Novo Nissan Kicks terá SUV irmão e motor turbo produzidos no Brasil

Projetos foram confirmados pelo CEO da montadora japonesa, em nova estratégia local que prevê R$ 2,8 bilhões investidos na fábrica de Resende (RJ)
Vinicius Moreira
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07.11.2023 às 14:25
Projetos foram confirmados pelo CEO da montadora japonesa, em nova estratégia local que prevê R$ 2,8 bilhões investidos na fábrica de Resende (RJ)

Com projeto ousado de ampliação da capacidade produtiva na fábrica de Resende (RJ)  – o objetivo é quadruplica-la, conforme a Mobiauto antecipou em julho deste ano –, a Nissan confirmou nesta terça-feira (7) um plano de investimentos de R$ 2,8 bilhões no Brasil entre 2023 e 25, que inclui uma segunda geração do Kicks, outro SUV nacional e motor turbo.

O anúncio foi feito na sede da fabricante no País, em Resende (RJ), por ninguém menos que o CEO global da empresa, Makoto Uchida. Ele confirmou que a segunda geração do Kicks será lançada em nosso mercado em 2025, com produção local. E representa uma expansão de um plano de R$ 1,1 bilhão que a fabricante já havia anunciado para o complexo industrial.

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(Kleber Silva/KDesignAG)

Dois novos SUVs, um novo motor

Afirmou, ainda, que o projeto prevê a produção de outro SUV nacional a partir da mesma plataforma (CMF-B), sem entrar em detalhes sobre qual será o porte ou o posicionamento de mercado. Adiantou, apenas, que será um produto “exportado para mais de 20 países”.

Disse, ainda, que a planta de Resende fabricará um motor turbo, sem especificar qual seria ele. Uma aposta da Mobiauto é que será o motor 1.3 TCe turbo flex de origem Renault, com até 170 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. A produção ficaria sob responsabilidade da Horse, nova subsidiária da aliança Nissan-Renault dedicada a powertrains.

(Kleber Silva/KDesignAG)

Afinal, o motor 1.0 turbo da mesma família TCe, já será produzido pela mesma Horse em São José dos Pinhais (PR). Seria uma forma de ter os dois motores nacionalizados sem precisar duplicar a produção. Resende, uma planta menor do que a de São José dos Pinhais, ficaria com o motor de maior deslocamento e menor volume.

Isso porque o projeto da aliança prevê o uso do trem de força 1.0 TCe com câmbio EDC (automatizado de dupla embreagem e seis marchas) pelo novo Kicks, assim como do motor 1.3 TCe com câmbio CVT nas versões de topo do SUV de segunda geração. Caso o segundo SUV nacional da Nissan for de porte maior, faz sentido também ter um motor 1.3 turbo de 170 cv.

A tendência é que esses novos produtos convivam com o Kicks de primeira geração, que deve seguir em linha por mais alguns anos com motor 1.6 aspirado.

(Divulgação/Nissan)

Projeto de expansão

Para se ter uma ideia do tamanho da ambição da Nissan em terras brasileiras, Uchida afirmou que o objetivo da Nissan é alcançar uma participação de 7% do mercado automotivo brasileiro até 2025. Atualmente, ela detém apenas 3,4% de fatia entre automóveis e comerciais leves, o que significa que almeja mais do que dobrar seu percentual.

Meta destacada pelo CEO da montadora é fazer a Nissan subir no pódio entre as três marcas mais importantes do mercado nacional. Para isso, além do novo Kicks e desse ainda misterioso SUV, a marca apostará em importados como o SUV médio híbrido X-Trail e uma picape intermediária monobloco derivada da Renault Niagara.


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