Novo VW Polo: 5 novidades na Europa que o Brasil não deve receber
A linha 2022 do Volkswagen Polo foi apresentada na Europa nesta semana. O hatch da marca alemã também deve ser renovado no Brasil em breve, mas ainda não se sabe o quanto beberá da fonte do irmão que será ofertado no Velho Continente.
Por lá, a renovação visual foi inspirada na oitava geração do hatch médio Golf - que não vir ao nosso mercado. Na frente, o compacto ganhou novo desenho do conjunto óptico dianteiro e linha horizontal de LED que cruza a grade e interliga os faróis, tal como no VW Taos. e no VW Taigo, o Nivus europeu.
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Na traseira, as lanternas passaram a ser bipartidas e invadem a tampa do porta-malas. Uma assinatura com o nome do modelo fica abaixo do novo emblema da VW e o pára-choque recebeu duas saídas de escapamento falsas, que dão um ar esportivado ao visual.
Infelizmente, nem tudo que equipa o novo Polo europeu estará disponível no futuro hatch renovado brasileiro. A reportagem da Mobiauto listou cinco novidades apresentadas por lá que não devem estar presentes no modelo nacional. Confira:
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Grade iluminada
Em um primeiro momento, apenas o Taos deve ter a grade iluminada por aqui. Para a Europa, o Nivus, que lá responderá por Taigo, também terá o sistema de iluminação, mas se ele não consta no Nivus brasileiro, não devemos criar muitas expectativas em relação ao hatch.
Afinal, o Nivus é posicionado acima do Polo no catálogo da marca, e este tem o foco de ser um projeto menos custoso.
Quatro digital em todas as versões
O Polo nacional já traz o quadro de instrumentos digital de 10,25 polegadas de fábrica na versão Highline, mas não deve oferecer a variação de 8 polegadas oferecida no Velho Continente para versões mais básicas, igualmente 100% digital.
Aqui, deverá manter o bom e velho quadro analógico nas variantes mais baratas e o painel digital deve ser mantido apenas na de topo de linha Highline e na esportiva GTS.
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Ar-condicionado com comando tátil
A imagem do console central indica importantes e confortáveis mudanças no Polo. Delas, a mais provável mudança é a adição das portas USB do tipo C, seguindo o avanço tecnológico dos aparelhos celulares que estão abandonando a ponta do tipo A.
Uma dúvida fica em relação ao carregador por indução, que já está presente no Chevrolet Onix, seu principal concorrente no mercado nacional, e que pode pintar no Polo reestilizado a fim de igualá-lo com o concorrente. A possibilidade é pequena, mas existe. Veremos.
Já o ar-condicionado digital automático do novo Polo europeu, com comandos através de uma tela digital tátil, não deve passar nem perto do hatch nacional. Por aqui, o sistema digital com filtro de pólen deve ser mantido.
Faróis inteligentes IQ Light
A tecnologia IQ.Light, com LED matrix, tem o objetivo de adaptar os faróis do veículo, fazendo as luzes trabalharem junto do radar embutido no emblema frontal da VW.
O sistema permite que o farol alto seja desligado se houver tráfego de veículos no sentido contrário, evitando o ofuscamento da visão de outros motoristas, bem como a mudança de direção do foco da luz para o chão, caso o condutor necessite.
Entretanto, o sistema de iluminação inteligente, que estreará em nosso mercado através do Taos, não deve ser opção no novo Polo brasileiro, que deve, isso sim, incorporar conjunto óptico dianteiro full-LED nas versões mais caras, como já ocorre com o Nivus.
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Sistema multimídia
Na Europa, o Polo usará atualizações das conhecidas centrais Discover Media e Discover Pro. Para o nosso está destinado o uso da central VW Play, desenvolvida no Brasil e para uso específico no mercado sul-americano.
Seu nível de conectividade é alto, mas consumidores que têm o sistema instalado em Nivus e T-Cross ainda sofrem com problemas de confiabilidade que a fabricante vem corrigindo gradativamente.
Bônus 1 - Versão esportiva
O Polo do Velho Continente ainda terá a lendária versão GTI, que fez história no Brasil com Gol e Golf. Ela não foi mostrada e não tem data para estrear no exterior com o novo visual, mas a promessa é de potência acima de 200 cv.
Ficaremos sem esta opção no Brasil, mas o nosso Polo deve manter a variante esportiva GTS, com o motor 1.4 turboflex de 150 cv e 25,5 kgfm, e que já é uma interessante alternativa à envenenada configuração gringa.
Bônus 2 - Lanternas traseiras
A grande expectativa é que o visual da carroceria apresentado pela Volkswagen no mercado europeu seja replicado integralmente em terras tupiniquins, e é certo que a dianteira deve seguir o mesmo caminho, com um ou outro detalhe exclusivo no para-choque, além da provável ausência da grade com filete de LED.
A grande dúvida fica por conta da traseira inspirada no Golf. Será que a VW do Brasil vai bancar a mudança por aqui, visto que ela implicaria em alterações na estamparia da tampa de porta-malas, para-lamas e para-choque, além do investimento em um conjunto de iluminação bipartido?
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O que o Polo brasileiro terá igual ao europeu?
Entre as novidades do novo Polo europeu, uma que certamente equipará o modelo brasileiro é o volante com emblema novo e base reta, que já equipa o Nivus.
Além disso, alguns dos sistemas semiautônomos de condução do dois-volumes no Velho Continente, como alerta de mudança de faixa e controle de cruzeiro adaptativo, já existem por aqui em Nivus e T-Cross e sua inclusão no Polo não seria difícil.
A diferença é que, enquanto por lá esses equipamentos virão de fábrica em todas as versões, aqui devem ficar reservados apenas às de topo, Highline e GTS.
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Gerente de conteúdo
Formado em mecânica pelo Senai e jornalismo pela Metodista, está no setor há 5 anos. Tem passagens por Quatro Rodas e Autoesporte, e já conquistou três prêmios SAE Brasil de Jornalismo. Na garagem, um Gol 1993 é seu xodó.