Novo Jeep Compass: os principais problemas, segundo os donos

Líder absoluto entre SUVs compactos-médios, modelo tem defeitos comuns depois da adoção de novo motor turboflex
JC
Por
20.05.2022 às 09:47
Líder absoluto entre SUVs compactos-médios, modelo tem defeitos comuns depois da adoção de novo motor turboflex

Por Fernando Miragaya

O Jeep Compass é um dos motivos que fazem a Stellantis sorrir de orelha a orelha no Brasil. Desde o lançamento desta atual geração, produzida em Goiana (PE) a partir de 2016, o SUV vende muito e se tornou líder absoluto entre os compactos-médios. 

A remodelação, em meados do ano passado, com a estreia do motor 1.3 turboflex, só consolidou a supremacia do carro. Porém, ele também tem seus defeitos, como mostra a série da Mobiauto sobre “Problemas dos carros, segundo os donos”.

Usando a plataforma Small Wide, usada pelos outros dois Jeep nacionais, o Renegade e o Commander, além da picape Fiat Toro, o Compass renovou não apenas seu visual e seu interior em 2021. 

Anuncie seu carro na Mobiauto

Trouxe, também, o moderno motor 1.3 GSE turboflex, com injeção direta de combustível e sistema MultiAir III, para o lugar do obsoleto 2.0 Tigershark. São generosos 180/185 cv de potência (G/E) e 27,5 kgfm de torque (qualquer combustível), aliados ao conhecido câmbio automático Aisin de seis marchas.

Conhecido como T270 (em uma menção ao fato de ser turbo e ter 270 Nm de torque), o conjunto é justamente um dos principais motivos de muitas queixas por parte de compradores do novo Compass.

A principal diz respeito ao consumo de óleo. São muitos os casos de clientes que relatam nível de lubrificante muito baixo para carros com quilometragem ainda na casa dos 5.000 km, ou seja, ainda bem antes da primeira revisão obrigatória. A bomba de óleo é outro alvo de queixas, com depoimentos de vazamentos e até quebra da peça. 

Líder absoluto entre SUVs compactos-médios, modelo tem defeitos comuns depois da adoção de novo motor turboflex

Outros pontos de discussão em torno do Compass dizem respeito a panes elétricas, com vários alertas dos sistemas do SUV que causam falhas recorrentes no motor. Defeitos pontuais no câmbio automático também são recorrentes, assim como erros nos sistemas multimídias - que também foram atualizados na linha 2022, lançada no ano passado.

Leia também: Avaliação: Jeep Compass 4xe anda forte e por quase 1.000 km, mas o preço...

As queixas foram coletadas em fóruns de discussão e no site do Reclame Aqui, com boa parte respondida e uma boa quantidade de casos resolvidos. 

De qualquer forma, nada parece abalar a liderança do Compass. Vendido nas versões T270 (turboflex) e TD350 (turbodiesel 4x4), com preços a partir de R$ 170.000 e R$ 250.000, o modelo já soma 19.000 unidades emplacadas só no primeiro quadrimestre de 2022.

Só mais recentemente o Toyota Corolla Cross começou a tornar o segmento de SUVs compactos-médios mais disputado. Mesmo assim, fica atrás do Jeep (emplacou cerca de 15.000 unidades na soma do ano). O domínio é tanto que há meses nos quais o Compass fecha como o utilitário esportivo mais comercializado do país no geral, à frente dos compactos.

Pensando em comprar um? Confira os principais problemas que você poderá enfrentar:

Leia também: Jeep Compass T270 flex: custos de revisão, seguro e peças de manutenção

Óleo baixo

Líder absoluto entre SUVs compactos-médios, modelo tem defeitos comuns depois da adoção de novo motor turboflex

A queixa principal em relação ao novo Compass T270 diz respeito ao consumo excessivo de lubrificante. São muitos os casos e reportagens a respeito de donos de veículos com menos de 5.000 km rodados e com nível baixo de óleo - coisa de um terço da vareta. Algo arriscado, que pode resultar até em quebra do motor.

A própria marca está ciente do fato, até porque a maioria dos casos relatados no Reclame Aqui ou foi resolvida, ou pelo menos respondida. Fontes dizem que a fabricante, inclusive, já orientou a rede. 

Muitas concessionárias, além de trocarem ou completarem o lubrificante, fazem uma atualização do módulo de gerenciamento do motor, o que tem sanado o problema do consumo excessivo de lubrificante.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4 e Caso 5

Leia também: Avaliação: Jeep Compass T270 dá alguma brecha a Taos e Corolla Cross?

Bomba de óleo

Outra questão em relação ao sistema de lubrificação é a bomba de óleo. Os depoimentos de donos do Compass 2022 falam em defeitos na peça, com vazamentos e até quebras. Boa parte foi resolvida e/ou respondida pela Jeep.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3 e Caso 4

Câmbio 

Líder absoluto entre SUVs compactos-médios, modelo tem defeitos comuns depois da adoção de novo motor turboflex

Tem problema também em outro óleo, o da transmissão de seis velocidades da Aisin. São vários e diversos os problemas relatados pelos proprietários de Compass que dizem respeito ao conjunto do câmbio. As queixas vão desde alto consumo do fluido da caixa, até patinação e defeitos no módulo. Muitas ainda estão em réplica ou não foram respondidas.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4 e Caso 5

Leia também: Avaliação: Jeep Compass TD350, virtudes e limitações em teste de 1.200 km

Falhas e alertas

Donos de Compass indicam que o veículo vem apresentando vários alertas no painel, que podem ser a razão de tantos relatos sobre falhas no motor 1.3 turboflex.  As queixas no Reclame Aqui falam de panes elétricas e avisos no painel de problemas na injeção. 

Em boa parte desses casos, há depoimentos de motor que falha e que até apaga subitamente com o veículo em movimento. Em outros, o motor não desliga. Algumas queixas estão em réplica ou foram resolvidas.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3, Caso 4, Caso 5, Caso 6 e Caso 7

Multimídia

Líder absoluto entre SUVs compactos-médios, modelo tem defeitos comuns depois da adoção de novo motor turboflex

A linha 2022 do Compass, lançada no ano passado, trouxe uma nova geração da central multimídia UConnect. Contudo, os sistemas são motivo de queixa por parte de alguns proprietários do SUV. Displays que apagam, sistema com erro e câmeras de ré que não funcionam fazem parte do rol de críticas.

Relatos: Caso 1, Caso 2, Caso 3 e Caso 4

Imagens: Murilo Góes/Mobiauto

Você também pode se interessar por:

Por que a fusão de Fiat, Jeep e Peugeot já domina 1/3 do mercado brasileiro
Jeep Renegade: os principais problemas, segundo os donos
Avaliação: Jeep Commander T270, o que é ótimo e o que deixa a desejar
Avaliação: Jeep Commander TD380 4x4 justifica os R$ 300.000?

Comentários