com motor, a expectativa é que seja vendida por algo em torno de US$ 500 mil (mais de R$ 2,5 milhões). Como referência, uma Ferrari 296 GTB novinha custa US$ 323 mil (quase R$ 1,67 milhão).

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