Hyundai ix35 tem motor de Creta e tamanho de Compass abaixo de R$ 50 mil

SUV médio é espaçoso e tem mecânica confiável pelo mesmo preço de um hatch

15.04.2025 às 13:40 • Atualizado em 29.04.2025

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O Hyundai ix35 estreou no Brasil no segundo semestre de 2010 para ampliar a gama de SUVs vendidos pelo Grupo Caoa, então representante da linha de modelos importados da marca sul-coreana no país. Com estilo marcante e repleto de vincos, não demorou para o ix35 conquistar espaço no segmento dominado pelos conservadores Honda CR-V e Toyota RAV4, além do conterrâneo Kia Sportage (com o qual sempre compartilhou a plataforma e motorizações).

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Embora fosse a segunda geração do Tucson, o ix35 conviveu com o antecessor durante um bom tempo em nosso mercado. Do veterano, o novato herdou o valente motor Nu 2.0 16V aspirado a gasolina de 166 cv, atualizado para entregar mais potência e consumir menos combustível.

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Medindo 4,40 metros de comprimento e 2,64 m de entre-eixos, o Hyundai ix35 tem porte parecido com o do Jeep Compass. O espaço interno acomoda bem cinco adultos e seu porta-malas tem 465 litros de capacidade.

As suspensões são independentes na dianteira (McPherson) e na traseira (multilink). O conjunto é bem ajustado para as condições de rodagem do Brasil, mas alguns proprietários do SUV reclamam que as bieletas da parte traseira requerem cuidado para evitar trocas frequentes.

O Hyundai ix35 era importado da Coreia do Sul com um pacote de equipamentos atrativo para a época: airbags frontais, freios a disco nas quatro rodas com ABS, volante multifuncional, computador de bordo, ar-condicionado e rodas de liga leve de 18 polegadas. O câmbio automático de seis marchas era opcional na versão de entrada, identificada pelo código G596.

Divulgação/Hyundai

Na configuração intermediária (G595) eram adicionados os bancos de couro, o ar digital de duas zonas, banco do motorista com regulagem elétrica, chave presencial, partida do motor por botão, controle de cruzeiro, sensor de estacionamento traseiro e maçanetas cromadas. Essa versão tinha o sistema de tração integral como item exclusivo, indisponível até mesmo na variante topo de linha (G551), que acrescentava câmera de ré, controle de tração e sistema de som compatível com iPod.

Na linha 2012, o motor 2.0 16V ganhou a tecnologia flex e ficou mais potente, passando a entregar 169/178 cv (gasolina/etanol). O câmbio manual de cinco marchas, por sua vez, foi substituído por uma caixa de seis velocidades. Junto com as melhorias mecânicas vieram a central multimídia com GPS e câmera de ré, a coluna de direção com ajuste de profundidade e o controle de velocidade em descida.

A partir de 2013, o Hyundai ix35 passou a ser montado em Anápolis (GO). Dois anos depois, na linha 2016, o SUV passou por uma reestilização que o alinhou à identidade visual da Hyundai à época. Os faróis ganharam novo arranjo luminoso, o para-choque e a grade frontal foram redesenhados, enquanto as lanternas passaram a ser de LED na versão mais completa. No entanto, a versão de entrada, oferecida apenas com câmbio automático, tinha uma lista de equipamentos mais enxuta com a retirada da central multimídia com GPS, do controle de cruzeiro e da chave presencial.

Divulgação/Hyundai

Somente a configuração topo de gama possuía ar digital de duas zonas, bancos de dianteiros de couro (os traseiros eram parcialmente revestidos de tecido) com ajuste elétrico para o do motorista, controle de estabilidade, teto solar panorâmico, partida do motor sem chave, travamento automático das portas e maçanetas cromadas.

Para atender às normas de emissões, o motor 2.0 16V teve a potência reduzida para 157/167 cv (gasolina/etanol). Outro detalhe: a versão nacional não chegou a ser vendida com a tração integral.

Em 2021, seu último ano de produção, o Hyundai ix35 foi comercializado como modelo 2022 apenas na versão GL, equipada com ar-condicionado convencional, faróis halógenos com assinatura de LED e multimídia sem Android Auto e Apple CarPlay. Essa configuração era focada no custo-benefício, uma vez que o SUV já vinha perdendo bastante espaço no mercado para modelos mais modernos, entre eles, o Creta produzido pela própria Hyundai em Piracicaba (SP).

Pontos positivos do Hyundai ix35

1. Espaço interno: a cabine espaçosa faz jus ao porte de SUV médio, acomodando bem cinco ocupantes, que podem levar as suas bagagens no porta-malas de 465 litros.

2. Mecânica robusta: o motor Nu é um velho conhecido do mercado desde a chegada do Tucson. Conhecido por ser confiável e fácil de manter, esse propulsor é o mesmo do 2.0 que foi oferecido no Creta até 2024. Portanto, há peças em abundância no mercado e a maioria das oficinas bem equipadas sabem fazer a sua manutenção.

3. Dirigibilidade: apesar do porte, o Hyundai ix35 é um carro agradável de guiar, muito por conta das suspensões independentes nas quatro rodas, que garantem rodar estável em qualquer condição.

Divulgação/Hyundai

Pontos negativos do Hyundai ix35

1. Consumo: o motor 2.0 do ix35 nunca foi conhecido por ser econômico, embora as suas médias sejam condizentes para um carro que pesa uma tonelada e meia vazio. Se economizar combustível é prioridade na compra de um automóvel, melhor procurar um modelo mais contido nesse quesito.

2. Versões de entrada básicas demais: embora tenha o “kit dignidade” (direção assistida, ar-condicionado, vidros e travas com acionamento elétrico), a versão de entrada do Hyundai ix35 ficam devendo equipamentos que atualmente são básicos em modelos de categorias inferiores, como central multimídia e controles de estabilidade e tração.

3. Acabamento: é melhor que o do Tucson, mas um tanto simples para um SUV médio que chegou para ofuscar rivais de consagradas marcas japonesas. O excesso de plástico rígido acaba gerando ruídos incômodos com o passar do tempo.

Preços do Hyundai ix35 na tabela fipe:

Linha 2010

·ix35 2.0 16V 4x2/4x4 Mec – R$ 49.481

·ix35 2.0 16V 4x2/4x4 Aut – R$ 52.682

Linha 2011

·ix35 2.0 16V 4x2/4x4 Mec – R$ 53.194

·ix35 2.0 16V 4x2/4x4 Aut – R$ 57.683

Linha 2012