Por que a VW Tarok terá a mesma suspensão "bruta" da Fiat Strada
A Volkswagen Tarok vai ter o mesmo mecanismo de suspensão traseira da Fiat Strada, como a Mobiauto já revelou com exclusividade. Mas o que tem de tão diferente nesse recurso para fazer a montadora alemã equipar sua futura picape? É o que vamos detalhar a partir de agora.
Apresentada como conceito em 2018, a VW Tarok seria originalmente concebida sobre a plataforma MQB, a mesma de VW Taos, Tiguan e Golf. No entanto, já se sabe que a picape será fabricada em São José dos Pinhais (PR) sobre a base modular MQB A0, que suporta VW T-Cross, Virtus, Polo e Nivus atualmente.
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O nome Tarok ainda também não está garantido, mas outra apuração da Mobiauto mostrou que a picape será uma espécie de nova geração da VW Saveiro ainda maior e mais potente.
Além disso, sobre a base MQB A0, a Tarok vai utilizar a suspensão de eixo rígido por feixe de mola, o mesmo sistema adotado pela Fiat Strada, veículo mais vendido do Brasil desde 2021.
Para repetir o sucesso da rival, a estratégia da VW é equipar a Tarok com feixe de mola para picape poder levar mais peso. Um trunfo da Strada, que leva até 720 kg na caçamba nas versões com cabine simples e até 650 kg nas variantes com cabine dupla.
A VW Saveiro não decepciona nesse quesito, são 712 kg de capacidade. No entanto, com a Tarok, a marca alemã pode superar os números da Strada para ter essa vantagem, que é crucial no segmento.
Com a mesma plataforma, a Tarok também deve compartilhar boa parte das peças com o vizinho de linha de montagem T-Cross, no Paraná. Principalmente de componentes até a coluna B.
Mas qual vantagem do feixe de mola?
A maioria dos veículos (hatches, sedans e SUVs) costumam usar suspensão traseira por eixo rígido. No entanto, o recurso do feixe de mola em cada lado é usado geralmente em veículos maiores, como picapes médias a diesel, justamente para levar mais peso na caçamba e garantir que o bagageiro não dê aquela “arriada”, além de não prejudicar o desempenho.
Por outro lado, há prejuízo quanto ao conforto e estabilidade. Afinal, a rigidez do sistema é feita para suportar o peso, mas não costuma filtrar bem as imperfeições como sistemas multi link, por exemplo.
Por isso, a Tarok pode chegar ao mercado brasileiro com todas as melhorias oferecidas no VW T-Cross recém-atualizado, mas com perfil mais “bruto” para levar peso. Já revelamos também aqui na Mobiauto que a Tarok deve chegar mesmo em 2027. Outro ponto que pode ser o diferencial da picape está sob o capô.
Até lá, a Tarok pode utilizar o conhecido motor 200 TSI, o 1.0 turbo de três cilindros que entrega até 128 cavalos de potência e 20,4 kgfm de torque ou já vir com o novo motor 1.5 TSI Evo2, que entrega até 150 cv e 25,5 kgfm de torque e será fabricado em São Carlos (SP). Esse último permite até a combinação com um sistema elétrico, tanto para ser um veículo híbrido leve ou plug-in.
Projeção: Kleber Silva/KDesignAG
Repórter
Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.