GM Grand Blazer - a Station da Silverado tamanho família

Modelo esbanjava tecnologia e valeria mais de R$ 400 mil hoje em dia
LA
Por
30.04.2025 às 19:51
Compartilhe:
Modelo esbanjava tecnologia e valeria mais de R$ 400 mil hoje em dia

Os anos 90 foram, sem dúvidas, repletos de lançamentos no mercado nacional. De versões nacionais a importadas, o consumidor nacional passou a ter muitas opções de veículos novos, incomum por muitos anos quando a importação e mercado eram fechados.

  Aqui tem cupom! E você pode vender seu carro na Mobiauto

Na Chevrolet, os lançamentos começaram em 1992 com o Omega, Suprema e Vectra no ano seguinte, Corsa em 1994, S10/Astra/Astra SW em 1995, Blazer/Corsa Pick-up/Corsa Sedan/Vectra nacional em 1996, Corsa Wagon/Silverado em 1997, fora versões especiais ao longo destes anos.

Você também pode se interessar por:

A GM Veraneio saiu de linha em meados de 1994, e o mercado ficou esperando um substituto de peso (e tamanho), mas as expectativas foram frustradas quando nada similar foi apresentado de 1995 a 1998. Neste período, a GM Blazer fazia vezes do carro de família, nas versões à Gasolina e Diesel, e principalmente, com sua versão Executive, com o virtuoso motor 4.3 V6 Sfi de 180cv lançada em 1997. Mesmo assim, com seu porte médio, hoje similar ao porte de uma Montana moderna, a Blazer não era a substituta efetiva.

Isso mudaria em 28 de outubro de 1998, quando foi apresentada ao mercado nacional a GM Grand Blazer. Importada da Argentina, a versão utilitária esportiva da Silverado (legítima substituta da D20) tinha como trunfo seu porte grande. Era moderna, com amplo porta-malas e tampa traseira dividida na horizontal, possibilitando o acesso sem abrir completamente a tampa, e reduzindo seu peso na operação.

Chevrolet/Divulgação

Chevrolet/Divulgação

Sua versão de lançamento, a DLX, trazia duas opções de motor. Quando gasolina, tinha o antiquado motor de seis cilindros em linha 4.1 MPFI oriundo do Opala, com atualizações, fornecendo 138 cv a 4.100 rpm e 30,7 kgfm a 2.500 rpm, capaz de levar a grande e pesada caminhoneta de 0 a 100 km/h em 15s e 163 km/h de velocidade máxima. Movida a gasolina, fazia 5,8 km/l na cidade e 8,2 km/l na estrada. Seu tanque de 126 litros de capacidade era responsável por sua boa autonomia na estrada, chegando a 1.033 km.

Se fosse Diesel, trazia excelente motor MWM Sprint 6.07 T, um robusto motor 4.2 TurboDiesel de seis cilindros em linha com 3 válvulas por cilindro que fornecia 168cv a 3400rpm e 42,4 kgfm de torque a 2.000 rpm, levando o utilitário de 0 a 100 km/h em 18s e 150 km/h de velocidade máxima. Esta versão fazia 6,0 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada. Em tempos que o Diesel era mais barato que a gasolina, era a versão mais desejada, porém muito mais cara. Sua autonomia em rodovias era de 1.272,6 km.

Chevrolet/Reprodução

Chevrolet/Reprodução

Luxuosa para os padrões da época, o modelo esbanjava de tecnologia. Trazia como itens de série o que hoje é trivial em qualquer carro pequeno, como direção hidráulica progressiva Servotronic, ar-condicionado quente e frio, vidros elétricos, travas elétricas nas portas, tampa de combustível e porta malas, retrovisores elétricos, além de alarme antifurto, trava de segurança manual das portas traseiras, direção escamoteável com trava na coluna, desembaçador elétrico do vidro traseiro, espelhos iluminados nos parassóis em ambos os lados, iluminação no porta-luvas, porta malas e compartimento do motor, lavador e limpador traseiros com temporizador, luz de leitura interna central, porta-copos no painel de instrumentos, alças laterais, porta-cabides nas alças laterais, relógio digital, sistema de advertência sonoro dos faróis ligados, painel completo com conta-giros e voltímetro, tomada 12v no painel, preparação completa para som fiação, alto falantes e antena elétrica, luzes de cortesia nos forros de porta, bagageiro no teto, estribos laterais, estribos central no para-choque traseiro, para-choques cromados, vidro dianteiro verde laminado com degradê e vidros laterais verdes. Suas rodas eram de alumínio com tala de 7 polegadas, e pneus 245/75R16.

Como opcionais, podia vir com bancos dianteiros individuais com descansa-braços integrado, console no assoalho com porta-copos e porta objetos na parte traseira, console no teto com porta-controle remoto de portões, porta-óculos, porta-objetos, e luzes de leitura integrados, rádio AM/FM Stereo com toca-fitas digital, Toca CD com sistema especial de alto-falantes, freios ABS nas 4 rodas, pintura metálica ou pintura perolizada.

Chevrolet/Divulgação

Chevrolet/Divulgação

Parar seus 2.465 kg da versão a Diesel ou 2.335 kg da versão a gasolina era uma tarefa simples, graças a seus freios com discos ventilados e manobrar seus 5,05 m de comprimento era fácil, graças a sua direção hidráulica bastante leve nas operações de manobras. Exigia apenas perícia do condutor, afinal, o veículo tinha 2,00 m de largura e 1,92 m de altura. Para os padrões da época, era muito grande.

Era carro para impressionar nas ruas, não só por seu tamanho, mas pelo preço. A versão movida a gasolina custava em janeiro de 1999 exatos R$ 56.619, ou R$ 453.003 hoje em dia, e a versão a Diesel custava no mesmo período R$ 68.677, ou R$ 549.478.

Reprodução/Chevrolet

Reprodução/Chevrolet

No ano 2000, a versão 4.1 a gasolina foi descontinuada, permanecendo apenas a versão TurboDiesel, e em meados de 2001, devido ao alto-custo de importação e desvalorização do Real, a grandalhona foi retirada de linha no Brasil. Hoje restam 1374 unidades emplacadas, e achar uma a venda não é uma tarefa tão simples, afinal, quem a tem não vende.

Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.

"Leonardo França é formado em gestão de pessoas, tem pós-graduação em comunicação e MKT e vive o jornalismo desde a adolescência. Atua como Consultor Organizacional na FS-França Serviços, e há 21 anos, também como consultor automotivo, ajudando pessoas a comprar carros em ótimo estado e de maneira racional. Tem por missão levar a informação de forma simples e didática. É criador do canal Autos Originais e colaborador em outras mídias de comunicação."

https://www.instagram.com/autosoriginais

Receba as reportagens da Mobiauto via Whatsapp