Fiat Mobi: qual o futuro do subcompacto quando o novo Grande Panda chegar?
Prestes a completar 10 anos no Brasil, o Fiat Mobi ainda permanece como um dos carros mais vendidos da marca no país. Quando foi lançado em 2016, o subcompacto tinha o apelo de carro jovial abaixo do Uno, o substituindo anos depois, mas agora sua missão é de carro de entrada da marca. A pergunta que fica é: qual será o seu futuro com a chegada do novo Panda?
Antes de detalharmos isso, vale repassar o momento atual do Fiat Mobi, que nos primeiros quatro meses do ano vendeu 20.424 unidades. Para efeito de comparação, o rival Renault Kwid vendeu até abril 15.711 carros, o que coloca o subcompacto da Fiat em posição mais confortável até o momento. Já o VW Polo, líder geral entre os carros de passeio, acumulou 32.813 unidades no mesmo período.
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Com isso temos ainda um bom cenário para o Mobi, que no ano passado foi o segundo carro mais vendido da Fiat, ficado atrás apenas do Argo – que será substituído pelo novo Fiat Panda em 2026. E isso mesmo sem ter tido qualquer atualização visual ao longo desses anos, a não ser por pequenas alterações na grade dianteira e novos jogos de calotas.
Uma das últimas novidades recentes do subcompacto foi o retorno do motor 1.0 Firefly flex de três cilindros, que rente até 75 cv de potência a 6.000 rpm e 10,7 kgfm de torque a 3.250 rpm, sempre com câmbio manual de cinco marchas. É um motor muito mais moderno que o antigo 1.0 Fire de até 74 cv a 6.250 rpm e 9,7 kgfm a 3.250 rpm que, vale resgatar, era oferecido no lançamento do Mobi há 9 anos.
Mas por questão de reposicionamento de mercado e estratégia, a Fiat acabou tirando o propulsor 1.0 Firefly do Mobi com o passar dos anos. Curiosamente, ele retorna agora de maneira forçada, já que o antigo 1.0 Fire não atenderia as normas de emissões do Proconve PL8, em vigor desde janeiro de 2025.
Uma das novidades para a linha 2026 do Mobi será a chegada de um novo interior, informação essa publicada primeiramente pelo site Auto+. Assim, o subcompacto deve ganhar o mesmo painel usado na Fiat Strada, que traz uma cobertura mais alta na parte superior, bem como os botões do pisca-alerta, entre outros, acima do multimídia ou rádio. O acabamento também é um pouco melhor.
Com essas últimas alterações, o Fiat Mobi deverá seguir praticamente uma década sem mudanças na carroceria. Uma alteração no interior não deve ter muitos custos para a montadora, já que deve até otimizar a linha de montagem de Betim (MG) por compartilhar a mesma peça com a Strada e o Fiorino, que recebeu o mesmo painel no final de 2021. Essa última alteração também indica que o Mobi pode seguir alguns anos em linha para servir de escada ao novo Fiat Grande Panda.
Repórter
Entusiasta de carros desde criança, achou no jornalismo uma forma de combinar paixão e profissão. É jornalista formado pela faculdade FIAM-FAAM e atua no setor automotivo desde 2014, com passagens por Auto+, Quatro Rodas e Motor1 Brasil.